quarta-feira, janeiro 31, 2007

 

Vicissitudes da vida campestre

“…não confunda a erva com a palha. Esta é seca e feia. Só os burros é que a comem quando sabemos dar-lha.”
confradessa.blogspot.com

Não ficaria de bem comigo mesmo se não desse público sinal do quão grato estou pelo esclarecimento dado. Fica provado, uma vez mais, que quem sabe, sabe!
Claro que não cometerei a indelicadeza de alvitrar como o prezado confradessa obteve tal nivel de conhecimento, nem criticarei o sentido estético do confradessa-macho (nome porque habitualmente é conhecido o hibrido resultante do cruzamento de um cavalo ou égua, com um representante da categoria asinária).

“Percebe agora a vantagem de ter vivido no campo?”
confradessa.blogspot.com

Não! E com toda a sinceridade que tão bem me caracteriza, sou a dizer-lhe que não logrei encontrar uma que fosse!
Se o distinto confradessa-macho se refere às suas degustações herbáceas e forraginosas, continuo a não perceber qualquer vantagem.
Se porventura se refere às suas intimidades com outros equídios, (ou será que se colocou a jeito para as cortesias de um certo e determinado membro da raça “barbosã”?), só mesmo você para daí retirar qualquer vantagem!

A vida é como é! …e aí de quem diga o contrário!

 

A "mulher" e o Qim



Arrastava-se o ano de 2007, um dos chamados anos vindouros… depois da guerra que se desencadeou em Canidelo.
Num recanto tranquilo de Gaia, entre frondoso arvoredo e luxuriante vegetação, oculta-se o Qim Andrade, mesmo ali junto ao albergue carinhoso de tantos infelizes a quem a sorte não sorriu, pedaços destroçados de dramas intensos, que a morte apagará um dia para sempre da superfície da terra, sem qualquer inconfidência que nos permita compartilhar ou entender a grandeza das desventuras que giram na vida lado a lado com a indiferença da maioria.
Também o Qim Andrade se mostra indiferente.
Canidelo, terra de tradicionais hábitos pacatos, serve à maravilha para o enquadramento do albergue do Qim, que se propõe esquecer o amargor dos baldões da vida acidentada exterior, a todos os seus infelizes protegidos. Claro que tudo não passa de mera ironia, como deveis compreender meus amigos.
Um dia, um casal, aparentando marido e mulher, atravessavam Canidelo com certo ar de curiosidade, como quem busca reconhecer a topografia vilã, ou por desabito dos trilhos irregulares por onde vai descarrilando Madame La Confradesse.
Lia-se na cara da senhora uma profunda e vincada preocupação angustiada, ao contrário do que acontecia com o seu companheiro, o Qim que, veio a saber-se mais tarde era também o Barbosa, que pisa energicamente e com visível aspecto confiante, quase alegre. Sempre foi avesso a dar algo de si. Nem sei como lhe puderam confiar, na Junta de Freguesia, os pelouros que ocupa. Houve engano, de certeza.
Dirigiram-se a uma pessoa que passava e ele perguntou: “Onde fica o albergue?”. “Além, ao fim daquela rua, volta à esquerda e logo verão uma grande cerca arborizada por detrás da qual fica a entrada principal, depois de ladeado o muro branco.
Ora, isso de virar à esquerda é coisa que ofende, só de poder alguém pensar, o Quim Andrade de Canidelo. Mas lá foi com a mulher, que mais não era que Madame La Confradesse, que tinha sido infiel ao marido.
Ainda um dia hei-de perguntar-lhe, ao Qim Andrade, que foi fazer ao albergue.

 

Líquido cefalorraquidiano


Fluido aquoso localizado nos quatro ventrículos cerebrais, e espaço entre o cérebro, e a dura-máter e na coluna vertebral. P líquido é segregado por formações vasculo-meníngeas especiais situadas no interior dos ventrículos cerebrais, chamados plexos coróides.
Dos ventrículos cerebrais o líquido passa entre a pia-máter e a membrana aracnóide. Banha assim o cérebro e a medula espinal, sendo finalmente absorvido por pequenas saliências da membrana aracnóide e voltando ao sistema circulatório. O líquido cefalorraquidiano é, assim, integrante do sistema circulatório.
A pressão do líquido cefalorraquidiano varia segundo o ponto onde é medida. Os valores oscilam em torno de 150 mm de água. A acção do coração e os movimentos respiratórios influenciam a pressão do líquido e seus condutos: durante a contracção cardíaca (sístole) é impulsionado do espaço ventricular para o espaço do canal medular e a pressão aumenta; durante a diástole, o fluxo inverte-se e a pressão diminui. Essa flutuação é ainda influenciada pelo grau variável de reflexão do sistema arteriovenoso, em conexão com os movimentos respiratórios. O papel principal do líquido cefalorraquidiano é de amortecedor: uma pancada ou choque no crânio são reduzidos antes de se transmitirem ao cérebro. Além disso, o fluido serve como um arrefecedor térmico, encarregando-se também da drenagem de certos produtos de excreção das células nervosas.
A pressão e a composição de líquido cefalorraquidiano alteram-se em inúmeras doenças do sistema nervoso e a sua análise é importante para fins disgnósticos.

 

O que é que é que o gajo é?

Pervertido,invertido ou homosexual divertido? Será travesti ,introvertido ou transsexual assumido?Estará ainda no armário metido?
Deixo-te estas questões amigo Eurico,ninguem melhor que tu meu caro para analisares a personalidade do "AutarQuim" em questão,saberás muito bem,estou certo, tipificar o que acima questiono.
Sinto-o invejoso dos teus méritos,será que disse bem,não será antes invejosa?
Podes crer,deixa-me confuso aquele seu "rabiar" permanente e a constante indecisão,ora se afirmando isto,para logo depois se dizer aquilo,tanta incontância e insegurança,será doença?
Bem sabes,não tenho preconceitos desses,aceito a diferença,mas a bichanice,como sabes, não é do meu agrado e aborrece-me.Se é,é e pronto! Haja respeito.

terça-feira, janeiro 30, 2007

 

Então como é?

Madame La Confradesse mudou de sexo. Reparem no que escreve, assinando como Confradessa.
“…é um puto reguila a quem dou trela quando estou bem disposto”
À Madame La Confradesse fugiu-lhe a boca para a verdade, o que pode por nós ser considerado como mais uma prova irrefutável da sua condição de indivíduo do sexo masculino.
O importante da questão é sabermos tratar-se de uma declaração utilizada pelos reaccionários sob pretexto da imaturidade do povo, neste caso a minha. Uma bela peça, a Madame La Confradesse.
Certamente que o Secretário da Junta de Freguesia de Canidelo, Gaia, não encontra à sua frente gente de uma geração fraca e inculta.
Esqueceu-se, Madame La Confradesse, daquele pequeno pormenor do “o” em vez do “a”. Um pequeno bandalho.
Dedica-se quase exclusivamente a insultar, pensando causar a desilusão e a confusão – em que permanentemente vive o seu espírito – chegando a condenar a própria democracia – que lhe permite um tacho. É na verdade bem surpreendente ver sair do seu computador, ou do da Junta de Freguesia, disparates como os que deixa ao vento.
Tendo-se armado em Majestade da natureza humana, vê-se e pode constatar-se não passar de um mísero personagem.
Todos os outros se metem nos copos, todos não passam de cegas realidades, tendo-se como o único aristocrata do saber e da escrita.
Sustenta, por exemplo, que devíamos estar preparados para a liberdade, sem o que esta se transforma em abuso e seus actores simples bebedores de copos.
Não me faça rir, Madame La Confradesse de Canidelo. Aí, no vosso nome, mortais de toda a vossa veia aristocrata da treta. Não passa, “cara senhora”, de uma linguareira digna de acompanhar algumas de certas “zonas”

 

Canhoto

Diz-se de um indivíduo que utiliza preferencialmente a mão esquerda. Dextra é a pessoa que privilegia a mão direita e ambidextra aquela que utiliza indiferentemente as duas mãos.
Na verdade, essas noções constituem casos particulares válidos para os membros superiores, do conceito de dominância lateral: pode-se detectar, em princípio, o lado dominante para todas as partes do corpo susceptíveis de notoriedade autónoma, como é o caso dos olhos e dos membros inferiores.
As categorias de canhoto e dextro podem ser consideradas como os extremos de uma escala entre as quais se situariam muitas pessoas. Isto porque é normal encontrar-se indivíduos que não são homogeneamente dextros (ou canhotos): eles podem utilizar a mão direita para certas actividades (escrever), a esquerda para outras (distribuir as cartas do baralho), como também o olho dominante pode não coincidir com a mão dominante.
O estabelecimento da dominância de uma das mãos ocorre por volta dos 5 anos de idade. Até então é normal que a criança possa utilizar uma ou outra mão em actividades correntes, como desenhar, recortar, etc.
As pessoas canhotas constituem a minoria na população: os dados estatísticos oscilam entre os 5 e os 30%, de acordo com o grupo, considerado e o critério utilizado para definir os canhotos.
Em francês, gauche significa ao mesmo tempo “esquerdo” e “desajeitado”; em latim sinister é “sinistro” e “esquerdo”; em português, a palavra canhoto significa “desajeitado” e “inábil”, derivando de canho, isto é, “esquerdo”, “canhoto”.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

 

Paralisia bulbar

Paralisia bilateral do nono, décimo e décimo segundo nervos cranianos.
O quadro resulta em distúrbios da função muscular.
O termo bulbar deriva da palavra bulbo (ou bolbo), empregado para designar a região mais inferior do tronco cerebral onde esses nervos se originam.
A paralisia bulbar pode ser provocada por um repentino distúrbio da circulaçãp sanguínea; pode ser o resultado de envenenamento – alimentar (botulismo), por exemplo – ou de certas doenças infecciosas.
Em alguns distúrbios da espinal-medula (como a esclerose lateral amiotrópica), ocorre uma paralisia bulbar lentamente progressiva.
Os sintomas, entre outros, são dificuldade de movimentação, atrofia da língua, distúrbios no engolir, beber, mastigar e na articulação das palavras (disartria).

domingo, janeiro 28, 2007

 

Pelo Minho novamente.

Caros amigos saúdo-vos com o abraço que bem merecem.
"Picou-se" e irritou-se, a madame como tiveram oacasião de reparar e assim,como é seu corriqueiro costume lá se enfronhou em malfadada e badalhoca linguagemem de cuecas,fraldas mal cheirosas,repugnantes chulés de letal fedentina,sovacos ardidos por suor que tresanda e peidos a esmo,pois que é destas e doutras fedorentas sustâncias que a dita criatura se alimenta,
a ver, pelo que de forma habitual enche a boca,qual cloaca,fétida e putrefacta.

Meus caros como digo em título estive de novo pelo Minho,em tão frigido quão radioso fim de semana,no preciso local em que a ponte atravessando o Lima se tornou famosa,apadrinhando a vila. Primorosamente instalado em casa amiga,num solar da outra margem e como paisagem,
além da lendária e senhoril vila,a frondosa serra da Arga e as bucólicas e verdejantes veigas que bordejam o rio. Magnífico!
Alimentada a amizade,cimentada em três decadas de sadia convivência,houve tempo e lugar para a apreciar,degustando o cilindrico anádroma que para a desova sobe o Lima quando no calendário se instala Janeiro. O precioso ciclostomo foi "examinado"em duas vertentes, numa bordalesa em guisado,perfeito e aromático e de arroz,solto,como se quer,muito bom,de uma e de outra maneira,a merecer nota alta a que Marcelo daria sem esforço18 a 19 valores! Da região um monocasta de vinhão,naturalmente tinto e retinto,encorpado como é mister ser e a lampreia agradece.De excelente produção este Quinta de Aguião de Arcos de Valdevez,excelente.

Uma nota final para casal de raça bovina que indolentemente pastava em courela predominantemente verde, junto do Lima. Ela, pachorrenta, ruminava e distinguia-se muito
naturalmente pelo úbere exuberante e proeminente.Tentei vários nomes, desde Rosália a Cornélia e nada,a nenhum deu sinal.Lembrei-me então,chamei-lhe Confradessa e de imadiato a reacção .Era ela!
O parceiro, cuja pelagem rala e esbranquiçada denunciava muitas saudades pelo viço da juventude já perdida,era macho,pelas enormes hastes se via que o era,só por isso. Chamado pelo nome de Reis logo abanou a cabeça e se denunciou ,para mais movendo a cabeça e os chifres que a enfeitavam. Mas que grande par de cornos!
Um abraço do Osório.

 

Amigos

Digo-lhes que Madame La Confradesse vai a caminho da demência.
Será talvez melhor “sair” para evitar que haja ali, em Canidelo e sua Junta de Freguesia, o diabo e antes que a sua reputação – como Joaquim Andrade – seja completamente desfeita em fanicos.
Fiz com que a dama se vestisse condignamente e saísse no mínimo espaço de tempo e, depois de ter assim escapado por um triz, não deveria sentir vontade de se meter noutra, ou que lhe metam outra.
Madame La Confradesse gosta de ir até à estação, onde a conhecem como a mulher que vê passar os comboios e conhece o amor.
Por vezes até chalaceia com o maquinista, pondo a mão na alavanca das velocidades. Como aprecia colocar a sua mão ma maçaneta vermelha rubra da manette… dando-lhe todo o gás e nunca ficando quieta durante o tempo de paragem da composição.
Qualquer dia aborrece-se de escrever cartas que não obtêm resposta e pronto: é o fim de tudo.
Na estação, é opinião geral, que Madame La Confradesse faz tudo isso para despeitar o velho Qim.

 

Boca

A cavidade bucal é o espaço limitado anteriormente pelos lábios, lateralmente pelas bochechas, superiormente pela abóbada palatina (céu da boca), inferiormente pela língua e região sublabial e posteriormente pelo véu do paladar e amígdalas.
O termo “boca” é usado para designar tanto a cavidade bucal como os limites externos dessa cavidade – os lábios – ou apenas a sua abertura. A cavidade bucal contém a língua e os dentes, assim como as aberturas dos canais excretores das glândulas salivares.
A cavidade bucal é revestida por uma mucosa que começa nos lábios, cujas faces internas são ligadas às gengivas por uma dobra central (freno labial). O assoalho da boca consiste principalmente de músculos e tecido conectivo, ligando-se à parte final da língua pelo freno lingual. De cada lado do freno lingual existe uma tuberosidade (papila sublingual) que contém as aberturas do conducto da glândula salivar submaxilar.
A partir daí, para trás e para os lados, situa-se a dobra sublingual, formada pela saliência das glândulas salivares sublinguais, que aí se abrem; próximo a ela encontra-se uma dobra franjada. Na parede bucal, ao nível do segundo molar da mandíbula superior, abre-se o canal da glândula parótida. A saída é rodeada por 4 ou 5 glândulas mucosas, do tamanho de um grão de arroz.
A boca pode ser local de muitas doenças, a maior parte delas ligadas a moléstias comuns. Além disso existem também vários tipos de anormalidades orais congénitas.

sábado, janeiro 27, 2007

 

Olá, amigos! Eu vos saúdo!



Não gosto de falar de mim próprio, mas quero dizer-vos que tudo está a correr pelo melhor no que me diz respeito. E aproveito para dizer que espero que Madame La Confradesse avalie bem o que deixa transparecer das suas ideias.
Se assim não fosse nunca teria regressado tão cedo, já que ainda não terminei as tarefas às quais tenho dedicado todo o meu tempo.
Tenho visto gente de toda a espécie, mas como a Madame La Confradesse devo confessar nunca ter visto. De uma baixeza inegável, ela só é comparável àquelas que usam a tal cara-de-.alho como único objecto capaz de lhe saciar todos os vícios acumulados ao longo dos anos.
Ela e seu Barbosa, o mal-parido, juntos, resolveram iniciar uma ruidosa campanha, dizendo eu para com meus botões: “Aqui está um duo repulsivo, capaz de todas as vilanias deste mundo e também do outro.
Sei que ela vai, uma vez mais, explodir, expulsar todo o seu fel das suas entranhas, mas nada me importa.
Fogo de vista, sem dúvida, a ideia de tornar o nome do Joaquim Andrade num simples e banal secretário impoluto da Junta de Freguesia de Canidelo. É dos tais que afirma que, quanto mais tarde começar a sua ofensiva, melhor a semente cairá em terreno produtivo, de caras-de-alho que lhe vão faltando.
Por mim, continuarão a faltar, já que não contribuirei, minimamente, para a sua grande felicidade quando abre as pernas ou se inclina para a frente, apanhando umas cavacas que possa colocar na fogueira; até a compreenderia se vivesse num país cujo clima fosse mais frio, mais rigoroso.
Reparem os meus amigos como ela se vai abrir toda em “mesuras” a mim dirigidas.
Na altura em que interrompi a minha participação no PQ prometi regressar, nunca pensando fazê-lo em tais condições.
Gostaria de lhe perguntar, à Madame La Confradesse, claro, quantos abortos já fez em si, uma vez que tanto adora o tal cara-de-alho dentro de si, a consolá-la. Mas, se não quiser responder a tal pergunta, compreenderei.
Até breve meus caríssimos amigos.

 

Bissexualidade

Literalmente, “possuir dois sexos”.
Assim, uma pessoa é bissexual quando é simultaneamente masculina e feminina, embora fisicamente deva ser considerada de um sexo determinado.
A bissexualidade pode ser psicológica ou física, sendo que a validade deste último conceito é discutida em sexologia.
Chama-se bissexualidade psicológica à concepção pré-científica, que é muito antiga: em ruínas sumerianas descobriram-se estatuetas de ídolos que possuem características de ambos os sexos. Durante toda a Antiguidade, os hermafroditas – seres bissexuais – foram reverenciados religiosamente.
Afrodite em Paphos e Cartago, Ishtar na Babilónia, Tuisto entre os povos germânicos, Zurran na Pérsia, Arion na Hélade e Tiamat em Nívive.
Platão acreditava estar oculta dentro das pessoas a tendência de reverter ao estado original de bissexualidade, que ele considerava corresponder ao hermafroditismo.
A bissexualidade foi considerada por Freud como elemento do desenvolvimento psícossexual normal. No seu livro “Três Ensaios Sobre a Sexualidade”, o fundador da psicologia analítica descreve como, a seu ver, as pessoas podem possuir as características psicológicas masculinas e femininas, sentindo-se atraídas tanto por indivíduos do seu próprio sexo como pessoas do sexo oposto. A direcção dominante é determinada pelo estado de desenvolvimento das sensações sexuais, e por isso o aparecimento de atracção entre pessoas do mesmo sexo.
Os indivíduos hermafroditas verdadeiros possuem, ao mesmo tempo, tecido testicular e ovariano, e os genitais externos também são ambíguos.
A causa do hermafroditismo consiste em erros congénitos do desenvolvimento das gonadas, consequente ou não de aberrações dos cromossomas.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

 

Vesícula biliar



Órgão oco, em forma de pêra, com cerca de 50 ml de volume, em cujo interior se armazena a bílis produzida pelo fígado. Quando é necessária para a digestão, a bílis é segregada para o duodeno.
A vesícula biliar encostada à parte inferior do fígado, ligando-se lateralmente ao ducto hepático por meio do ducto cístico.
A bílis é segregada continuamente para o tracto intestinal, através do ducto hepático. Quando não é necessária à digestão, a bílis é armazenada – sob a forma concentrada – na vesícula.
Esta serve apenas como reservatório do líquido entre uma refeição e outra.
O ducto biliar comum, ou ducto colédoco, formado pela união do ducto cístico com o hepático, junta-se ao ducto pancreático próximo à saída deste último do pâncreas, formando uma área alargada com uma pequena abertura. Um esfíncter impede a saída dos líquidos até que haja a presença de alimentos. Quando o esfíncter relaxa, a parede da vesícula contrai-se.
A vesícula biliar de uma membrana mucosa especial que é cruzada por pregas, assumindo a aparência dum favo. Áreas grandes, limitadas por paredes altas, são divididas por paredes menores; isso dota a membrana duma grande superfície, o que possibilita a retirada de maior quantidade de água da bílis.

 

Ai o cara-de-alho!

A vida é como é!

O percurso que cada um decide calcorrear ao longo da mesma, é decisão pessoal, logo merecedora da respeitabilidade alheia, mas não, obrigatória e necessariamente, de igual dose de concordância.

Quero com isto dizer que deve ser merecedor do nosso respeito quem opta pelos prazeres da mesa em boa e sadia convivência. Quantas vezes isso não passa de um mero pretexto para se encontrar os amigos (isto é só para quem os tem!) ou, generalizando, passar algum tempo de qualidade com aqueles que prezamos. Não me causa dano quem se empanturre em vitualhas, acompanhadas como será bom de ver, pelo respectivo e aprazível tintol.
De igual modo, entendo também ser uma postura a respeitar o dedicado e sistemático empanzinar, de borras e escórias feito, a que alguém obstinadamente se devota, sem descurar, uma que seja, a inspecção a todas as pocilgas das “berças”.
Poder-se-á dizer de tal prática que sendo anti-higiénica é também denunciadora de uma muito baixa índole, mas convenhamos que não é nosso dever ajuizar sobre os gostos e propensões alheias, compete-nos apenas respeitar tal propósito, mantendo-nos no entanto a uma distância segura e conveniente, de modo a escaparmos incólumes aos borrifos e respingos tão típicos de quem faz do fossar o seu sustento.


Uma nota ainda sobre as vantagens da vida campestre, marranços e armações.

Gostaria de aqui deixar bem claro que para além do respeito que devoto a uma particular afirmação, vejo-me também obrigado a devotar-lhe a minha concordância, dado não possuir informação suficiente para me pronunciar sobre tal matéria.
Estou a falar, como se deve calcular, sobre a garantia dada pelo nosso Confradessa da existência de boa erva nos campos, (sobre a água fresquinha não tenho qualquer dúvida!), sinal maior de que estamos perante um conhecedor das herbáceas.
Quero aqui deixar eco da minha total incompetência para discernir sobre este assunto, pois sendo um ser monogástrico, (ao contrário do nosso Confradessa, não fui devidamente apetrechado pela mãe natureza), não possuo as tais três ou quatro câmaras gástricas que me habilitariam ao pachorrento exercício da indispensável ruminação.
Em suma pouco mais posso fazer que desejar ao nosso querido e estimado Confradessa, que sempre lhe seja assegurado um rápido e pronto acesso às melhores pastagens, às mais suculentas ervas.

Pelo atrás descrito, percebe-se agora aquilo a que eu chamaria de uma “natural inclinação” (cá está o marranço) para o desenvolver lógico e coerente de uma certa “narrativa bovina” (e ei-las, as armações).
Por tudo o que já foi dito, só se me afigura uma questão e bastante pertinente por sinal; Quem nos poderia dar melhor testemunho das vantagens da vida nos prados, senão quem possui a experiência e o saber de tal forma de subsistência?


Parafraseando o nosso benquisto Confradessa, (para não ser acusado de não revelar as fontes), permitindo-me contudo a uma pequena variação, sou a afirmar que não é o caraças, não senhor, nem por sombras! Aqui trata-se mesmo do …cara-de-alho!










 

Grita "Madame",grita!

De dama apenas o nome que o porte é de estrebaria,não surpreendendo assim os hábitos de égua que prenhe por um jumento enfurecido de filho pariu um burro.
Se ele é rei(s) ,não,não é dos equídeos,quem lhe dera! Dos muares tambem não,é perisodáctilo,
com certeza que é,mas asinino ! E sabe-se de ciência certa,assim diz o ditado pela boca do povo no seu saber de experiência feito que a essas asinárias vozes não dá alcance o céu.
Que lhe resta , zurrar no deserto?É bem triste o desígnio,mas é esse o sombrio destino de quem é filho de "madame" e de prostíbulo tambem.
Grita,"madame",grita!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

 

Males hereditários



Agradecendo a meu amigo Osório, começo por dizer que se trata de afecções, defeitos, doenças e anomalias causadas por um ou vários factores hereditários patogénicos. A origem é frequentemente atribuída a mutações e vários tipos de radicação.
Havendo a suspeita de existência de alguma doença hereditária, deve-se investigar a árvore genealógica do paciente, a fim de se determinar o modo de transmissão genética da doença ou mal.
É preciso, assim, descobrir se a afecção hereditária é de carácter dominante ou recessivo e se o factor patogénico está presente em dose dupla ou única.
Quando, por exemplo, o factor patogénico é dominante, todos os seus portadores são invariavelmente afectados. SE, porém, cada um dos pais o possuir em dose única, o factor patogénico pode não ser transmitido aos filhos. Quando, por outro lado, se trata de um carácter recessivo, a doença pode ocorrer em indivíduos cujos pais são clinicamente sadios, mas que na realidade são, ambos, portadores de factores patogénicos em dose única.

Soube, enfim, quem é o Barbosa, Filho de um tal “Reis” – assim conhecido em certo local, conforme explicações recebidas, e da Exma. D. Confradessa.
Como filho de burro nunca pode sair cavalo, pelos factores genéticos antes citados, e outros, o tal Barbosa sofre, seguramente, de alguma moléstia hereditária, e congénita, transmitida pelos pais biológicos, como hoje está em moda dizer-se.
Pude constatar, consultando certo blog que, nos comentários se encontra uma alusão ao Senhor Enfermeiro Carlos Veiga, a quem saúdo cordialmente, sabendo não ter tempo para deambulações pela Internet ou blogs. Sei também que eu, Eurico de Sousa, não necessito de copiar seja por quem for o que aqui vou escrevendo sobre doenças. Pelo que, desejo uma boa digestão ao tal Barbosa que, como antes disse, nunca poderá aspirar a ser cavalo…

quarta-feira, janeiro 24, 2007

 

Olá eurico!

Olá Eurico,meu caro tenho a dizer-te que esse "figurão" é personagem amantíssima e muito próxima da mais conhecida que o tremoço,madame Confradessa.É seu servo,dela, da citada madame,dedicado e extremoso servidor,apaniguado da causa,um adulador omnipresente e a sua caixa de ressonância esse tal Barbosa du Canidelo.Poeta ?Não,que sacrilégio,seria enorme ofensa ao sadino vate Elmano qualquer semelhança ou aproximação! De quando em vez solta umas larachas,nada mais!
Tal é a sintonia e perfeita a sincronização entre a dama e seu inefável criado que mais me parecem um no outro,seja,um que é dois,sendo apenas um,entendes?Já imaginaste a voluptuosa,
capitalista,porque da capital, inebriante e delambida madame com aquele aspecto,não muito,mas
mesmo assim masculo que a Barba(osa) lhe confere pese embora o facto de já rala e bastante encanecida ? Medonho,não achas?
Um abraço do Osório.

 

Hemorróides



Distensões locais de veias situadas na parte terminal do intestino grosso (recto) ou ânus.
As hemorróides podem ser classificadas como externas ou internas. As últimas localizam-se acima dos esfíncteres anais, fechando a abertura do intestino logo abaixo da mucosa; só se tornam visíveis quando uma forte pressão para ou durante o esvaziamento intestinal faz com que se dilatem.
As externas situam-se sob a pele, na altura dos esfíncteres. Geralmente caracterizam-se como protuberâncias vermelho-azuladas; na maior parte do tempo são moles, mas, quando ocorre coagulação sanguínea, tornam-se duras ao toque.
As hemorróides lembram sob diversos aspectos as varizes das pernas; por isso também são denominadas veias varicosas da extremidade do intestino.
São mais frequentes nos países desenvolvidos que nos subdesenvolvidos, em função do tipo de alimentos ingeridos naqueles. A incidência da moléstia é maior nas pessoas com mais de 50 anos de idade, estimando-se que cerca de 10% destas possua hemorróides.
Os remédios ingeridos por via oral são totalmente ineficientes no tratamento das hemorróides. Só os medicamentos aplicados no local em forma de supositórios podem ser de alguma ajuda. Nos primeiros estádios da manifestação da moléstia, a higiene anal, banhos de imersão frios e regulação do funcionamento do intestino podem evitar que ela provoque bons resultados com a aplicação de pomadas vaselinadas para a constrição das protuberâncias com injecções à base, por exemplo de fenol. As hemorróides grandes e disseminadas, principalmente as internas, só podem ser removidas cirurgicamente.

PS: Pode o amigo Osório informar-me sobre quem é esse tal Barbosa? Que se passa com ele?

 

Boa noite

Antes de mais,saudar o Zeferino que aproveito para cumprimentar endereçando-lhe votos de um óptimo aproveitamento no trabalho que está a desenvolver.Força e muita coragem,tudo isso em doses reforçadas,a empreitada é de monta.
A minha ausência desta página, motivada por enorme sobrecarga profissional,que felizmente registo e saúdo,dado o caracter do meu trabalho,foi entretanto compensada com a "romaria" á feira do fumeiro por terras do Barroso,onde revi amigos e lugares,que especialmente sei serem tambem de enorme predilecção por parte do caríssimo amigo Red River . Descansa,deixei tudo em ordem,tudo direitinho para próxima visita que prevejo não demores muito a fazer, á "tua" mui apreciada Montalegre,assim os compromissos laborais te libertem,bem precisas!
Dizer ao Eurico que tenho estado atento e bem vejo que a "palpação" continua,não larga o osso,arre que é teimoso! Agora sob a capa e a forma de Barbosa,mas a máscara,tal como o algodão,não engana!
Um abraço. Osório Rio.

Ps. A propósito do assunto que me preocupava,consegui! Desde já, grato a ambos pelo aconselhamento .

terça-feira, janeiro 23, 2007

 

Gripe intestinal



Processo inflamatório dos intestinos, muito comum em determinadas estações do ano.
A inflamação dos intestinos é provocada por vírus e afecta a maior parte do trato digestivo, principalmente o estômago e o intestino delgado; em alguns casos, são afectados apenas alguns órgãos, como o estômago, fígado, ileo ou o intestino grosso.
Os sintomas dessa enfermidade são: dor abdominal, caimbrãs, vómitos e diarreia; o paciente também pode sentir febre, sonolência, cansaço e falta de apetite.
O exame por apalpamento (palpação) só permite identificar intensos movimentos intestinais (peristálticos), e a presença de uma dor vaga cobrindo todo o abdómen.
A diarreia decorre do aumento da actividade intestinal, da redução da ingestão de líquidos ou da acumulação de líquidos na cavidade abdominal. Por essa razão, o exame das fezes (em laboratório) do paciente é necessário para o correcto diagnóstico da doença.
O tratamento visa principalmente os seus sintomas (terapia sintomática), uma vez que se desconhecem métodos para a eliminação directa das infecções por vírus.
Recomenda-se a ingestão de grandes quantidades de líquidos e sais minerais e a administração de adstringentes. Nos casos em que se verificam grandes perdas de líquido – provocadas por vómitos persistentes e diarreia – é necessário repô-lo rapidamente para evitar o risco de desidratação.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

 

Lavagem gástrica



Esvaziamento do estômago e sua lavagem com um líquido adequado. O processo é geralmente usado no tratamento de intoxicações e envenenamento.
A retirada do conteúdo estomacal faz-se por bombeamento, usando-se para isso um tubo (sonda) de cerca de um centímetro de diâmetro, cuja extremidade é fechada, e que conta com aberturas laterais.
Uma sucção inicial promove o sifonamento; estando a extremidade livre do tubo num nível mais baixo do que a extremidade inserida no estômago, o sifonamento continua, sugando assim todo o material contido na cavidade gástrica. O procedimento é facilitado se o paciente suspirar ou engolir saliva constantemente.
Depois de retirada parte do conteúdo estomacal, introduz-se uma porção de líquido destinado à lavagem, para manter o sifonamento.
A lavagem é repetida até que o líquido saia suficientemente claro.
No fim da lavagem, conforme o caso, introduz-se no estômago do doente um antídoto e um pó contendo um absorvente. O tubo é então fechado e retirado.

domingo, janeiro 21, 2007

 

Fístula

Orifício mais ou menos profundo que põe em comunicação parte de um órgão, cavidade ou foco supurativo com outro órgão ou com o exterior. O processo patológico profundo é geralmente um abcesso que não se curou totalmente, e cujo pus se escoa para a superfície do corpo através da fístula.
Uma fístula anal pode resultar de um tratamento deficiente de uma infecção do ânus, ou de suas imediações. Uma fístula superficial atravessa – a partir de um abcesso subdérmico, muscular ou tendinoso – o tecido que a separa do ânus, e vai abrir-se no recto; em alguns casos, chega a atravessar os esfíncteres.
Fístulas desenvolvem-se ainda depois de infecções demoradas da medula óssea (osteomielite), ou infecções de um gânglio linfático do pescoço, causada pelo bacilo da tuberculose.
As fístulas profundas, em particular, requerem tratamento cirúrgico. Para isso o cirurgião abre largamente a ferida, para poder remover o trajecto da fístula, o que se torna necessário para evitar a ocorrência de uma nova fistulação. A fístula, entretanto, não será curada se a sua causa primária não for removida.

sábado, janeiro 20, 2007

 

Fimose

Desproporção entre o tamanho da extremidade anterior do pénis (glande) e o diâmetro do envoltório de pele que a recobre (prepúcio), de modo a impossibilitar o deslizamento para trás do prepúcio e o desnudamento da glande. Pode ser completa ou incompleta, de acordo com o fecho total ou parcial da glande pelo prepúcio.
A fimose pode ser temporária ou permanente. No primeiro caso, ela é frequentemente provocada por infecção, como doença venérea, furúnculos ou balanite (infecção do prepúcio e da própria glande).
Muitas vezes tais infecções têm algumas relações com a diabetes. A elasticidade do prepúcio reduz-se então, voltando ao estado normal com a cura da infecção. Quando, porém, esta provocar a formação de tecido cicatricial, a fimose torna-se crónica.
A fimose crónica, ou permanente, pode também ser congénita, e, nesse caso, assume dois aspectos: forma hipertrófica (aumento do tecido) e forma atrófica (falta de tecido). Quando há hipetrofia das fibras do tecido, a camada superior do prepúcio apresenta-se demasiadamente alongada e a parte que se liga á pele interna localiza-se na região posterior à sua abertura. Na forma atrófica, verifica-se o oposto, e uma parte da pele interna permanece visível.
Além disso, há casos em que a camada interna da pele está aderente à superfície da glande. Essa condição normalmente desaparece entre os 2 e os 4 anos de idade. O tratamento das fimoses congénitas realiza-se, geralmente, através da remoção cirúrgica do prepúcio (circuncisão).
A fimose pode provocar uma balanite ou então agravá-la, dada a dificuldade de higiene. Além disso, alguns cientistas acreditam existir alguma relação entre a fimose e o cancro do pénis: as estatísticas, com efeito, assinalam menor ocorrência dessa doença nas pessoas circuncidadas.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

 

Filariose

Mal das regiões tropicais e subtropicais, causado por um verme nematóide genericamente denominado filaria.
Existem diversas espécies de filaria, mas a forma mais conhecida da doença é a filariose de Bancroft (causada pela Wuchereria bancrofti), bastante difundida no Suriname, na África Central, na costa sul asiática, nos trópicos da América e nas ilhas do Pacífico.
A infecção não se dá por contacto humano, mas pela transmissão por mosquito.
No caso fa filariose de Bancroft, trata-se de um mosquito do género Culex.
No Brasil as regiões mais comprometidas são as zonas litorais do norte e do nordeste. Actualmente, porém, a filariose não se constitui um problema muito sério de saúde pública.
As larvas da filaria (microfilária) desenvolvem-se nos mosquitos até um determinado estágio. Transmitidas ao homem, passam ao sangue e aos vasos linfáticos, onde o seu desenvolvimento se completa. O verme adulto (macrofilária) é fino como um cabelo, chegando a atingir quatro centímetros de comprimento.
Vive nos vasos linfáticos.
A fêmea gera um grande número de pequenas larvas, encontradas durante o dia nos grandes vasos sanguíneos, especialmente nos pulmões.
Durante a noite, porém, essas larvas passam para os capilares do tecido subcutâneo, de onde são sugadas pelo mosquito transmissor.
Neste, as larvas desenvolvem-se e, após cerca de quinze dias, chegam à cavidade bucal do insecto.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

 

Feto Alfa Proteína

Tipo particular de proteína que foi descoberto no plasma sanguíneo de bezerros recém-nascidos. A concentração dessa proteína no sangue tem o seu valor máximo no nascimento: depois diminui, para desaparecer completamente quando o bezerro tem aproximadamente quatro semanas de idade.
Encontra-se uma quantidade reduzida dessa proteína no sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos humanos. A concentração mais elevada é observada no embrião de cerca de 13 semanas de idade, que ainda se encontra no útero.
Daí por diante a sua concentração declina progressiva e rapidamente, desaparecendo inteiramente durante as primeiras semanas após o nascimento.
Ignora-se a função dessa proteína. No entanto, ela permite o diagnóstico diferencial entre a hepatite neonatal – em que há superprodução dessa proteína no soro sanguíneo – e más formações biliares, quando está ausente.
É provável que tumores malignos primitivos do fígado (hepatomas) sejam acompanhados da presença de feto alfa proteína no sangue.

 


É um momento muito difícil para mim, mas devo interromper por algum tempo a minha participação no PQ. Prometo voltar brevemente.
Afazeres, dever supremo, impedem-me de estar presente. Voltarei, mas por agora tenho demasiadas coisas para fazer.
A todos os meus amigos e possíveis leitores, o meu até já

 

Andróide


A palavra andróide serve para designar qualquer ser que tenha a forma de um homem, em contraponto à palavra ginóide que serve para designar seres de forma feminina.
Entretanto por seu uso em várias obras de ficção científica, o termo passou a ser usado mais especificamente para descrever robôs com aparência humana. O mesmo não ocorreu com o termo ginóide, sendo muito poucos os livros e filmes a usarem esse termo para descrever robôs com aparência de mulher. Assim, o termo andróide acaba sendo usado também para descrever os robôs de forma feminina.

O famoso escritor de ficção cientifica Isaac Asimov criou vários personagens andróides, entre eles Dors Venabilis (Prelúdio da Fundação), Daneel Olivaw (Os Robôs do Amanhecer) e Andrew (do conto O Homem Bicentenário). No entanto a obra que mais popularizou este termo foi sem dúvida o filme Blade Runner: O Caçador de Andróides, dirigido por Ridley Scott e protagonizado por Harrison Ford. O filme é baseado num livro do escritor Philip K. Dick.


Uma última referência também para a manga e anime de origem japonesa Dragon Ball, de Akira Toryama, onde também aparecem andróides, originalmente designados como o 8, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20 e o mais famoso de todos, o 21, também conhecido como Kim.


Fonte: Wikipédia


quarta-feira, janeiro 17, 2007

 

Parasitas



Microrganismos vegetais ou animais que vivem à custa de outros seres vivos denominados hospedeiros. Existem quatro tipos básicos de associação entre os seres vivos.
No primeiro (mutualismo), ambos os organismos beneficiam da convivência mútua, sem que nenhum dos dois seja indispensável à sobrevivência do outro.
No segundo, chamado simbiose, a associação é mais estreita e vital para os dois seres que tiram dessa associação vantagem mútua.
No terceiro, denominado comensalismo, a associação beneficia apenas um organismo, embora não prejudique o outro, em condições normais.
Esse tipo de associação, porém, torna-se lesivo ao hospedeiro, quando a sua resistência física se reduz ou quando ocorre uma multiplicação excessiva dos organismos comensais.
O quarto tipo, o parasitismo, caracteriza-se por lesar o organismo hospedeiro em todos os casos.
Todas estas formas de associação podem ocorrer no homem. Do ponto de vista médico, entretanto, interessam apenas o comensalismo e o parasitismo.
Grande parte dos vírus, fungos e bactérias pode agir patogenicamente em quase todas as partes do organismo humano e de outras espécies de animais.
Alguns desses organismos não abandonam o hospedeiro voluntariamente: outros deixam o organismo parasitado logo depois de o picarem. Caso do piolho, da pulga e do mosquito.

 

A votação

Entre as personalidades que iam ser votadas com o título insigne de cidadãos portugueses, figurava Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.
Pelo seu empenho na criação da nação, da sua independência, votaria nele de olhos fechados.
Ao que parece e segundo tive oportunidade de ler em mais que um sítio, já que sigo as notícias do meu país, também o nome de Salazar foi bastante votado. Não é de admirar que, juntamente com Álvaro Cunhal seja um dos mais votados.
O primeiro, Salazar, pela negativa da sua política de repressão, de ditadura, de constante humilhação infligida aos portugueses; o segundo pela sua luta aberta contra todas as políticas do primeiro e mesmo depois do 25 de Abril de 1974.
Quanto a Álvaro Cunhal, e referentemente à Revolução dos Cravos, acontecera-lhe, como a tantos outros, passar do entusiasmo doutrinário dos primeiros tempos à perplexidade, à desconfiança e, em certos aspectos, à reprovação pura e simples do novo caminho que se seguia.
Antes de mais nada, o novo rumo horrorizava o inimigo dos tiranos.
Era difícil a este ardente idealista convencer-se que esses verdugos das liberdades, da igualdade entre o povo, se arvoravam também em arautos da liberdade que despontava, admitir que a sociedade nova que a muito custo se modelava tinha qualquer coisa de comum com o estado racional desejado pela filosofia kantiana.
Surgiram as reacções dos burgueses bem pensantes e dos capitalistas encapotados, homens que nunca estiveram preparados para a liberdade, considerando-a um abuso.
Não era de estranhar, pois, que mais importante que dar uma nova Constituição que protegesse os seus direitos.
Aqueles a quem abertamente chamava de reaccionários, de monopolistas e latifundiários, recusavam, já então, qualquer reforma sob pretexto da imaturidade do povo. Imaturidade que eles próprios tinham causado, juntamente com o seu pouco menos que “deus” de Santa Comba.
Daí que não seja de admirar que a votação dos meus compatriotas no país tenha decorrido da forma como correu.
O nome de Salazar destoa no meio de tantos nomes de pessoas de bem, de verdadeiros democratas e de lutadores pelos direitos humanos num país que parece estar a esquecê-los de novo

terça-feira, janeiro 16, 2007

 

A palpação

Método de exame clínico das partes externas do corpo pelo tacto.
Pode ser usado em qualquer região do corpo para verificar a tonicidade ou atrofia da pele e dos músculos periféricos, para constatar edemas, calor, presença e consistência de abcessos ou crepitações nos casos de enfisema subcutâneo ou rigidez das veias.
É um método bastante usado no exame do tórax e do abdómen. Complementa os demais exames clínicos, não fornecendo, salvo em casos especiais, informações diagnósticas definitivas.

Tórax: pela palpação do tórax verifica-se a mobilidade respiratória, a elasticidade e a resistência torácica; nos casos de enfisemas, por exemplo, enquanto a elasticidade torácica se reduz, aumenta a sua resistência.
Com a palma da mão é possível sentir a trepidação do tórax quando o doente fala, o que caracteriza o denominado frémito toracovocal; este é geralmente acentuado nos casos de condensações pulmonares e reduzido quando há líquidos ou ar entre a parede torácica e o pulmão.

Abdómen: a palpação é um dos melhores métodos de exploração clínica do abdómen, permitindo obter várias informações valiosas.
O aumento da tensão intra-abdominal, por exemplo, pode ser provocado pela acumulação de gases nos intestinos ou na cavidade peritoneal ou pelo acumular de serosidades no peritónio.
A palpação profunda permite que se examinem a consistência, a forma, o volume e também a sensibilidade dos órgãos abdominais. Pela palpação podem ainda ser detectados tumores, ruídos hidroaéreos e pontos dolorosos, como nos casos de apendicite ou de inflamação dos ovários.

 

Estou entre anjos



Hoje, dia de frio de rachar em Besançon, vi um parzinho mergulhado nos seus pensamentos amorosos. Eram jovens e alegres, pouco mais novos que eu.
Já os tinha visto por aqui; ele parece ser de Paris e ela filha da terra.
Recordaram-se, quase de imediato, a minha solidão, que tento atenuar com umas idas ao café e umas conversas entre amigos e amigas, como é evidente.
Mas não posso esquecer a mina amada que deixei no meu país, mais precisamente em Gaia. Chama-se carolina e todos os dias lhe telefono através da Internet, porque sempre sai mais barato.
Como não podia deixar de ser logo me vem à ideia aquela senhora a quem tanto admiro. Ela e seu Barbosa chéri.
Por vezes fico fascinado e até comovido pela sua graça encantadora, pela sua cordialidade em relações que poderiam ter sido ambíguas não precárias.
Sei que o seu coração não está livre e que se entregou totalmente ao seu mais que tudo “Reis” ou “Barbosa” que, como bem sabemos de vez em quando faz uma perninha no túnel do campo do Canidelo.
As separações quase sempre são dolorosas e não encontro aqui qualquer pessoa a quem possa dedicar o meu amor, embora tenha bastantes amigas com quem passo momentos maravilhosos.
Mas não podendo estar coma minha Carolina, verifico que o meu coração tem necessidade de um contacto afectivo e vivificante, daquele doce equilíbrio, da calma tranquilidade de uma criatura dócil e afectuosa como ela.
O jovem casal passa lá em baixo, na rua, bem agarradinho e, de vez em quando estreitam mais a distância que os separa, beijam-se e riem felizes.
Que quereis, meus amigos, que faça? Ligo o computador e desabafo convosco e com o PQ, fazendo horas para que a minha Carolina chegue a casa e possa atender o telefone.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

 

A vela na janela



A história daquela senhora é das mais simples.
Quando jovem enamorou-se de um que julgava poeta, mascarado, que de poesia nada percebia, mas, pelo contrário, conhecia muito bem a arte do disfarce.
Um dia, abordado por uma cigana, que com olhos ardentes e uma voz vibrante lhe lê a sina, quase o colocava em sarilhos.
Situação bastante banal no país, mas a imaginação dele deu à aventura um vago sabor a mistério que tornou mais vivo o fascínio da desconhecida e que incendiou o seu coração.
Mas, voltemos, pois, à senhora, que nada possui de misterioso.
É do conhecimento geral que aquela jovem, descendente de uma família de aristocratas falidos, habituada a considerar o corpo como único capital, não sente qualquer escrúpulo em coleccionar apaixonados, em pedir presentes, em exigir luxo e riqueza.Apaixonado por ela, o nosso disfarçado prontifica-se a satisfazer todos os seus desejos e conseguir dinheiro pela única maneira que conhece bem: bufar aos quatro ventos e fazer dívidas sobre dívidas, sujeitando-se às ordens superiores – bufar cada vez mais e sempre – ganhou, portanto o gosto.
A beldade aceita, torna-se cada vez mais exigente, ao mesmo tempo que vai abrindo a porta do seu apartamento a um endinheirado morador em Gaia.
Para evitar encontros embaraçosos, a jovem descobriu um meio simples e eficaz: uma vela acesa e facilmente visível para que chegasse, significava que ela estava ocupada e não podia, de momento, receber, mas indicava também a um outro apaixonado que o caminho, dentro de momentos curtos estava livre.
A jovem foi envelhecendo, porque a idade não perdoa, e um dia surge-lhe um “Confrade” que a pede em casamento. Tornou-se na conhecida Madame La Confradesse que, no mais estrito dever de mulher acompanhou o já marido para terras distantes da então sua, indo instalar-se na capital, segundo informações fornecidas mais tarde.
Et voilá!

 

Doença de Paget


Perturbação do sistema locomotor, também denominada osteíte deformadora, que é acompanhada de arteriosclerose.
Caracteriza-se pela degeneração da medula óssea e da matiz do osso, que se tornam espessas e fibrosas.
Em consequência, os membros deformam-se e o tronco torna-se menor; às vezes, ocorre o espessamento dos ossos do crânio.
A radiografia revela a maior transparência dos ossos, com imagem cística.
Apesar de a doença de Paget ser conhecida há mais de um século, a sua causa é ainda desconhecida.
Também se denomina doença de Paget à descamação dos bicos dos seios e proximidades em mulheres com mais de 40 anos; depois da descamação, geralmente verifica-se a secreção de fluidos e a área infectada alarga-se.
Inicialmente ocorre apenas a descamação, com formação de pequenos cortes, às vezes com fissuras. Depois de alguns meses, ou anos, aparece uma mancha avermelhada. A zona afectada da pele, que sugere um eczema, diferencia-se da pele normal por um limite nítido, às vezes formado por uma ligeira saliência anular. A remoção cirúrgica do seio é o método indicado de tratamento.

domingo, janeiro 14, 2007

 

Idealista impulsivo

Não posso afirmar que o Qim seja em conhecedor dos homens. Que antes lhe acontece muitas vezes lê-los à sua maneira, muito subjectiva, atribuindo a uns e a outros dons e qualidades segundo as necessidades e impulsos de momento.
Esta perigosa tendência valeu-lhe por vezes cometer erros graves: por exemplo, escolher como amigos homens de pouco valor ou então, pelo contrário, os de valor para ele inacessíveis ou então apaixonar-se por damas como Madame La Confradesse, que lhe estão muito abaixo.
Outras ocasiões, pelo contrário, a sorte acompanha-o e encontra seres excepcionalmente dotados que correspondem por completo aos seus desejos.
Astonished, Red River, Osório Rio ou este humilde servidor ou ainda o Eurico. Pena é que um esteja ausente e os outros entregues às suas ocupações profissionais., porque com a presença deles o PQ é mais rico.
MAS, indiferentemente, parece-me por vezes ouvir o pensamento do Qim:
“O meu coração precisa de vós, homens de bem que me sois tão queridos. E só nos vossos braços amigos encontrarei um ardor novo”.
Como que leio também a sua escrita íntima:
“Sois a alma nobre que me faltou durante tanto tempo, alma digna de mim, com todas as minhas fraquezas e com as minhas pobres qualidades. Não sou certamente o que poderia ter sido. Teria podido vir a ser alguém de grande, mas muito cedo o destino se insurgiu contra mim”.
Esta vida de expressão e de amizade mística que o Qim dedica à que chama de Confraria – que bela ideia a sua criação - e daí o “nome” de Confradessa em sua honra – deve soar-nos aos ouvidos como vinda de um homem que não é mais que um rato de biblioteca, pedante e misantropo, azedo e de vistas estreitas.
Incapaz, com efeito, de qualquer entusiasmo ou emoção digna desse nome, o Qim é a pessoa menos indicada para desempenhar o papel de alma nobre.

 

Oxitocina



Hormona produzida por células nervosas do hipotálamo e armazenada no lobo posterior da hipófise, que a liberta gradualmente na circulação sanguínea. É uma proteína constituída por nove moléculas aminoácidas: a tirosina, a isoleucina, a glutamina, a asparagina, a prolina, a leucina, a glicina e as duas moléculas de cistina.
A oxitocina estimula a contracção dos músculos lisos, sobretudo os do útero, durante e após o parto. Na gravidez, a sua acção parece ser bloqueada pelo alto nível de progesterona no sangue. Desconhece-se a natureza da relação entre a queda do nível de progesterona – antes do parto – e a súbita sensibilidade uterina.
Após o parto, a estimulação dos bicos dos seios para a amamentação provoca descargas reflexas de ocitocina. Estas forçam a contracção das células mio-epitelias da glândula mamária, facilitando o escoamento do leite.
A acção pós-parto que a oxitocina exerce reflecte-se também sobre o útero, fazendo com que se contraia. Tais contracções obrigam os tecidos uterinos a voltar ao seu volume normal.
Durante a cópula também pode ocorrer descarga reflexa de oxitocina que, provocando contracções uterinas, impulsiona para cima os espermatozóides. Essa hormona também é produzida pelo organismo masculino, mas com funções desconhecidas.

sábado, janeiro 13, 2007

 

Cheiro a pobreza

Como para Salazar a pobreza foi fiel companhia – a do povo – ao longo de quase toda a sua vida, também hoje nunca deixou de se sentir o que antigamente se chamava o “odor da pobreza”.
A poeira acre, a louça suja, o vestuário usado, o cheiro a álcool e a tabaco…
Dizia Salazar, com aquela voz muito peculiar: “Portugal pode ser um país rico e próspero se os portugueses assim quiserem”. Ora, como no seu tempo os portugueses não tinham voto na matéria, o mesmo é dizer que não tinham o direito ao voto, calavam-se.
Aproveitando-se do seu silêncio – “quem cala consente” – Salazar distribuía pelos abastados e ricos o que pertencia aos pobres, que calavam. Ouve-se hoje dizer:
“Éramos pobres: o nosso jantar, quando o havia, era extremamente frugal, e o seu condimento principal consistia na nossa bóia disposição: nós o preparávamos, o que nem era difícil, pois a maior parte das vezes não passava de uma sopa. O vinho, como dizia um dos braços direitos do ditador – cardeal cerejeira - «dava de comer a dois milhões de portugueses».
Pensando em tudo isso, começo a perguntar-me se hoje as coisas melhoraram no meu país, lá longe.
Estudo e divirto-me. E esta vida, de estudo e boémia, durará até ao momento em que me passem um diploma e regresse – ou não – ao meu torrão natal.
Lembro-me de um dito antigo, também do tempo de Salazar – ouvido tantas vezes lá em casa – dito pelas gentes da oposição:
“Os pobres e infelizes dos pensionistas têm uma sede limitada, e com o vinho matam a fome e nem se lembram da sua independência e qualidade de humanos”.
Acontecia, aliás, que por vezes aparecia alguém de certa nomeada a tentar esclarecer os menos lúcidos.
Aí surgiam, de imediato, os bufos e os pides, a quem, de certo modo rendo a minha homenagem: “Ó bufos do passado, que no tacho deram brado, na boémia e no cifrão,,,!”, perguntado ao Qim como se sente com a sua – se algum dia a teve – consciência.
Bons baisers de besançon

 

Nanismo



Retardamento do desenvolvimento físico. Pode ser acompanhado de um desenvolvimento mental deficiente num nível infantil (infantilismo).
Isso geralmente ocorre por deficiência da hormona de crescimento, do lobo anterior da hipófise, também denominada infantilismo pituitário ou nanismo pituitário.
O nanismo pode ser “proporcional”, distribuído por todo o corpo, de modo a causar uma pequena pessoa de aparência “normal” (nanismo proporcionado), mas pode também ocorrer no crescimento das diversas regiões do corpo (nanismo desproporcionado).
Este é o caso do anão acondroplásico, que possui tórax e cabeça normais, mas membros pequenos.
A face deste tipo de indivíduo é caracterizada pelo chamado “nariz em sela”. A causa desse defeito de crescimento pode ser hereditária ou patogénica.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

 

Bocas abertas

Alto, esguio, testa larga e olhar penetrante, com a pele do rosto pejada de barbas e bigode grisalhos, o Qim Andrade que conheci na minha recente deslocação a Canidelo, para seu azar, era cognominado, na sua terra, como o tiranete de Canidelo.
Dizem as “más línguas” canidelenses que nem sempre usou aquelas barbas, que andava completamente rapado mas que, a dada altura – e tudo indica a data pós 25 de Abril – o infeliz se viu obrigado a recorrer ao crescimento da pelugem na fronha, crescimento abundante, para esconder a sua “cor” natural.
Já quanto ao cabelo, é natural, e se ficou enfarinhado, como as barbas e bigode, isso deve-se aos desgostos sofridos por altura do ano de 1974. Os caracóis são, portanto, naturais. Até poderia usar uma trança, que ninguém se importava com tal facto.
Dizem ainda as más bocas abertas de Canidelo, que o Qim Andrade chegou a demonstrar uma certa vocação de pastor e que, mais tarde queria ser médico, mas como era um profundo autocrata igual a todos os seus iguais, desistiu de tal ideia.
É absolutamente um ser que gosta de exercer o poder absoluto e desmedido. Subiu ao “trono” aos dezasseis anos, tendo reinado até hoje com nomes fictícios. Gosta de viver no fausto e inventa jantares e tertúlias, festas e rodeado de música e músicos, de arquitectos e pintores, de jornalistas e padres…
Contam ainda tais bocas, que se abrem, que de vez em quando gosta de tomar ares de mecenas e de jardinar. Que se ente orgulhoso de tudo quanto fez e faz, mesmo sabendo ser contra todas as vontades e que adora exprimir-se com linguagem inacessível à maioria e também, por vezes, adora arvorar-se em “pai” da sua comunidade canidelense, mostrando um esgar que pretende sorriso benevolente para os que considera seus súbditos.

 

Morte Aparente



Estado em que todas as funções vitais parecem ter cessado, mas, decorrido um intervalo mais ou menos longo, reaparecem espontaneamente. As causas mais frequentes desse fenómeno são o afogamento, inalação de gases tóxicos, sufocamento por aspiração de um objecto qualquer, descargas eléctricas e lesões cerebrais.
Os batimentos cardíacos e a respiração são imperceptíveis ou só precariamente detectáveis. Esse estado é intermediário da morte e não pode prolongar-se além de três ou quatro minutos, sob pena de lesão cerebral irreparável ou mesmo a morte cerebral, por falta de oxigénio.
A respiração e a actividade cardíaca devem ser mantidas até que a pessoa recomece a respirar espontaneamente e que seus batimentos cardíacos sejam perceptíveis, ou até que a morte seja constatada e atestada.
O risco de morte aparente já levou algumas pessoas a tomar medidas preventivas no caso de virem a ser sepultadas em estado de morte aparente. Fizeram instalar campainhas de alarme ou mesmo telefones no interior de seus ataúdes, com o fito de comunicar com o exterior, se despertarem, sob a terra, de uma morte aparente.

 

Morte aparente

pbngxwyEstado em que todas as funções vitais parecem ter cessado, mas, decorrido um intervalo mais ou menos longo, reaparecem espontaneamente. As causas mais frequentes desse fenómeno são o afogamento, inalação de gases tóxicos, sufocamento por aspiração de um objecto qualquer, descargas eléctricas e lesões cerebrais.
Os batimentos cardíacos e a respiração são imperceptíveis ou só precariamente detectáveis. Esse estado é intermediário da morte e não pode prolongar-se além de três ou quatro minutos, sob pena de lesão cerebral irreparável ou mesmo a morte cerebral, por falta de oxigénio.
A respiração e a actividade cardíaca devem ser mantidas até que a pessoa recomece a respirar espontaneamente e que seus batimentos cardíacos sejam perceptíveis, ou até que a morte seja constatada e atestada.
O risco de morte aparente já levou algumas pessoas a tomar medidas preventivas no caso de virem a ser sepultadas em estado de morte aparente. Fizeram instalar campainhas de alarme ou mesmo telefones no interior de seus ataúdes, com o fito de comunicar com o exterior, se despertarem, sob a terra, de uma morte aparente.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

 

Mormo


Doença infecciosa grave, causada pelo bacilo Malleomyces mallei. Afecta principalmente os equinos. É transmitida ao homem por animais doentes. Os germes penetram no organismo através de ferimentos cutâneos, ou, mais raramente, por inalação ou ingestão; a infecção acidental dos funcionários dos laboratórios tem sido bastante frequente.
Após um período de incubação, que pode durar dias ou semanas, aparecem febre alta e mal-estar generalizado. No local onde se deu a penetração dos germes, forma-se uma ulceração, que é bastante dolorosa, e ocorre o aumento de volume dos gânglios linfáticos da região.
Os germes disseminam-se pela via linfática e pela circulação sanguínea, afectando vários órgãos, como os tecidos subcutâneos, os músculos, os pulmões, o fígado e o baço. Esses órgãos constituem-se então em sedes de lesões nodulares inflamatórias que acabam por criar inúmeros focos de necrose.
O fígado e o baço aumentam de volume – hepatosplenomegalia. Frequentemente, verificam-se também as ulcerações por vias respiratórias (laringe e traqueia).
A evolução da afecção é rápida e mortal na maioria dos casos. O diagnóstico é realizado pelo isolamento do agente causal através de exames de laboratório (cultura e inoculação em animais) e por meio de provas sorológicas para a dosagem de anticorpos específicos. O tratamento da doença baseia-se em sulfocliogina.

 

Passeando em Besançon

Sob um frio de rachar de temperaturas negativas, entro no Café Pasteur, que está bem aquecido a carvão de uma salamandra colocada bem no centro.
Daqui saúdo e cumprimento com satisfação os meus amigos.
Tenho deambulado por Canidelo, numa espécie de viagem subterrânea até lá, embora tenha ido de avião até Pedras Rubras. Porque ainda sou dos que chamam assim ao velho aeroporto do Porto. Quero lá saber do nome de Francisco Sá Carneiro…
Mal ouso dizer a mim mesmo para onde fui e mesmo no caminho de regresso ainda receava e só quando cheguei a Besançon tive a certeza de ter estado onde estive.
Como tudo é diferente. Mas, deixem-me dizer que tenho pensado milhares de vezes, que penso constantemente em vós ao olhar todas as coisas que nunca pensei ver.
Imaginava Madame La Confradesse uma senhora de certa idade, roliça e cheia de carnes e afável na sua postura e linguagem.
Fiz em solitário todo o caminho para procurar o centro para o qual uma imperiosa necessidade me puxava. Puxou-me para Canidelo e pude mesmo passar junto à sua Junta de Freguesia, esperar pela hora de saída dos seus edis e vê-la. Enfim, vê-la pessoalmente, em carne e osso, convenhamos que mais osso que carne. E, curioso, pude, como em imagens circenses e enganadoras, pude ver que usa barbas grisalhas, que é esquelética e que, imaginem os meus amigos, não passa de um homem. Pelo menos veste calças, usa barbas e bigode, cabelo como as barbas, grisalho e, por baixo dos seus óculos, tem o olhar fixo e o andar altivo e decidido, como um autómato dirigido por algum comando electrónico. Um verdadeiro Robot.
A ânsia de ver esta senhora – oh pobre desilusão a minha – redundou numa enorme decepção. Estão os meus amigos a imaginar a cena!
Pensava poder trazer comigo um autêntico tesouro e não desejar o regresso. Desejei-o mais que tudo e cá estou de novo só, sem vontade de recordar o que vi.
Se houvesse uma próxima vez, teria o bom senso de ter perguntado antes de tudo o mais de quem se tratava ou teria contratado um guia. Deixem lá, de mim não se compadeçam, porque conheci em, pessoa o Joaquim Andrade. Irei telefonando de vez em quando aos meus amigos, mas tão cedo não voltarei ao meu país.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

 

O Sistema Nervoso



Sistema regulador do organismo face às mudanças ambientais.
Divide-se em duas partes – central e periférica – que constituem uma unidade complexa.
Assimila as informações provenientes do mundo exterior e conecta-as com as funções dos vários órgãos, fazendo com que estas respondam às necessidades colocadas pelo constante processo de adaptação do organismo.
As informações provenientes do exterior são captadas pelos órgãos sensoriais e convertidas em estímulos codificados com sinais específicos, que são, logo em seguida, conduzidos ao sistema nervoso central pelas fibras nervosas aferentes.
No cérebro, após a interpretação desses sinais, são emitidas “ordens” destinadas a fazer com que todos os órgãos e glândulas cumpram as funções necessárias para que o organismo responda adequadamente a cada situação.
Um outro fluxo de impulsos é então transmitido do centro do sistema para as várias partes do organismo pelas fibras nervosas eferentes.
O sistema nervoso dos animais inferiores é, muitas vezes, constituído por uma rede simplificada de células; estas são capazes de transferir e distribuir estímulos. Nos animais mais desenvolvidos, no entanto, esse sistema é formado por inúmeros percursos condutores simetricamente localizados entre cada parte do corpo e pelos centros nervosos localizados no encéfalo e na espinal-medula.

 

Jamais de la vie, Madame



Está tudo tão tranquilo à minha volta, e a minha alma tão calma.
Agradeço-te, meu Deus, por dares a estes últimos momentos este calor, esta força.
Vou à janela, e olho, e vejo ainda, através das pesadas nuvens que passam, as estrelas do Céu eterno. Esse eterno transporta-vos, Madame La Confrradesse, no seu coração. Vi a Ursa Maior, de todas as constelações a minha preferida.
Quando naquela noite saía de vossa casa, Madame, de mãos erguidas, a tomei por símbolo, por marco divino da minha felicidade de então. E ainda, Ó Confradesse, tudo me faz pensar em vós. Estais à minha volta como em toda a parte. Como se fosse uma criança, agarro em mil pequenas coisas que vós, tocastes com as mãos.
Cara imagem. É a vós que a deixo, Madame La Confradesse, e peço-vos que a tomeis. Dei-lhe milhões de beijos, milhões de saudações ao sair e entrar de e em vossa casa.
Um dia pedi a vosso pai, num bilhetinho, que se ocupasse do meu cadáver quando fosse desta para melhor. Vosso pai, entretanto já faleceu, penso, e é a vós, Senhora Minha, que agora solicito tal empenho. Vós, que amastes mil ou mais, tende piedade desta pobre alma que pena em Besançon. Olhai, também vós, o firmamento e apreciai a beleza da Ursa Maior. Imaginai-vos a Menor.
Que vos falta para a superardes? Tendes tudo excepto aquele pequeno nada que vos falta. Um dia, quando regressar ao meu país, dir-vos-ei o quê.
Até lá, estimadíssima Madame La Confradesse, pacientai e tende o maior cuidado para que vosso esposo de nada se aperceba do que entre nós se passa. Este amor eterno, Madame, que me corrói as entranhas lenta e paulatinamente.
Jamais me e vos perdoaria tal indiscrição. Até breve…até sempre… até amanhã!

terça-feira, janeiro 09, 2007

 

A Armadilha do Quotidiano

Enquanto, submetidos que andamos à monstruosidade, quase não conseguimos levantar os olhos e ver à nossa volta para decidir o que havemos de fazer e como havemos de aplicar o que de melhor existe nas nossas forças e na nossa actividade, e enquanto nos fizer falta o mais elevado dos entusiasmos, que só pode existir se não for de natureza empírica, há-de continuar a haver, não digo dragões, mas pelo menos vermes miseráveis a roer o nosso quotidiano.

Johann Wolfgang von Goethe, in 'Máximas e Reflexões'

segunda-feira, janeiro 08, 2007

 

Fim de semana

ggprEspraiou-se o morcão do Barbosa em imenso rol,afanando-se,afadigou-se em tempo de fim de semana que eu flauteado,consagrei a jornada por territórios que do Minho são altos por designação e natureza.
De Lexus não fui,que esse levou-o o amigo Astonished até ao sul da vizinha Espanha,onde espero,tenha por muito bem empregue o seu tempo em estadia de repouso e lazer,mas a pé por lá cirandei em íntimo contacto com a mãe natura, desfrutando em pleno do encantamento das veredas das Serras do Soajo e Peneda,terras de que se diz que é "onde Portugal começa...".
Belas as paisagens,óptimas as pessoas,boas e prazenteiras as conversas, muito,mas muito boas tambem as incursões pelo santuário gastronómico daquelas paragens.Do Panorama em Melgaço a Paderne no Sossego da Adega é coisa de estalo o que por lá se degusta,pois que sendo sublime nos paladares e iguarias,não o é menos com o celebrado Alvarinho,precioso, nectar de Deuses!
Prometida ficou em pleno Solar do seivoso,fragante e frutado nectar próxima visita aquando da efeméride que o consagra anualmente. Até lá!
Tremoços? Nem os vi. Mas gosto muito!

 

Neurose Obsessiva Compulsiva

De entre as diversas manifestações neuróticas, sem dúvida a chamada Neurose Obsessiva Compulsiva – a qual alguns denominam de Psicose Obsessiva – é talvez a mais interessante e rica em conteúdos simbólicos.
Quando se fala de conteúdos simbólicos, o termo é talvez fraco para expressar o que realmente ocorre, já que não se fala de uma mostragem simbólica comum, o indivíduo afectado por tal desequilíbrio age de modo a que tudo parece realidade.
O enfoque psiquiátrico moderno diverge da abordagem psicanalítica, quer na etiologia de tal doença quer no modo de a tratar.
Na experiência profissional, bom como na pesquisa de literatura psicanalítica, observam-se particularidades normativas que sempre estão presentes no comportamento neurótico compulsivo obsessivo.
O indivíduo tem consciência do absurdo de muitos dos seus pensamentos e comportamentos, por isso se estabelece no ego da pessoa afectada um verdadeiro tormento pelas repetições de ideias.
Face a isso, pode definir-se as obsessões de ideias como intensificações de pensamentos distóniccos, recursivos e intrusivos, levando o indivíduo a ser imaginado pelos seus pensamentos, gerando uma ansiedade atormentadora.
Para avaliar a ansiedade causada pelas obsessões, este neurótico recorre a acções ritualizadas, as que por sua vez s são chamadas compulsões.

 

O Jogo de Madame

Alguns, na esperança de uma prenda gostosa, fazem boquinhas e espreguiçam-se, podendo até negar as suas origens.
Madame regressou com vontade de jogar, de brincar, de dar liberdade aos seus mais primitivos sentimentos. Avisou:
“Jogamos a contar!” – disse ela. “Prestem atenção! Vou andar à volta da direita para a esquerda, e vocês vão também contando à volta, cada um o número que lhe cabe, e isto deve ser feito num ritmo muito rápido; e quem parar, ou se enganar, recebe uma bofetada, e assim até fazer mil”.
Torna-se muito engraçado. Ela ia andando à roda com o braço mais depressa; aí um enganou-se, paf! Uma chapada e outra vez paf!, e cada vez mais depressa.
Eu próprio, mero espectador, vi como ficavam marcados os seus dedos nas faces dos jogadores.
Devo esclarecer que os jogadores eram sempre os mesmos de sempre. Tudo coincidia e se desenrolava à volta daqueles eternos “nomes” do canidelense Qim Andrade, o pretensioso secretário, acumulando as funções da Acção Social e cultura da Junta de Freguesia de Canidelo, o despeitado por não poder bacorar como pretendia neste saudável e democrático espaço que é o PQ.
Convenhamos que para quem desempenha um cargo público, para o qual foi eleito pelo povo, é vergonhoso.
Será, esta atitude, um reflexo do que se passa pelo país que é Portugal? Não creio, já que também não acredito que tenham perdido a noção do respeito pelos cargos públicos nem por si mesmos.
Voltemos, pois, ao divertimento de Madame La Confradesse, que se gabava:
“Com as bofetadas esqueceram o mau tempo e tudo. Eu era – continuou ela – uma das mais assustadas, mas ao fazer-me valente para incutir coragem aos outros, tornei-me corajosa.”
Como a Madame gostava de levar, designadamente nas trommbas.
Parecia trovejar ao longe e Madame La Confradesse, apoiada nos cotovelos, olhava a paisagem, olhou para o céu, para mim, e vi os seus olhos muito esbogalhados e disse:
“Estou farta desta vida de volúpia e de tantos homens na minha vida e cama. Tenho de dizer ao Qim que ponho fim a tudo e que se arranje como entender, porque pifei completamente”.
Cá entre nós, não acredito em nada do que disse e do que diz, já que tem o vício entranhado até à medula. É uma corredora de homens. Parece que os engole só com o olhar.

domingo, janeiro 07, 2007

 

Receptores

Células especiais, ou tecidos, sensíveis a estímulos. As chamadas terminações nervosas livres, sensíveis a vários tipos de estímulos, contudo, não possuem essas células na sua estrutura.
A maioria das células receptoras está localizada em áreas e órgãos do corpo que são constantemente submetidas a estímulos externos, tais como a pele, os olhos, os ouvidos e o nariz. Existe também uma série de receptores internos, que “captam” estímulos do próprio organismo.
Os receptores que se localizam nos músculos, por exemplo, indicam a tensão das fibras musculares e transmitem esses dados à espinal-medula.
Há também receptores especializados em indicar alterações na pressão sanguínea e na composição química do sangue.
Os diversos tipos de receptores são classificados de acordo com os estímulos específicos que recebem.
Os quimioreceptores, por exemplo, assimilam “informações” químicas, como o estímulo do olfacto e do paladar.
Os termorreceptores são sensíveis a alterações da temperatura.
Os receptores mecânicos são-no ao toque e à pressão; exemplo destes últimos são os corpúsculos de Golgi, que indicam a tensão dos tendões, e os receptores localizados nos pulmões, sensíveis á distensão.

 

Perguntar não ofende...

“Quem é o Qim Andrade? – perguntei a Madame La Confradesse – se não é indiscrição perguntar”.
Ela ia responder-me quando tivemos de nos separar, devido à turba que passava, e pareceu-me notar-lhe um ar pensativo.
“Para quê mentir-lhe? – disse ela – estendendo-me a mão como que para um passeio.
“O Joaquim Andrade é um pobre homem com quem eu estou muito comprometida”.
Para mim, isto não era novidade, mas fez-me o efeito de uma notícia inesperada, porque eu ainda não tinha estabelecido a relação entre ela e uma senhora a sério e séria.
Enfim, fiquei perturbado, esqueci-me e sinto-me cada vez mais só em terra tão distante da minha.
De vez em quando dedico a Madame La Confradesse um concerto de harpa-e-dança que parece encantá-la, embora e sempre por desgraça eu tome essas descargas musicais íntimas por descargas de trovoada que abunda em Besançon.
É natural, quando uma infelicidade, ou algo de terrível nos surpreende no meio do prazer, que fiquemos mais fortemente impressionados do que o normal, em parte por causa do contraste, que de modo tão vivo se faz sentir, e em parte ou mais ainda porque os nossos sentidos, já abertos à sensibilidade, mais depressa que recebem uma impressão.
A estas razões devo subscrever as figuras estranhas que vi várias senhoras começarem a fazer.
Madame La Confradesse jamais quis ir para sua casa, dizendo sofrer de solidão. Um belo dia confessou:
“Eu era, antes da primeira vez, a mais assustada das donzelas de Canidelo. No entanto, naquele dia fiz-me valente e fui então possuída. Depois…Oh meu caro! Depois foi sempre a aviar, tornei-me corajosa e verdadeira apreciadora das boas coisas da vida, saltando de cama em cama, de companheiro em companheiro. Tive mil amantes!”
É de louvar tão franca e corajosa confissão. Não achais meus amigos?

sábado, janeiro 06, 2007

 

A "Doença" chamada Racismo

Alheias a quaisquer bases científicas, muitas teorias raciais foram criadas para glorificar uma pretensa superioridade física e mental de determinados povos, interpretando erradamente as diferenças biológicas das raças humanas.
O francês Gobineau, no seu “Essai sur l’inégaltée dês races humaines (1835/55) foi o fundador do gobinismo ou racismo, doutrina cuja finalidade era defender a aristocracia frente a movimentos democráticos.
Segundo essa doutrina, todas as manifestações de uma raça superior, a ariana ou a nórdica, destinada a ser guia do género humano.
O racismo foi largamente utilizado pelo nazismo alemão, que o transformou numa justificativa da sua política ditatorial. Actualmente, o racismo é utilizado para encobrir outros tipos de injustiça, pois atribui a diferenças raciais as desigualdades sociais.
Sem qualquer base científica, as teorias tentam provar que as raças humanas diferem em espírito, inteligência e disposição, qualidades essas que se transmitiriam hereditariamente.
Pesquisas sérias demonstraram, contudo, que as diferenças intelectuais, além de não se transmitirem hereditariamente, variam mais dentro de uma raça do que em raças diferentes.
Além do que, está constatada a inexistência de uma raça pura. Investigações científicas demonstraram que não existe uma combinação de características hereditárias que, inequivocamente diferenciem todos os membros de uma raça de todos os membros de outra.

 

Dançando com Madame

Enquanto íamos evoluindo pelo salão de dança, a conversa incidia sobre o prazer de dançar. A dada altura, Madame La Confradesse sussurra-me ao ouvido:
“Mesmo que esta paixão seja um defeito, confesso-lhe francamente que para mim a dança é o que há de melhor. E quando alguma coisa me preocupa, basta tamborilar no meu piano desafinado uma contradança para que volte a sentir-me bem!”
Como eu me deleitava nos seus olhos negros, enquanto dançávamos! Como os seus lábios vivos e as faces coradas e frescas arrebatavam toda a minha alma! Eu, completamente mergulhado no encantador sentido do seu discurso, muitas vezes nem sequer ouvia as palavras com que ela se exprimia! E como me apetecia pousar a mão no seu seio avantajado… e erguido…atrevido!
Podeis fazer uma ideia, meus amigos.
Resumo o encontro entre a Madame e entre o vosso leal amigo:
Fomos de carro até ao local da festa. Ela ordenara ao chaufeur que nos levasse ali. Ao sentar-me a seu lado, no banco traseiro, fiquei perdido nos sonhos do mundo crepuscular que nos envolvia, a ponto de mal ouvir a música que vinha do rádio do carro.
Chegados ao local, envolvemo-nos em minuetes, depois de educadamente a convidar. Felizmente consentiu conceder-me a distinta honra de minuetar comigo, depois de valsar e por aí adiante.
Sabeis uma coisa? Ela entrega-se à dança tão completamente, o seu corpo é de uma tal harmonia, e fica tão despreocupada, tão natural, como se na realidade a dança fosse tudo para ela, e ela não pensasse em mais nada, não sentisse nada mais. E tenho a certeza de que na altura a seus olhos tudo o mais desaparecesse.
Convidei-a para uma segunda contradança e ela prometeu-me a terceira, e com a franqueza mais amável do mundo, assegurou-me que gostava imenso de dançar comigo.
De repente acordei do tremendo e terrível pesadelo. Acendi a luz, olhei à minha volta e certifiquei-me estar no meu quarto. Imaginais, não?

sexta-feira, janeiro 05, 2007

 

O Pus

Líquido denso, de cor amarelo-acinzentada, formado por detritos de processos inflamatórios, tais como microrganismos vivos ou mortos, leucócitos e partículas de tecido destruído.
A inflamação purulenta é provocada por bactérias, que produzem toxinas capazes de danificar os tecidos atingidos. No local de penetração, as bactérias são atacadas pelos mecanismos imunológicos do organismo: os leucócitos provenientes da circulação sanguínea destroem os microrganismos patogénicos e partículas de tecido da área inflamada.
As enzimas libertadas durante esse processo decompõem várias substâncias celulares e provocam exsudação no tecido vizinho, formando assim uma cavidade cheia de pus.
Quando o foco infeccioso fica encapsulado pode-se impedir que o processo de inflamação purulenta atinja estágios avançados.
Os antibióticos actuam sobre os microrganismos invasores, destruindo-os antes que causem danos ao organismo.

 

O Pedigree de Madame

Madame La Confradesse, descendente da nobre família canidelense dos Andrades, é uma velhota que possui, há mais de quarenta anos, uma pensão familiar instalada na Rua Nova de São Joaquim António, entre o campo de Futebol e o arrabalde de S. Marcelo, no Lugar de S. António.
A pensão, conhecida pelo nome de Casa da Confradessa, admite igualmente homens e mulheres, novos e velhos, sem que jamais a maledicência tivesse tido motivos para criticar os hábitos de tão respeitável estabelecimento. Se bem que…
Mas também jamais – pelo menos nos últimos trinta anos – se lá viu gente nova e para que um rapaz nela se instale é necessário que a família lhe dê uma mesada bastante magra.
A Madame La Confradesse de Andrade, é também ela magra, quase esquelética e por tudo e por nada faz um drama, devido à maneira abusiva e intolerável com que alguns lhe prodigalizam nestes tempos de literatura pungente a atenção.
Não porque a história de Madame seja dramática no verdadeiro sentido do termo, mas sim porque, uma vez que a sua obra não está ainda concluída, talvez se dedique a derramar algumas lágrimas, intra e extramuros.
Compreendê-la-ão fora de Canidelo? É lícito duvidar.
As particularidades do lugar onde decorre a acção, repleto de características e de cores locais, só podem ser apreciadas do alto da Torre da Junta de Freguesia e das alturas do campanário local.
Naquela terra ilustre, de casas constantemente prestes a desmoronar-se e de valetas de lama negra. Terra cheia de sofrimentos autênticos e de alegrias sempre falsas que não sei que acontecimento exorbitante, para nele se produzir alguma sensação mais perdurável.
Apesar disso, encontram-se por lá, aqui e ali, dores que a aglomeração dos vícios e das poucas virtudes torna grandes e solenes perante os quais os egoísmos e os interesses se detêm compadecidos.
Pobre Madame La Confradesse…

This page is powered by Blogger. Isn't yours?