sexta-feira, janeiro 26, 2007

 

Ai o cara-de-alho!

A vida é como é!

O percurso que cada um decide calcorrear ao longo da mesma, é decisão pessoal, logo merecedora da respeitabilidade alheia, mas não, obrigatória e necessariamente, de igual dose de concordância.

Quero com isto dizer que deve ser merecedor do nosso respeito quem opta pelos prazeres da mesa em boa e sadia convivência. Quantas vezes isso não passa de um mero pretexto para se encontrar os amigos (isto é só para quem os tem!) ou, generalizando, passar algum tempo de qualidade com aqueles que prezamos. Não me causa dano quem se empanturre em vitualhas, acompanhadas como será bom de ver, pelo respectivo e aprazível tintol.
De igual modo, entendo também ser uma postura a respeitar o dedicado e sistemático empanzinar, de borras e escórias feito, a que alguém obstinadamente se devota, sem descurar, uma que seja, a inspecção a todas as pocilgas das “berças”.
Poder-se-á dizer de tal prática que sendo anti-higiénica é também denunciadora de uma muito baixa índole, mas convenhamos que não é nosso dever ajuizar sobre os gostos e propensões alheias, compete-nos apenas respeitar tal propósito, mantendo-nos no entanto a uma distância segura e conveniente, de modo a escaparmos incólumes aos borrifos e respingos tão típicos de quem faz do fossar o seu sustento.


Uma nota ainda sobre as vantagens da vida campestre, marranços e armações.

Gostaria de aqui deixar bem claro que para além do respeito que devoto a uma particular afirmação, vejo-me também obrigado a devotar-lhe a minha concordância, dado não possuir informação suficiente para me pronunciar sobre tal matéria.
Estou a falar, como se deve calcular, sobre a garantia dada pelo nosso Confradessa da existência de boa erva nos campos, (sobre a água fresquinha não tenho qualquer dúvida!), sinal maior de que estamos perante um conhecedor das herbáceas.
Quero aqui deixar eco da minha total incompetência para discernir sobre este assunto, pois sendo um ser monogástrico, (ao contrário do nosso Confradessa, não fui devidamente apetrechado pela mãe natureza), não possuo as tais três ou quatro câmaras gástricas que me habilitariam ao pachorrento exercício da indispensável ruminação.
Em suma pouco mais posso fazer que desejar ao nosso querido e estimado Confradessa, que sempre lhe seja assegurado um rápido e pronto acesso às melhores pastagens, às mais suculentas ervas.

Pelo atrás descrito, percebe-se agora aquilo a que eu chamaria de uma “natural inclinação” (cá está o marranço) para o desenvolver lógico e coerente de uma certa “narrativa bovina” (e ei-las, as armações).
Por tudo o que já foi dito, só se me afigura uma questão e bastante pertinente por sinal; Quem nos poderia dar melhor testemunho das vantagens da vida nos prados, senão quem possui a experiência e o saber de tal forma de subsistência?


Parafraseando o nosso benquisto Confradessa, (para não ser acusado de não revelar as fontes), permitindo-me contudo a uma pequena variação, sou a afirmar que não é o caraças, não senhor, nem por sombras! Aqui trata-se mesmo do …cara-de-alho!










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