sábado, setembro 30, 2006

 

Aventura perigosa IV

No dia seguinte acordou cedo e mal-disposto, o que não era suficiente para criar uma imagem muito precisa de si mesmo.
Tocou o telefone e foi atendê-lo. Era um seu lacaio a perguntar qual seria o emblema a pregar hoje na camisola. Ele vestira uma camisa de colarinho aberto com um lenço de pescoço amarelo e preto.
Alguém lhe dissera um dia, segredando-lhe ao ouvido: "Não estou certo que seja o seu nome verdadeiro. Quando o conheci trabalhava para «ela». Contaram-me que também tinha operado por conta dos americanos e até dos israelitas e até por conta dos russos. Que também se ocupou de certos assuntos africanos e que a dada altura instalara, parece, uma fieira por onde fazia afastar-se os que sentiam vontade e possuiam meios".
Uma pessoa que estivera ao serviço de tantos "serviços"; alguém poderá confiar nesse género de indivíduos?
Sempre houve quem confiasse, e de qualquer modo, a escolha cabe a cada um.
Qual a sua origem? Ninguém sabia nada a seu respeito. Um tipo que o conhecera bem teria dito ter ouvido contar que sempre se houvera bem naquele tempo.
Muitos se interrogavam sobre aquilo com que poderia parecer-se um homem daquele género. O seu comportamento era já sobejamente conhecido.
Alguns sentiam medo, até os falsos pedintes à porta do Congregados, pois tudo podia depender daquele desconhecido com um passado mais que turvo e nome incerto.
Ele sabia de tudo isto e sentia medo. Fechou os olhos, apertou os dentes e decidiu: "é o nervoso, vai passar".
Iria ao Porto e regressaria a tempo de almoçar no seu restaurante preferido, O Alfaiate, também conhecido como o rei do bacalhau assado na brasa.
(continua...)

sexta-feira, setembro 29, 2006

 

NUNCA ESPEREI OUTRA COISA - Tomo 6º

“No entanto, as perguntas que coloco, essas ficam sistematicamente sem resposta, dado que, manifestamente, o fulano não tem argumentos e muito menos estaleca, para se defender de tanto dislate que escreve.”
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

Pois é, o “fulano” não tem isto nem aquilo para responder ás perguntas que “sistematicamente” o Bronco coloca.
Mas será mesmo assim?

Será que nem aqui o MENTIROSO REIS consegue disfarçar a sua veia de puro agente da falsidade?

Vamos por partes.

Parte 1

Quem se julga Sua Excelência o Vigarista Mentiroso Reis, para se achar no direito de EXIGIR respostas ás suas perguntas?

Nunca critiquei nem opinei sobre a profusão de perguntas que este miserável e desacreditado personagem aqui debita, apenas e só por entender que estando o safardana no seu blog é livre de as colocar.
Se as leio é porque quero, mas se lhe respondo, ou não, é também por minha única e exclusiva vontade.
Pode o Bronco da mentira fazer as perguntas que quiser, pois entre outras coisas a liberdade conquistada com o 25 de Abril de 1974, serve para isso também.
Mas a mesma liberdade que o assiste, assiste-me a mim também.

É este o modelo de democracia que os broncos de direita cultivam, tudo deve girar em volta das suas emanações, afinal de contas eles são os sábios, os eloquentes em suma, os “inteligentes”.

Parte 2

Se o Mentiroso Bronco soubesse o que certos valores significam, não debitaria esse lastimável choro de virgem arrependida, só por eu não lhe responder.
Aceitaria então que eu tenho o direito de lhe dar o troco que entendo necessário a tão infame personagem, do mesmo modo que ele exercitou o seu, fazendo tais perguntas.
O Mentiroso Reis é tão dependente do chamado efeito de estupor, que não vê sequer que certos silêncios são eles mesmos respostas.

Concluindo:

Por mim pode o MENTIROSO fazer as perguntas que queira e entenda, é livre de assim agir.

Do mesmo modo deve o GRANDE DEFENSOR DA VERDADE agir para comigo, respeitando o meu DIREITO de lhe dar respostas ou não, consoante isso me aprouver.

Afinal de contas não é isto que o Mentiroso Bronco tanto reclama?


Mas e ainda dentro da temática das perguntas e respostas, mais uma vez o Bronco foge á verdade como o Diabo da cruz.

Acusa-me a torto e a direito de não responder às suas questões, mas no entanto não se coíbe de, hipocritamente, “constatar” que afinal respondo!

Repare-se no desplante do vigarista:

“Constato que decidiu responder às questões que lhe coloquei e às dúvidas que exprimi, no seu próprio blog.
Compreendo e aceito, sem reticências a sua decisão, até porque se temos um blog é para, logicamente, escrever nele e não nos dos demais bloggers.
Por aí está tudo bem e agradeço a atenção. ...”
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

Então MENTIROSO REIS, em que ficámos, respondo ou não?
Se não respondo porquê todos estes salamaleques e agradecimentos?
Quem mente afinal, eu ou mentiroso tertuliador da treta?

Mas o cumulo da hipocrisia, a demonstração maior da desfaçatez deste que se reclama de homem, não se fica por aqui.

O energúmeno em mais uma das suas fingidas declarações, não se eximiu de me agraciar com os seus “encantadores” juízos sobre a qualidade da minha escrita, precisamente por eu ter tido a honestidade de declarar não ter igual capacidade nessa matéria.

Então o MENTIROSO REIS respondeu-me desta forma;

“Não aceito nem concordo com a sua declaração de modéstia em relação ao seu blog, até porque ele só começou há um dia.
Ele será um excelente blog, sobretudo porque se entende que o senhor é uma pessoa que defende, intransigentemente, o diálogo e o respeito mútuo.
Com titulares assim, não há maus blogs.”
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

Dá para acreditar que esta “coisa” que agora profere as enormidades que todos presenciámos, me escreveu isto?

Mas a que raio de espécie pertence este exemplar?

Chamar-lhe MENTIROSO é mesmo pouco para o que o BURLÃO merece.



Não é sério, mas já nem lhe fica mal, nada mais se poderia esperar!



 

NUNCA ESPEREI OUTRA COISA - Tomo 5º

A partir daqui a “coisa” fia mais fino.

Diz Sua Refinadíssima e Falsíssima Eminência, o Tertuleiro;

“”O meu contador de visitas rebenta pelas costuras e não é seguramente o Papa o meu mais fiel leitor.””
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

Bem, aqui temos um problema. Diria mesmo, um enorme problema.

Que o Bronco (e fique sabendo que não lhe chamo animal, pelo respeito que os “ditos” irracionais me merecem), mente, já é sabido por todos, agora que o faça com tal desfaçatez com tal presunção da impunidade do seu logro, isso é que é demais.

O IMPOSTOR Reis como diz se chamar, afirma que o “seu contador rebenta pelas costuras”, mas a tão pérfido desavergonhado eu apenas pergunto, como pode um frascário da pior espécie produzir tal afirmação depois de escrever o que escreveu no seu próprio blog?

“”Agradecimento
O titular do blog agradece penhoradamente todas as visitas que lhe têm sido feitas.
Claro que não tem contador, viciado, como em muitos outros blogs que conhece, mas saber da visita de tão ilustres personagens, faz inchar o ego de qualquer mortal.
Mais uma vez, muito obrigado pela visita.
sinto-me: Recompensado””
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

Aqui está a RECOMPENSA!

Claro que não tem contador!

Claro que o Papa não é o seu mais fiel leitor! (embora ache que se entenderiam muito bem!)

Tenha cuidado tertuleiro da treta, de tão “inchado” está aqui está a “rebentar” e depois vai ser preciso um batalhão da Sólimpa (passe a publicidade) para limpar toda a porcaria.

O aleive está descoberto.

O MENTIROSO está com a careca à mostra.

A FRAUDE nunca poderia ser a RECOMPENSA de um HOMEM sério, íntegro e honesto, mas pelos vistos é este o “pão” que alimenta este bisbórria que se intitula a si próprio de homem!

Sinto-me: ...de bem comigo!


Não é sério, fica-lhe mal, mas eu esperava exactamente isto!

 

NUNCA ESPEREI OUTRA COISA - Tomo 4º

“”Em primeiro lugar o meu assédio é exactamente igual ao dele (Red River), para não dizer que o dele é pior.””
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

Aí, aí, aí…
Então, agora é uma no cravo outra na ferradura?

Primeiro o assédio do Bronco é “exactamente” igual ao meu, para logo de seguida, o meu já ser pior.

Em que ficámos?
Afinal são iguais ou o meu é pior?

Decida-se c’os diabos.

Pelos vistos o mal já se propagou, já não se limita a afectar as vistinhas.

Excelência tertuleira, já ouviu falar de um tal de Alzheimer?

Mas e ainda sobre o tão propalado “assédio” que serviu de mote ao Bronco para garatujar 46.532 parágrafos, registo, com especial enlevo e apreço, que a falta de carácter do Bronco não conhece limites.

Atente-se na produção do Bronco nestes últimos dias, comparemo-la com a minha, qual é o resultado? Eu não tenho mais nada que fazer e passo tempos infindáveis a ler e a reler, e a voltar a ler e voltar e reler e por aí fora, as broncas do Bronco. Ele, coitado, é reunião importante seguida de reunião importante. Não tem descanso o pobre homenzinho! Se calhar é por isso que as ideias dele estão no estado deplorável que se verifica.

Ele ainda anda a falar do primeiro post que publicou no blog dele!

Bem como do meu!

Caramba, é obra!

Ao menos é coerente, continua agarrado ao passado.

Inequivocamente esta Excelência das tertúlias das terças tem pouca disponibilidade para “alimentar” o seu blog e a prova do que afirmo é este pequenino naco da sua prolifera prosa;

“”Se o senhor cá continua, eu cá permanecerei.Não com a mesma disponibilidade de tempo que outrora - porque novos compromissos me chamam…””
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

Das duas uma, ou ele é surdo que nem uma porta e por isso não atende o chamamento dos compromissos, ou então, e nisso nem quero pensar, ele está mesmo com pouca disponibilidade, porque se a tivesse na dose desejada, no mínimo passava o dia inteiro agarrado ao “branco” da Vóbis.

Claro que com um senhor tão “sério”, tão bem posto na vida, (tem um link da Lexus e tudo!), nem me passa pela cabeça que não tenha compromissos porra nenhuma! (Perdoe-se-me o vernáculo...).

Não é sério mas fica-lhe bem, e eu, esperava exactamente isto!


 

NUNCA ESPEREI OUTRA COISA - Tomo 3º

“”Fiquei também a saber que a frase “Não fui consultado sobre a conveniência e oportunidade de tal atitude por parte de quem unilateralmente a entendeu realizar” , pode ter várias leituras se for descontextualizada !!!””
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

Assim falou o Bronco Tertuliano!

“”O Bronco, infelizmente, nem descontextualizando o que escrevo consegue atingir os seus sórdidos fins. A ironia com que revesti uma boa parte dos meus textos, é por demais evidente, mesmo quando exposta num pequeno excerto desamparada do restante artigo.””
In “ptquot.blogspot.com” postado por Red River

Assim falei eu!

Nem recorrendo aos arquivos da sua “Torre do Canidelo” o Bronco consegue iludir a evidente falta de um mínimo de integridade no seu carácter.
Conseguirá alguém, mesmo que muito imaginativo, fazer qualquer tipo de conciliação entre o que afirmei e aquilo que o Bronco me assaca?

Bronco, Excelência, havia necessidade de nos dar tão comovente manifestação de senilidade?

Não gosto de ver ninguém, mesmo quando se trata de um Tertuleiro Bronco até mais não, a fossar na sua própria imundície. Por mim, tal tipo de manifestações era perfeitamente dispensável.

Entristece-me, pronto!

Para quem se encontra em plena linha descendente da sua existência, é demasiadamente penoso ver este inditoso exemplo.


Mas ainda sobre a ironia que aqui e ali insiro nos meus textos, afinal de contas o próprio já havia dado conta!

A prova do que afirmo é este pedacinho de prosa da autoria do Bronco que acaba por se transformar num autêntico regalo para a vista.

Eis a peça a que me refiro, escrita pelo Intelectual das terças “lui méme”, provavelmente num belíssimo teclado “branco” da Vóbis.

“”Relativamente à ironia e ao sarcasmo sobre que teoriza a seguir, acho que a leitura que fiz deve ter a ver com o facto de estarmos agora a iniciar contactos e não conhecermos ainda muito bem o estilo de cada um.
Mas isso com o tempo vai lá.””
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

...pelos vistos não foi! Nem com tempo, nem sem ele!

Melhor dizendo, ir, até foi, só que quando não lhe dá jeito, já não foi!

Que se pode dizer, é uma Excelência nacional, que se considera a si mesma, do melhor que há.

Cá por mim tudo bem, não o vou contradizer, não quero que se enfureça e depois a minha pobre cabeça é que sofre as consequências...

Fica-lhe mal, não é sério, mas eu não esperava outra coisa!

 

NUNCA ESPEREI OUTRA COISA - Tomo 2º

O “royal” envesgado à falta de melhor passou a utilizar uma nova táctica para as suas investidas.

Fala, fala e fala sobre palavras que ninguém proferiu.

A vista começa a rarear, não admira a idade não perdoa. O discernimento pelos vistos acompanha a falta de visão, também aqui não me surpreendo, à força de tantas e tantas experiências vividas o tino exibe manifestos sinais de “fadiga do material”.

O que faz então o Tertuleiro das terças? Pouco se comparado com o seu reclamado apresto intelectual, da palavra lida, por não lhe interessarem os sinónimos, leva-o a pegar noutra, supostamente mais conveniente para o infeliz, depois é só repetir até à exaustão os sinónimos da sua própria escolha.

Mas vejamos do que estou a falar. Assim reza o Bronco;

“” “Jovem” pode significar para além do que ele escreveu, mais o seguinte:… “”
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

Agora veja-se o que eu escrevi de facto;

“”O VELHO vs. O NOVO””
In “ptquot.blogspot.com” postado por Red River

O intelectual das terças pegou no meu “NOVO” e adaptou-o a seu belo prazer para “JOVEM”, porquê? Será que os sinónimos de “NOVO” não lhe davam tanto jeito? Acredito que de facto não davam, por isso até me vou dar ao trabalho de os reproduzir novamente;
Novo -
moço; moderno; que tem pouco uso; original; que é visto pela primeira vez; renovado; (no pl. ) a nova geração; os literatos.

O intelectivo do Canidelo prova que já nem um simples título consegue ler. A sua obsessão é tão limitativa que na ânsia de desferir mais um “assalto” nem quer já saber o que os outros de facto escrevem.
Na intuito de atingir os seus nefastos fins, tudo lhe serve.

Não lhe fica bem, nem é sério, mas c’os diabos o que seria de esperar?



 

NUNCA ESPEREI OUTRA COISA - Tomo 1º

Lê-se num determinado “real” blog uma afirmação assaz curiosa mas pouco inteligente. Outra coisa não seria de esperar atendendo à incapacidade argumentativa do autor. Mas vejamos do que se trata;

“”Onde é que está no meu texto a afirmação, mesmo que implícita, de que por ser mais velho o meu discurso tem “mais substracto"?””
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

São inúmeros os posts do tresloucado autor que nos remetem para a sua idade e por via disso, para a sua, como ele lhe chama, “experiência de vida”, por isso deixarei aqui um pequeno mas significativo exemplo do que pretendo dizer.
Diz assim o apoucado;

“”Sou suficientemente velho para ter experiência de vida e um percurso que responde por mim,…””
In “responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt” postado por Reis

A afirmação etária como suporte de um desmesurado “conhecimento” e “percurso de vida” é por demais evidente. Se pouco ou muito implícita é o que menos interessa, mas lá que o desatinado afirma ser possuidor de velhice suficiente para certas e determinadas coisas lá isso afirma.
Sendo assim Sua Excelência O Bronco acaba por ditar o seu” decreto”. Ele, lá do alto da sua “experiência” sabe tudo, percebe de tudo.
Mais tarde, numa manifestação da sua hipocrisia, pretende ser uma verdadeira montra de humildade.
Fica-lhe bem, mas não é sério, também o que seria de esperar?

P.S.- Grato pela correcção ortográfica. Reclamo apenas que nunca perdi tempo com comentários quanto aos erros por si cometidos, (concordará certamente que os tem cometido), por entender não dever perder um segundo sequer com coisas inócuas e frívolas.
Uma vez mais a minha atitude classifica-me a mim, a sua, …a si!

quinta-feira, setembro 28, 2006

 

O El Rey

Há bastantes anos, conta-se para as bandas de Gaia, no canidelo havia uma rua muito larga, não muito bem iluminada e bordada na sua maior parte de gradeamentos ou barreiras de madeira pintadas de cores vivas, atrás das quais se erguiam as casas plantadas no meio de pequenos jardins.
O El Ry avistava-se de longe porque só ele estava rodeado dum muro muito alto no qual se abria uma porta de madeira maciça reforçada com ferragens, por cima da qual pendia uma lanterna.
Dizem também que o "El Rey era um clube privado" e que tinha um empregado de nome Miguel,, tipo alto e de músculos fortes, mas com poucos miolos. Era, segundo dizem, o que se chama pau para toda a colher e que sabia guardar bem os segredos. Obediente à voz do mestre.
Ora, numa noite de Outono, o "nosso" homem foi lá tocar à campainha, ficando á espera, der mãos metidas nos bolsos do impermeável e olhar fixo na placa de cobre pregada na porta.
(Ninguém se consegue lembra com exactidão o que dizia a placa, mas alguns pensam lembrar-se tratar-se dum local de reuniões secretas. Aliás bem esquisitas eram as pessoas que lá iam.) Aberta a porta, subiu o pequeno caminho apertado entre duas sebes até à casa.
Não faltava gente, Dois terços eram homens e um terço mulheres. Alguns bebiam ao balcão, estando os outros instalados em compartimentos alinhados ao longo das paredes. Tudo banhado por uma luz discreta e envolvida em música que então se podia tocar.
Ao ultrapassar o umbral tirou o impermeável. O gerente do local estava a falar com um casal no bar.
O El Rey tinha empregada de vestiário. Tendo em conta as actividades muito particulares praticadas no "Clube", o pessoal achava-se reduzido, pelas necessidades da prudência, ao casal e seu filho e dois sobrinhos. Tudo se passava em família.

Muitos tipos estranhos, alguns estrangeiros, estilo homens de negócios florescentes, facilmente identificáveis pelo corte dos fatos escuros e suas gravatas pretas. Se lhes vissem a cintura, podiam constatar tratar-se dum cinto cuja fivela tinha a forma dum "S".
Dentro do El Rey havia um local chamado "A Caverna", situada numa cave que mais parecia um bunker, sendo necessário descer dois bons lances de escadas para lá chegar, não sendo possível ouvir qualquer som, viesse de onde viesse. O que equivalia a dizer que ninguém poderia ouvir o que lá se passasse e dissesse, por muito alto que se gritasse.
(continua...)

quarta-feira, setembro 27, 2006

 

COMO É BOM SER-SE "TERTULEIRO"

Ai como é bom fazer-se parte de uma tertúlia.

Aí como é bom saber que todas as primeiras 3ªs-feiras de cada mês, posso mandar a Joaquina mais os ranhosos dos miúdos às malvas.

Aí como é bom poder, pelo menos uma vez por mês, poder oferecer-se a si próprio um manjar mais digno e menos insipiente que os preparos da Joaquina.

Aí como é bom no fim da tertúlia, noite já feita, fazer umas visitas de avaliação a certas e determinadas “frutarias”, para se indagar do estado da “fruta”.

Em suma nada melhor que uma tertúlia para nos afagar a alma e aquecer o coração.

A Joaquina já não tem o viço de há uns anos atrás, os miúdos são chatos até mais não, c’os diabos é só uma noitezita.
E depois até fica bem para um senhor de uma certa posição fazer parte de uma tertúlia, ou pelo menos dizer que se faz parte, dá elevação, status, uma certa grandeza e um refinado ar de intelectualidade pura.

Ninguém vai dar pelo bluff e ninguém o pode criticar por ter tentado elaborar um magistral plano para colocar os confrades a correr todas as unidades hoteleiras da cidade às primeiras 3ªs-feiras de cada mês. Só de pensar nisso já o assalta um formigueiro nas partes pudendas.

Mas para o tertuleiro das primeiras 3ªs-feiras de cada mês nada se compara ao golpe de génio que gizou. Aquela de meter lá no meio dos comensais a figura do excelente jornalista, que o é sem dúvida, Carlos Magno, foi de se lhe tirar o chapéu. Só não entendo como o Reis, confessadamente de direita, ficou a admirar o “pontapé de saída” do Carlos Magno, deve ter-lhe doido um bom bocado esse “pontapé”.
De qualquer forma terei o prazer de confirmar com o próprio Carlos Magno, (sim senhor, o mesmo, o jornalista! Não percebo a admiração, será que por acaso não posso conhecer jornalistas e contar com eles no meu rol de amizades? Desde quando isso é exclusivo de tertuleiros?), ora como ia dizendo, terei o prazer de confirmar com o próprio se chegou a “pontapear” e se o fez em boas condições.

Com esta alma é tudo do bom e do melhor, tudo em grande que ele não se perde em minudências, senão veja-se:

Ele é camarote VIP no Dragão.

Ele é jantaradas em Hoteis.

Ele é tertúlias cheias até mais não da mais refinada nata da intelectualidade nortenha.

Ele até conhece pessoalmente, pasme-se, os dirigentes do Coimbrões!

Moral da História
: Este Reis é um senhor, carago!
Pena é que da Lexus só tenha aquele deslocado link, para, tal como ele mesmo afirmou, dar um certo ar de importância.

Outra Moral da História: Mostra-me os teus link’s, dir-te-ei quão importante és!

Ainda outra Moral da História: Depois de ter o link da Lexus, quem quereria um reles e miserável link da Mercedes, mesmo que tal tivesse sido sugerido por um amigo!

Outra e última Moral da História: Com amigos deste calibre, quem, no futuro, se aventurará a adquirir um Mercedes!

 

O VELHO vs. O NOVO

Chamaram-me jovem!
Bem não terá sido exactamente jovem, mas disseram que eu era mais novo o que me levou a intuir que quem o afirmava era mais VELHO, servindo-se de tal para afirmar ter o seu discurso mais SUBSTRACTO.
Fiquei chateado, klaro k fikei xateado, tão kerem lá ver k agora só por se ser mais novo, não se sabe o k se diz?
Mas não me dei por vencido.
Fui ao dicionário e veja-se só o que encontrei por lá como definição de VELHO; muito avançado em idade, avelhentado; antigo, que já não está em uso; fora de moda; antiquado; muito usado, gasto.
A minha preocupação desvaneceu-se por completo. Afinal o problema do reinante “demodé” está finalmente diagnosticado, basta dar uma olhadela ao prazo de validade do dito para se verificar que tudo não passa de um simples e mero FORA DE PRAZO!
O real tipo é avelhentado, mais antigo ainda que a própria Maria Cachucha, caiu em total e completo desuso até porque está demasiadamente gasto.
Já eu e por contraposição, sou moço, moderno, com pouco uso, original, visto pela primeira vez, renovado, enfim faço parte de uma nova geração!
O bronco, infelizmente, nem descontextualizando o que escrevo consegue atingir os seus sórdidos fins. A ironia com que revesti uma boa parte dos meus textos, é por demais evidente, mesmo quando exposta num pequeno excerto desamparada do restante artigo.
Começo a ficar cansado.
Óh Reis já todos sabemos que faz tudo para aparentar ser pessoa séria, já percebemos essa parte, ok? Agora para variar que tal começar a ser SÉRIO também, vistas bem as coisas, com tal débito de prosápia até que nem lhe ficava nada mal!
Porém e para que se não pense que sou um ingrato, declaro a minha enorme satisfação por ter já OBRIGADO o sorrateiro e pouco ardiloso bronco, a ler e reler, voltar a ler e voltar a reler o meu MODESTÍSSIMO blog, que diga-se em abono da verdade para um blog onde só pára gente desabrida e mal-formada tem no Reis o seu mais fiel visitante. Porque será?
Não entendo que raio de formação tem o bronco que só lhe dá para este lado.

Manias...? Tendências…?
Se for mania tudo bem, cada tolo tem a sua. Agora se for tendência, hipótese para a qual, face ao assédio declarado me começo a inclinar, o caso muda de figura. Nada me move contra as opções e inclinações de cada um, conquanto isso não interfira com as minhas e este artista das tertúlias hoteleiras já começa a cansar-me.
Reis, sinceramente, arranje uma vida para viver.

segunda-feira, setembro 25, 2006

 

ELE HÁ CADA UM!

Curioso como o mundo mantém um equilíbrio estável entre o número de boas intenções manifestamente propostas e os hipócritas que as professam.
Anda por aí, na blogosfera, um certo blogista dos sete costados, apostado em fazer crer que é o mais cordato dos ponderados.
Ele afirma que se desculpabiliza quando comete erros, mas ao mesmo tempo reivindica que os não comete!
Ele profere “faladura” sobre tudo e sobre todos! Mas depois de “atirar a pedra” é presto a esconder a mão, virando a cara para o ar enquanto assobia como se nada fosse consigo.
Ele insiste em repetir que criou um blog para nele inserir as suas opiniões sobre o mundo que o rodeia. Pretende até, pasme-se, ver essas mesmas linhas debatidas e comentadas. Em boa verdade ele tem um comentador às suas diatribes do teclado, um comentador bem há altura dos seus escritos, pelo menos se tivermos em conta a qualidade dos comentários apostos pelo único e desgraçado comentador de serviço. Confesso que tenho uma vontade enorme de lhe mudar o nome, em vez de Rio Tintense, deveria chamar-se Papagaio Tintense por duas razões, primeiro porque como todo e qualquer vulgar papagaio, passa a vida repetir a mesma frase, depois, porque ao contrário da paleta de cores que os papagaios nos oferecem na sua plumagem, este pobre exemplar só nos exibe uma triste cor.
Então o Real prosador das liberdades responsáveis, reclama que não deixam escrever o que quer, mas sim o que, dadas as circunstâncias, se vê forçado a teclar. Aqui ocorre-me uma questão, simples como de costume que não lhe quero queimar as meninges; Então Sr. Real Prosador, vossemecê, com toda essa classe, toda essa erudição, toda essa rectidão e sentido de justiça, não consegue passar por cima de tão baixos sentimentos demonstrativos da sua tão baixa condição, a ponto de nem conseguir superar essa mesquinhez que o leva a replicar?
Ora bolas Sr. Real Escrevinhador de artigos de fundo, quase em regime de exclusividade dedicados ao (agora) Presbítero, ao Emigrante e a uma certa cozinheira de massa tenra, eu já o avisei que não lhe basta parecer sério, também tem de o ser, mas vossemecê teima em não apreender esta última parte. Irra que é teimoso mesmo!
Acha que é com estes exemplos que se desculpabiliza? Perante quem? Só se for perante si, pois a mim não me engana você.
Pela minha parte reitero o que sempre disse quando para cá veio com “falinhas mansas” de desejos de cordiais debates e troca de ideias. Para se debater consigo era preciso uma condição indispensável, que você tivesse a democraticidade suficiente para aceitar e respeitar as opiniões diversas da sua. Para troca de ideias era preciso que você as tivesse. Não pense que por debitar um arrazoado bem gizado em termos gramaticais tal lhe confere o direito de lhes chamar de ideias.
O seu discurso é como o seu papagaio de serviço, ...monocromático! Se calhar até foi por causa disso mesmo que o desventurado ficou com uma cor só. (E tinha de ser logo aquela!).
Ao contrário de si porque abomino a hipocrisia, nunca manifestei interesse em consigo debater e/ou dialogar.
Entrei na blogosfera pelas razões expostas no meu primeiro post. Mantenho-as.
Nunca procurei qualquer Reis nesta vida, pelo contrário, o convite para diálogos e debates foi você que o lançou.
Afinal de contas o que pretende você?
Vinha colher?
Encontrou o que queria?
Era disto que estava á espera?
Sei certamente que a todas as questões responderá afirmativamente, por isso vou terminar este post, contando-lhe uma pequena história. (Espero que saiba tirar a ilação pretendida).
Dois homens estão perante duas maçãs. Uma, de um verde viçoso e carnuda, a outra completamente mirrada, cheia de mossas e até com bicho. Sortearam entre si quem seria o primeiro a escolher. Então aquele que obteve o primado na escolha, pegou imediatamente na maçã mais bonita e quando se preparava para a levar à boca, o outro vociferou que se fosse ele o eleito para escolher em primeiro lugar, jamais pegaria na melhor maçã, ao que o primeiro retorquiu o seguinte; - Se fosses tu o primeiro a escolher, decidias pela pior maçã? De imediato o inquirido começou a acenar afirmativamente com a cabeça; - Então? É a que tu tens, de que te queixas?

 

LÁ SE PASSOU MAIS UM FIM-DE-SEMANA

E pronto! Eis-me chegado de um fim-de-semana recheado de “importantes reuniões”, umas gastronómicas, outras nem tanto, mas nenhuma passada em salas de VIP’s ou coisa que o valha, até porque eu sou rapaz que gosta de gente e comida verdadeira!
Cá estou, prontinho a levar na cabeça, de acordo com o vaticínio do “Real Bronco”, mas primeiro terão que se sujeitar ao meu crivo noticioso.
Meus caros leitores tenho o grato prazer de vos informar que este fim-de-semana o NOSSO Canidelo venceu na condição de visitado um derby local. Nada mais nada menos que um dos seus arqui-rivais o… Candal!
Foi de festa o ambiente que se viveu após o apito (bem douradinho) final. A jantarada foi no restaurante do Hotel Casa Branca. O bacalhau recheado estava como de costume, divinal. Em seguida procedeu-se a uma pequena visita à discoteca dessa unidade hoteleira, após, como devem calcular, um conveniente suprimento de fruta da época.
Canidelo está em festa e só se vislumbra arraial maior quando o Monte Carlo se decidir a mudar de marca de café para um rematar perfeito à degustação da sua saborosa francezinha. Espero que algum autóctone dessas bandas que por acaso (só por acaso!) leia estas letras, secunde o pedido que já enderecei à gerência, no sentido de anular o contrato com a Delta e se passe para a Sical ou, em última análise, para a Buondi (passe a publicidade).
Bem, colocada em dia a informação local, sou a ir-me, de volta a um maravilhoso livro que estou a ler e que tenho a certeza em breve será motivo para me “darem” ainda mais na cabeça, o autor é Camilo Castelo Branco e o titulo é: A doida do Candal.
Adivinhem lá porque iniciei esta leitura?

domingo, setembro 24, 2006

 

A grande aventura - III

A princípio a delicadeza dos outros, a sua maneira de falar, surpreendera-o e chocara-o. E depois, a pouco e pouco, adaptara-se a todos criticar, de forma secreta, definitivamente misantropo contraído.
Exigente à tirania dos seus ideais, apregoava-se generoso linguístico, pretendendo realizar o seu mais querido sonho: ter um quarto de banho privativo onde pudesse despejar todas as suas procarias...
Em tempos possuiu um Volkswagen comprado em segunda mão..
Soergueu a cabeça. Subia a Avenida toda iluminada pelo clarão das montras, muito mais que pela iluminação municipal. No passeio, os peões cruzavam-no e desfilavam.
O seu olhar prendeu-se num casal que caminhava agarrado pela cintura. Não passou duma visão fugidia. Mas a imagem permanecia presa nele.
Lembrava-lhe certos tempos quando mais novo. Fora uma história decepcionante. talvez por causa dele... por causa desse sentimento confuso de raiva, pecado e vergonha... ou então por causa dela que nunca soubera... Porque depois, sempre que pensava nisso, era como uma nostalgia em forma de baforada de calor.
Já lá iam uns bons anos. Na altura, achava-se certamente ligado ao ensino dos ingénuos.
Agora tinha quase setenta anos. Há tempos que não saia da sua crosta. Lançou uma olhadela ao relógio. Ia chegar ligeiramente atrasado. Voltou ligeiramente o pulso direito. O relógio era um presente dum "cliente", o primeiro que considerara que ele poderia ter influência sobre um caso geral.
Quando recebera a prenda, entregue directamente pela ourivesaria acompanhada dum cartão de visita, tinha-o colocado no pulso, embora o considerasse uma espécie de tentativa de corrupção. A voz da sua consciência murmurou-lhe em surdina:
"Não te faças de parvo. Aceita". Tinha-se sentado numa cadeira dum café e descansava de novo a cabeça contra a parede. Aprendera muito na vida. tanto sobre a natureza humana como sobre a astúcia, a esperteza e a malícia, como sobre a maldade, que estão na base dos negócios. Do poder. Perdera toda a candura, ganhara vastas ilusões e até alucinações. Dizia para consigo que ganhara juízo friamente prático reforçado por uma competência inquisitorial sem igual. Era bom ter passado de colaborador a profissional. Se o tempo melhorasse, amanhã iria ao Porto.
(continua...)

sábado, setembro 23, 2006

 

A grande aventura - II

Depois de pensar durante algum tempo e porque recomeçava a choviscar, levantou-se e regressou á meditação enquanto palmilhava, Avenida acima, o passeio.
Lembrava-se que nada tinha preparado para singrar na vida e, no entanto, safara-se muito bem. Só que, desde há uns quantos dias, era diferente...
Antes tinha lutado como toda a gente para ganhar a vida, cavar o seu buraco...
Fora simplesmente mais penoso no seu caso devido à educação que recebera. Impossível fazer melhor, pensava para consigo. Não obstante, tudo teria podido passar-se muito bem se não fosse aquela crise quando acabara de completar uma certa idade, depois de tantos anos a fazer espirrar tantos narizes de sangue.
Felizmente para ele, recebeu o auxílio que o livrou, como a tantos outros, de receber o merecido "prémio para as suas façanhas" de outrora.
Um pequeno empréstimo em dinheiro, que lhe permitira alojar-se num minúsculo quarto com todo o conforto no patamar.
Tinha sido um período de economia sórdida em que a menor despesa era um problema. Havia-se agarrado com raiva, sentimento que ganhou para o resto da sua vida.
E depois, um "diploma" e um modesto lugar que lhe permitia vestir-se um pouco melhor, andar com as mãos mais lavadas...
A seguir houvera outros "diplomas". Trocara o seu lugar por outro, que se lhe oferecia mais interessante. E por fim, tornara-se "colaborador de negócios", abandonando todas as funções oficiais antes de se consagrar unicamente a um computador insultante.
Muito se murmurara na altura na cidade de Gaia, sobretudo no Canidelo. Dizia-se até que fora constrangido a essa retirada brusca da vida pública por causa duma imobiliária pouco clara que lhe teria dado várias dezenas de milhares... Contudo, como continuara a fazer os seus discursos e a ser escutado em certos círculos, admitira-se geralmente que os rumores eram "caluniosos".
(continua...)

sexta-feira, setembro 22, 2006

 

A grande aventura

A chuva caída durante a noite refrescara o tempo.
Ele caminhava com as mãos metidas nos bolsos dum ligeiro impermeável que vestira à cautela.
Com ou sem chuva, sempre gostara até muito de Gaia.
Mas, de há um certo tempo para cá, era um amor que se estiolava. Começava a parecer-lhe sinistra, a Avenida perfeitamente horrível, a multidão do fim da tarde bovina e ele próprio...
Parou em frente a uma montra e contemplou-se.
"Pobre tipo", disse silenciosamente para o seu reflexo.
Pelo canto do olho procurou ver se conhecia algum dos que passavam.
Pareceu mais tranquilo vendo que ninguém lhe ligava a menor importância, mas apenas aparentemente, já que lá por dentro se mordia; então ele não devia ser o centro das atenções?
Sentia que alguém o seguia. Voltou a andar. "Como me terão localizado? Estou lixado".
Havia ainda muitas jogadas a fazer... talvez... e fora do campo do Canidelo.
De si para si voltou a pensar: "Se fosse esperto, largavas tudo!"
Revolveu um pouco a ideia. Não! Isso nunca. Precisava de exercitar os dedos sobre as teclas do computador. Era como pão para a boca continuar a maldizer, a multiplicar-se, a comentar-se a si mesmo, a elogiar-se como aliás sempre fizera noutras paragens.
Procurava descontrais, sem muito sucesso. Sentia a impressão de ter o estômago cheio de pedregulhos...
Era coisa nova. Até então apenas sentira uma espécie de tensão à flor dos nervos.
Desceu até ao jardim do Morro e encostou a nuca às costas do banco onde se sentou e pensou: "Tenho de recuperar". Mas não era fácil. Nada o tinha preparado para o que vivia há dias.
(Continua...)

quinta-feira, setembro 21, 2006

 

HOMEM PEQUENINO...

Retirado do "Citador" não resisti a esta pérola dos anais da sabedoria popular;
"Homem pequenino, embusteiro ou bailarino."
Como diria o "outro", até a barraca abana...

 

ONDE ESTÁ O BRONCO DA BRONCA?

Uma resposta às minhas sentenciosas dúvidas sobre as Sentenças do Mágico Reis, seria uma demonstração de educação e civilidade por parte do sentencioso autor das famigeradas Sentenças, educação e civilidade essas tão profusamente invocadas pelo real embusteiro.

Mas, tal como dizem os nossos irmãos brasileiros, "pimenta no cú dos outros é refresco para nós!", ou seja, é muito melhor, mais fácil e pelos vistos mais barato, lobrigar defeitos nos outros do que ter de encarar a nossa própria má-formação.

Por outro lado a ausência de qualquer resposta, é em si mesma uma resposta! É a resposta dos que não sabem ou não querem responder. Se não sabem nunca admitirão a sua limitação, se não querem, então é porque o teor de tal resposta se torna abrasivamente comprometedor para o seu autor. Em ambos os casos e para que se não veja o incómodo causado pelo levantamento de tão pertinentes questões, o melhor mesmo é "investir" na velha e gasta fórmula de que os outros é que estão a fugir às questões.

Nota Final: Foi preciso que um dos meus habituais comentadores, agora também postador, fizesse menção ao facto de o único comentador do Reis estar de baixa por doença, deixando o iluminado blogista orfão da sua caterva de fãs, para que o mesmo se erguesse do catre e embora combalido, começasse a "abanar-se"!
Afinal quem anda a reboque de quem?
Afinal quem se esconde de què e de quem?

 

O EMBUSTEIRO ou O TRAPAÇEIRO ou O VELHACO

A mentira para ser mentira
e atingir profundidade,
tem de levar á mistura
um pouquinho de verdade.

(António Aleixo)

O embuste, porque não passa de uma mentira artificiosa, tem de ter uma base real. Não basta ao autor de tal velhacaria repeti-la exaustivamente, convém adicionar-lhe algum substrato, pois se tal atitude pode até parecer séria, em boa verdade não o é pelo fraco ardil evidenciado.

Convém ao biltre, para que se não veja a sua manifesta insuficiência, disparar em todas as direcções. Almeja o desventurado um tiro certeiro, esquecendo assim o real e verdadeiro motivo porque, de facto, dispara.

E de trapaça em trapaça assim se vai alimentando o pobre e débil inditoso, sem notar nunca que apenas se está a atolar na sua própria matéria fecal.

Desmontar o pretenso ardil armado pelo Mágico da responsabilidade é tarefa demasiado fácil, (nem outra coisa seria de esperar de uma tão pueril mente!), por isso aqui fica a minha denúncia do vilão mais a sua vilania.

Diz o mágico trafulha… ”Saúdo o seu aparecimento e, se não vir nisso inconveniente, colocarei no meu blog um link para o seu, de modo a permitir-me – e a quem me faça companhia – um acesso directo às suas opiniões.” (Reis in responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt), só foi pena o aldrabão ter esquecido que quando escreveu isto já tinha colocado no seu blog o tal link para o meu! Provar tal, caso em nome da tão propalada verdade o velhaco assim o queira, não é tarefa difícil, os seus consultores para a área de informática podem informá-lo de tal facilidade.
Afirmei eu então que não fui consultado sobre a conveniência e oportunidade de tal atitude por parte de quem unilateralmente a entendeu realizar e coerentemente continuo a afirmá-lo, apenas e só porque o trafulha, quando questionou a (in)conveniência da sua atitude, já a tinha tomado!

Também foi por isso que soltei uma estridente gargalhada quando, em jeito de punição, me informou que o iria retirar!
Dizer que este Reis é patético saberá sempre a pouco…

Mas se nos detivermos um pouco na capacidade de artificialmente inventar factos, se pretendemos ver quem fala verdade e quem mente com quantos dentes tem, basta-nos reparar nesta eximia e lapidar afirmação do embusteiro arauto da verdade; “Acabo de constatar que também o senhor aderiu à onda dos blogs, tal como eu fiz há alguns dias.” (Reis in responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt).
Dias? Alguns dias? Aderiu há alguns dias? Aderiu há onda dos blogs há alguns dias?
Se fosse para levar tal afirmação minimamente a sério teria de me rir, mas como tal é mais um exemplo, bem elucidativo por sinal, do fiel e verdadeiro retracto de autêntica miséria humana que caracteriza o seu autor, sou obrigado apenas a lamentar que tais tempos tenham produzido tal tipo de monstruosidades.
Que a espécie humana encerra em si mesma o que de pior e melhor o homem consegue realizar já o sabia, agora que haja um espécime em particular, que só consegue produzir o que de mais nojento e hediondo este género é capaz, isso é que me assusta!

Sobre tácticas militares, deveria o autor de tais desmandos “estratégicos” calar a sua cloaca, a que por pura presunção chama boca, pois não se conduzem refregas a partir de uma torre de controlo de tráfego, nem se resolvem contendas taxiando (perdoe-se-me o brasileirismo, porque o Mágico Reis é muito cioso da lingua) uma aeronave num determinado local,
Mas e uma vez mais há um “mas”, o incontinente do vocábulo, o cintilante erudito Canidelense, o tal que tudo sabe e sobre tudo tem opinião, opina sobre estratégia como se de um entendedor se tratasse.

Como se costuma dizer “não há pachorra” para tanta petulância!

Comparativamente com este mágico linguarudo, que o mais perto de um cenário de guerra que esteve foi através de um radar de uma torre de controlo, informo-o que só de treino e adestramento militar “morei” 4 meses em Penude, (informe-se e ficará a saber onde fica tal localidade), para além disso ainda por lá fiquei mais um ano a instruir centenas de homens. A última das instruções dadas, deu-me direito a acompanhá-los ao verdadeiro teatro de operações.

Se este trafulhazeco, Reis assim se intitula, tivesse um só pingo de vergonha na carantonha, eu ainda diria que se envolvesse naquilo que dominava e deixasse o resto para quem sabe, mas como o trapaceiro, pelos vistos, sabe e percebe de tudo, deixemo-lo fazer as demonstrações que quiser do seu próprio descaramento, afinal de contas, tal, classifica-o a ele e a mais ninguém!

Finalizando sou a deixar uma nota que não pretende ser sequer um aviso, muito menos uma ameaça.

A “surpresa” é e continuará a ser a melhor arma…

P.S.- As Francezinhas do Monte Carlo até que não são nada más, pena é, pelo menos a certas “pessoas”, o molho causar tantos estragos…


 

Uma língua traiçoeira!

Também eu sou "postador"! Só me faltava mais essa! Não será por isso que não me vou dizer honorado e agradecido ao meu Caro Amigo Red River!
Mesmo se os pague com a regularidade dum relógio suiço não gosto de "impostos" e, também aqui, só me sentirei "imposto" a dizer qualquer coisa quando sentir que tenho algo para dizer! E o intróito já se foi! Passemos ao texto!

Um dia que fui a Portugal trouxe de casa dos meus Pais um dicionário já velho de Fernando J. da Silva e editado pela Domingos Barreira! Trata-se da Quarta Edição e data de 1980! Por certo que existirão "coisas" mais frescas, mas...é o que tenho! E foi lá que encontrei "Quotidiano" como um sinónimo de "Diário" e, também, "Hebdomadário" como sinónimo de "Semanal"! Traiçoeira é a língua portuguesa já que as diferenças (pelo menos entre Quotidiano e Diário...) são abismais!

No Quotidiano sente-se um aroma fresco de liberdade a sério! Já no outro, Deus me valha! Ainda não há uma hora que li no blog do Reis (o tal das liberdades...) um comentário com a marca R.T. afirmando ter acesso aos comentários rasurados pelo outro órgão que é diário! Como se me fosse necessária tal confissão! Nunca disso duvidei mas, confessando que já não abro o Diário há uns bons quinze dias, tenho no entanto alguém que o lê para mim e que me alerta em caso de "necessidade"! E nestes quinze dias a única "alerta" que me foi assinalada é o facto desse R.T. já não se encontrar de faxina "à hora em que a Ursa mais perto discursa nas mãos do Boieiro"! Ao que parece deslocou-se para outras paragens onde ajuda a outra missa esta também diária!

Esquisita a imagem da liberdade que alguns aspiram para Portugal que, esse sim, é o meu Portugal de todos os dias mesmo estando longe!

 

Uma língua traiçoeira!

Também eu sou "postador"! Só me faltava mais essa! Não será por isso que não me vou dizer honorado e agradecido ao meu Caro Amigo Red River!
Mesmo se os pague com a regularidade dum relógio suiço não gosto de "impostos" e, também aqui, só me sentirei "imposto" a dizer qualquer coisa quando sentir que tenho algo para dizer! E o intróito já se foi! Passemos ao texto!

Um dia que fui a Portugal trouxe de casa dos meus Pais um dicionário já velho de Fernando J. da Silva e editado pela Domingos Barreira! Trata-se da Quarta Edição e data de 1980! Por certo que existirão "coisas" mais frescas, mas...é o que tenho! E foi lá que encontrei "Quotidiano" como um sinónimo de "Diário" e, também, "Hebdomadário" como sinónimo de "Semanal"! Traiçoeira é a língua portuguesa já que as diferenças (pelo menos entre Quotidiano e Diário...) são abismais!

No Quotidiano sente-se um aroma fresco de liberdade a sério! Já no outro, Deus me valha! Ainda não há uma hora que li no blog do Reis (o tal das liberdades...) um comentário com a marca R.T. afirmando ter acesso aos comentários rasurados pelo outro órgão que é diário! Como se me fosse necessária tal confissão! Nunca disso duvidei mas, confessando que já não abro o Diário há uns bons quinze dias, tenho no entanto alguém que o lê para mim e que me alerta em caso de "necessidade"! E nestes quinze dias a única "alerta" que me foi assinalada é o facto desse R.T. já não se encontrar de faxina "à hora em que a Ursa mais perto discursa nas mãos do Boieiro"! Ao que parece deslocou-se para outras paragens onde ajuda a outra missa esta também diária!

Esquisita a imagem da liberdade que alguns aspiram para Portugal que, esse sim, é o meu Portugal de todos os dias mesmo estando longe!

quarta-feira, setembro 20, 2006

 

O Mágico das Sentenças Sentenciosas

Exmo. Senhor Reis,

Sou a dirigir-me a V.Exa. no sentido de obter explicação para algumas das suas paradigmáticas Sentenças.

Vou directo ao assunto.

O que pretende V.Exa. exprimir na Sentença; Quem adivinha, com m.... de galinha! (Popular).
Decerto adivinhará a minha estupefacção ao ler tal, tratando-se como se trata do melhor blogista do Canidelo e arredores, muito me surpreendeu tal Sentença.
Assim dignissímo Sr.Reis, gostaria de saber o sentido desta Sentença, se de facto o tem, é que por mais que tente, não consigo adivinhá-lo...

Por outro lado, na Sentença; Quem nunca erra, ou é um inútil ou… já morreu! (Reis), sou a admoestá-lo pelo lamentável lapso que cometeu. Até parece que V.Exa. não conhece o Sr. Silva, sim, o Sr.Prof.Cavaco Silva, o Presidente da Republica, o tal que nunca errava e raramente se enganava. Uma falha destas é deplorável, se fosse de autoria de um esquerdalho qualquer ainda vá que não vá, agora vinda da sua parte.
Ficámos a saber que para si Sr.Reis, o nosso Presidente, de acordo com as suas palavras, ou é um inútil ou ...já está morto. Pessoalmente inclino-me pela terceira hipótese...

Mas não posso despedir-me sem avaliar mais uma das suas maravilhosas Sentenças.

O grito que se vislumbra na última das suas prezadas Sentenças é lancinante; Que hei-de fazer agora da minha vida? ("El Plagiador" no papel de "O Presbítero").
Este "grito" foi dado após a ingestão de uma Francezinha (inteira!) no Monte Carlo. O Mágico sentenciador, repetiu várias vezes a dose de molho e o resultado está à vista.
Sei que há uma pomada para aliviar a "assadura", mas não há meio de me lembrar do raio do nome. Que coisa, logo agora que queria ajudar...


 

O MÁGICO

Eu nem sei o que dizer. Os meus pobres e cansados olhos nem queriam acreditar naquilo que estavam a ver!

A realidade tem destas coisas, quando menos a gente espera colhe-nos completamente de surpresa!

Sinceramente, faltam-me as palavras para descrever o turbilhão de sentimentos que me invadiu...

O Reis critica-me, portanto (segundo as suas próprias palavras) o Reis ...admira-me!

Finalmente a minha vida ganhou um propósito, um significado, ganhei a admiração desse portento da humanidade, o Reis!

Aqui deixo a minha modesta homenagem a esse verdadeiro "mágico"...




...sei que não passa de uma singela imagem, mas quero que o Reis veja nesta despretensiosa demonstração a minha homenagem ao seu enorme bem querer e bem fazer.

Reis, garantidamente, nunca me hei-de esquecer deste dia. Obrigado!


terça-feira, setembro 19, 2006

 

Os link's e os seus derivados...

Afinal uma certa prudência e ponderação não fazem mal a ninguém. Digo-o na plena convicção de que o lixo só atrai ainda mais lixo.

Serve este intróito para nos situarmos na essência do assunto aqui tratado, a saber, os link’s e seus derivados.

Nunca dei, nem nunca darei, espaço no meu blog a ligações (link’s) fúteis, levianas, imprudentes, injuriosas e ultrajantes. Mas acima de tudo nunca poderia dar, como chegou a ser alvitrado, publicidade a quem apenas usa a mais vil e insultuosa afronta na prossecução dos seus mais que obscuros intentos. O meu entendimento sobre quem abusa de tais práticas, de quem exercita tal desconchavo é simples e objectivo, em tudo se assemelha a um asinário assoberbado de carga, pode rodear-se de dezenas ou centenas mesmo de ligações (link’s), mas tal como o quadrúpede, isso não faz dele um Doutor!

Mas eis que se fez luz!

Num rasgo de inspiração que roça as fronteiras de uma mediúnica revelação, o execrável blogista das múltiplas e variadas ligações (link’s) inferiu que não mais delas necessitaria, por manifesta falta de interesse, nuns casos, por desajuste com a realidade actual, noutros.

É precisamente neste ponto que a minha surpresa se declara.

Talvez injustificadamente, concordarei, mantive a secreta esperança de que o blogista responsável, eliminasse as suas benditas ligações (link’s) pelo opróbrio que a sua simples inserção acarretaria ao seu autor, mas não, o pedante, afectado sem dúvida pela soberba da sua perícia e erudição, nem ao de leve demonstra ter tido qualquer noção da ignomínia a que se devotou.
Nada a fazer!
Restam-lhe meras alusões materiais a bens que a sua cupidez ambiciona, bens esses, que quando nas mãos de outros, são apenas sinais de demência e novo-riquismo por parte destes.

Nunca solicitei ou sugeri sequer a inserção de uma ligação (link) ao meu blog, noutro.

Apesar de tudo nunca me pronunciei sobre essa, abusiva, inclusão.
Na minha casa mando eu, na dos outros manda quem tiver poder e/ou discernimento para tal.
Não fui consultado sobre a conveniência e oportunidade de tal atitude por parte de quem unilateralmente a entendeu realizar, não entendo por isso este desassisado discurso de uma mente alienada quando se pronuncia sobre a retirada de tal, suposta, benesse.
Ao tresloucado autor, direi somente que não imaginará nunca o suspiro de alívio que me provocou, por finalmente poder ver erradicado de tão vexatório sítio, algo que muito me orgulha e honra.

Não precisei nem preciso de recorrer a repulsivas e repugnantes manobras de diversão, apodando tudo e todos de desconhecimento, imperícia e de inaptidão. O inteligente só o será, de verdade, quando coloca o seu saber ao serviço da humanidade, cabe ao presunçoso, na cegueira da sua afectação, a tarefa de fazer alarde de um conhecimento improfícuo e sem préstimo.

Fácilmente se adivinhará a dimensão do real responsável.

Afinal quem, durante todo este tempo exibiu alguns dotes de circunspecção e comedimento, fui eu! Não tive de efectuar ligações (link’s) a nada nem a ninguém!
Afinal quem atenta e resolutamente se propõe observar o perverso comportamento alheio, acaba por ver nele exibidas as nódoas da sua própria índole.
Pena é que quem aconselha o remédio, não chegue nunca a fazer uso dele.

Quanto mais fáceis as palavras, tão mais difíceis os actos!


Nota: Mesmo correndo o risco de ser acusado de plágio, assumo que esta citação é de minha autoria!

quarta-feira, setembro 13, 2006

 

MAIS UMA PEQUENA E BREVE NOTA INCOMODATIVA

Uma nota, uma pequena e breve nota anunciando a volta do meu mais frutuoso herói, Reis Rio de sua graça, dá origem a três ou quatro artigos (e que artigos!) da concorrência.

A angústia apoderou-se de alguns dos meus mais fieis leitores. (Mesmo daqueles que estão à espera de ver transcrito noutros locais o que aqui se vai escrevendo!)

A ansiedade provocada pela espera, já lhes corrói as entranhas.

Não me sabia tão poderoso!

Não me sabia tão incomodativo!

Tenham calma, tudo a seu tempo e lembrem-se, quem define esse tempo sou eu e mais ninguém!

Desta vez vou rematar com uma citação Biblica;

OS CÃES LADRAM, MAS A CARAVANA PASSA...

terça-feira, setembro 12, 2006

 

REIS RIO DESCANSA, NÃO CAÍSTE NO ESQUECIMENTO!

Uma das coisas que mais me irrita é ter de ser constantemente confrontado com as mazelas de espírito de terceiros.
A matadura evidenciada por tais intercessores é pestífera, nojenta e por isso mesmo, repugnante.
Serei no entanto o primeiro a ter de reconhecer que no domínio da efabulação, determinado autor não é original, pois apenas se limita a seguir (mal) os passos por mim dados na urdidura que teci sobre as tramóias no túnel do Campo do Canidelo.
Já que o miserando se propõe dar largas à sua veia de ficcionista, eu, pela minha parte, assumo aqui o solene compromisso de continuar a dar à estampa, novos e suculentos capítulos da trama que em boa hora iniciei.
Reis Rio descansa que não caíste no esquecimento.

segunda-feira, setembro 11, 2006

 

E DIZ O "INTELIGENTE" QUE ACABARAM AS CANÇÕES!

Pergunto-me porque terá o aprazível e eloquente comenteiro deparado na Net com pessoas detestáveis, convencidas, previsíveis, vazias de sentimentos e outras qualidades humanas!
Mais me interrogo, porque terá a Excelentisima Excelência sido forçada a ter de se confrontar com um exemplo de mais baixo nivel ainda!

O que será que ELE tem que só atrai disto?

O que pode esta “grandeza de carácter”, este “monstro da probidade”, este “fundamentalista da rectidão”, este “provedor do denodo e da intrepidez” fazer para, de uma vez por todas, se ver livre desta autêntica perseguição deste inoportuno acossar de que se sente vitima? Dir-se-ia, nada! Mas tal é falso!

Escrevi eu na abertura do meu blog, sob o titulo; Porquê um blog?, que o fazia por entender não haver liberdade de expressão noutros espaços, e não é que o "magano" quando a mim se dirigiu, veio com falinhas mansas comigo concordar? Nada mais tenho feito que o mero exercicio do uso da minha liberdade. Nunca critiquei ninguém por usar a sua, mesmo quando com tal não concordo, mesmo quando sou obrigado a verificar que de responsável nada tem. Critico, quando assim o entendo, certas tentativas de catequização e doutrinamento, porque as entendo nefastas e prejudiciais.
Faço-o no pleno direito do uso RESPONSÁVEL DA MINHA LIBERDADE DE OPINIÃO.

Por tudo até então dito ofendi?, Injuriei?, Não, claro que não, mas já quanto ao afrontamento aí serei eu o primeiro a reivindicar tal postura.

Não estou ainda no ocaso da vida, mas conheço pessoas até bem mais novas que há muito nele mergulharam, só por se terem recusado a VIVER. Afirmo alto e em bom som, que estou VIVO e VIVO continuarei a estar.
Só a esta condição devo a minha força, a força do meu carácter!
Só a esta condição devo a sagacidade do meu discernimento, a força da minha inteligência!
Só a esta condição devo a minha capacidade, não para ser DONO DO MUNDO, mas para ter a competência e a vontade de lutar por UM MUNDO MELHOR!
Não sou, nem nunca tal reclamei o “conquistador do mundo, paladino da luta social, arauto de novos ventos e marés, cruel estraçalhador dos mais valentes”, mas sou aquele que não vira as costas á luta, mesmo quando desigual e sempre serei um voluntário convicto quando se me depara uma oportunidade de “estraçalhar” algo ou alguém que se reclama mais "valente", afirmando-o no entanto enquanto foge a sete pés da contenda.
Eu sou infinitamente mais poderoso que o cobarde que se refugia na ameaça soez e infame.
Eu sou infinitamente mais poderoso que o ignóbil e repugnante ameaçador de pares de galhetas.
Eu não preciso de tecer qualquer tipo de ameaças para provocar nesse abjecto ser tais tipos de manifestações.
Pensa o ignaro que comanda, não percebendo sequer que nada mais exercita que a sua intrinseca estultícia.

E diz o inteligente, que acabaram as canções! (Tourada (excerto de) – Ary dos Santos)

Excelentissimo Senhor Reis, sou a manifestar-lhe a minha total concordância com a sua seguinte afirmação relativa á minha pessoa; “...é ainda mais teimoso que o sapo.”.
Pois bem se o diz sê-lo-ei com certeza, quem serei que para duvidar de tão douta e sapiente opinião.
Deixe no entanto que lhe diga algo.
É bem melhor ser mais teimoso que o sapo como eu, do que ser tão ou mais teimoso que um mamífero da família dos equídeos, doméstico e mais pequeno do que o cavalo, geralmente de cor cinzenta, orelhas compridas, crina curta e um penacho de crinas na extremidade da cauda. (Fonte: Diccionário Priberam)

“Quanto mais leva, mais se expõe, quanto mais o derrotam mais atrevido fica.”
(Epilogo – Reis em
http://responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt/)

Excelentissimo Senhor Reis, quanto mais leva o quê?
Que pretende dizer com tal afirmação?
Entende ter-me agredido fisica ou emocionalmente?
Pobre tolo, que tal, nem que seja para variar, ter um pouco de juizo?
Confine-se ao que melhor sabe fazer e pare lá com as ameaças, pois pela segunda vez na vida lhe digo, só os cobardes se escondem.

Excelentissimo Senhor Reis, porque me acabei de expor, o que contrariamente á sua postura é apenas apanágio dos corajosos, cá fico á espera de “levar” mais, pois que de derrota em derrota não querendo lobrigar a vitória, me contentarei apenas em me tornar mais atrevido.










 

CARTA A UM EX-INTERLOCUTOR

"No dia em que enviei a primeira mensagem ao meu ex-interlocutor, fi-lo convicto que estava a abordar uma pessoa “normal”, entusiasta da comunicação e do diálogo, pessoa educada e suficientemente culta para que esse diálogo fosse mutuamente enriquecedor."
(...)
"Das suas tropelias, das suas inconveniências, da sua reiterada agressividade - para ser brando nas expressões – já todos déramos conta, em anos de atormentada e infinda paciência."
(...)
"Sabia com quem estava a “falar”, sabia que mais tarde ou mais cedo o seu excelente carácter, a sua esmeradíssima educação, a sua incontornável decência viriam ao de cima."
(...)
"Era uma questão de ir dando corda e esperar."
( Epilogo – Reis em
http://responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt/ )

Afinal de contas quem pretendo eu enganar? A mim ou ao pobre e desventurado interlocutor apanhado nas malhas de um qualquer Quotidiano?
Mandou-me a primeira mensagem convencido, diz ele, que estava a abordar uma pessoa normal e entusiasta da comunicação e do diálogo, resumindo uma pessoa educada e suficientemente culta para que tal diálogo fosse enriquecedor, para logo de seguida concluir das minhas tropelias, inconveniências, reiterada agressividade, “excelente carácter”, “esmeradissima educação” e “incontornável decência”.
Mas o mais engraçado é que apesar de julgar estar a lidar com uma pessoa normal e entusiasta da comunicação e do diálogo, resumindo uma pessoa educada e suficientemente culta, este destemperado comunicador afirma que; “Sabia com quem estava a falar”, e que tudo se resumia a uma mera questão de tempo, ia dando corda e, qual animal sorrateiro, esperaria!
O mais engraçado no entanto, pelo menos para mim, é apelidar-me de ex-interlocutor num texto a mim dirigido, nunca deixando de comigo "falar" de uma forma directa e objectiva. Para ex-interlocutor até que nem vou nada mal, nem quero imaginar se fosse um “interlocutor” na plenitude do uso e gozo dos meus direitos, no activo.

Prezado interlocutor doravente apelidado de "ex-ex-interlocutor”, no exercício de um direito que me assiste, exijo que se explique sobre as suas dúbias afirmações. Afinal de contas se pensava que estava a lidar com uma pessoa normal, entusiasta da comunicação e do diálogo, pessoa educada e suficientemente culta para que esse diálogo fosse mutuamente enriquecedor, como podia ser antecipadamente sabedor das minhas tropelias, inconveniências e reiterada agressividade, para não falar do meu “excelente carácter”, “esmeradissima educação” e “incontornável decência”, como ousa afirmar?

Finalizando gostaria de lhe deixar mais um questão. Tem V.Exa. a certeza de que foi a mim que foi dando corda? Ora veja lá, arregale bem esse dois que a terra um dia há-de comer, e veja se não foi V.Exa. que foi tomando a tal corda e assim, de repente, quando deu por isso já não a tinha?

De uma coisa eu tenho a certeza, nada mais fiz que esperar, contra tudo o que seria expectável, até nem tive de esperar muito...
Diz-se da mulher de César que não lhe basta ser séria, terá também de o parecer, a si Excelência sou a dizer-lhe que para quem não o conheça, pode até parecer sério, no entanto, eu, que o conheço, asseguro~lhe que a sua tentativa de o ser foi total e inapelávelmente devotada ao fracasso.
Repare bem, sendo eu um inimigo devoto da hipocrisia, NUNCA afirmei que pensava estar a "falar" com um determinado tipo de pessoa, sabe porquê? Porque renegando as artes da bazófia e da dissimulação, sempre assumi uma clara postura de ser sabedor de quem estava a "falar" desse lado.
Mas pergunta V.Exa. o que ganhei eu com isso? Duas coisas; Primeiro, uma saudável manutenção de uma coisa que demonstra não saber o que é, consciência! Segundo, poder aquilatar até onde a ignomínia e o descrédito podem chegar, já que demonstra ser um verdadeiro "case study" nessa matéria.
Quero no entanto deixar bem claro, que nada mais do que isto esperaria de V.Exa.!
Parodiando a voz popular, será caso para dizer;
Quem não conheça V.Exa., que o compre!



sábado, setembro 09, 2006

 

COMO ESTÁS CERTO EINSTEIN...

É num estado de total tristeza que me vejo forçado a ter de aceitar certas evidências da vida.

Não sei porquê mas invade-me a memória uma velha animação, Mr. Magoo para ser mais preciso, onde o desventurado por mais que insistam em que coloque um valente par de óculos se recusa a fazê-lo por entender ter uma visão de lince, perdão de Bip-Bip!

Há dois tipos de presumidos, uns, os que olhando apenas para si próprios alcançam motivos de auto-glorificação recusando ver o que se passa à sua volta, os outros, porque conhecedores da sua miséria e pobreza, passam dias mirando-se ao espelho repetindo à exaustão a velha e gasta pergunta: Espelho meu, espelho meu, quem é mais sábio, inteligente e belo, do que eu? (Conheço um tolo que ainda está à espera da resposta!)

Com esta segunda estirpe porque se acha um most em termos de sapiência e erudição, declaro-me incapaz de a conduzir aos caminhos da visão, não por os não conhecer, mas por ter mais e melhor com que me entreter. Seria aliás ridiculo e insensato da minha parte estar a perder tempo com tamanha demonstração de estultícia.

Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta!
Albert Einstein

E pronto, volto a ser assaltado pela memória do Mr. Magoo, não é que o pobre diabo armado com uma caçadeira se prepara para disparar sobre a sua própria imagem reflectida no espelho!?

Como estás certo Einstein...

sexta-feira, setembro 08, 2006

 

ERRO: GARANTO QUE NÃO VAMOS NO IV

Pelo principio e sempre pelo principio assim se deve começar, digo isto apenas para recordar a V.Exa. que já ia no terceiro parágrafo quando disse que começaria pelo principio.
Incoerências ou talvez não!!

Sou a declarar a V.Exa. que fiquei triste e pesaroso por trocar a atenção e cuidado devidos á resposta que se dignou dirigir-me, por uma “importante reunião” como refere.

Sejamos francos, não esperava isso de V.Exa.. Estava até então, firmemente convencido de que V.Exa. seria zelosamente cumpridor das suas obrigações bloggistas, podendo inclusive descurar outras vertentes do seu Quotidiano (passe a publicidade ao meu blog), mas nunca, como enalteço, descuidar a merecida e conquistada refutação que me é devida.
De tal facto aqui lhe deixo demonstrativa nota do meu pesar.

Posto este intróito, passemos então á matéria em apreço.

Serviu V.Exa. no seu artigo “E JÁ VAMOS NO IV”, uma macedónia imperceptível, por não ter atendido à conveniente ligação entre os ingredientes usados, bem como por ter utilizado tempero insulso e até, diga-se com toda a franqueza, um tanto ou quanto bafiento.

Mas não quero que se perca com estas palavras, passo a objectivar.

O titulo

E JÁ VAMOS NO IV

Não sei se V.Exa. tem consciência do que depositou no seu blog, mas, usando da franqueza que V.Exa. me prodigaliza, estarei em crer que, ou por mau aconselhamento ou por tratar o assunto com uma ligeireza inusitada logo indevida, faz um afirmação que no mínimo terei de considerar licenciosa para não a epitetar mesmo de libertina.

Quero aqui deixar bem expressa a minha indignação a minha repulsa pelo aviltante titulo usado.

Em boa verdade Excelência, NÓS, ou seja eu e Sua Excelência, não vamos no IV (quarto), como também não vamos na sala, na cozinha, na casa-de-banho ou noutra qualquer divisão!

É fácil dirimir esta questão, NÓS não vamos, nunca FOMOS e atrevo-me mesmo a dizer que NUNCA IREMOS sequer na mesma casa, quanto mais em qualquer uma das suas dependências, por um e um só motivo, para IRMOS seria necessária a conjugação de ambas as vontades, pela minha parte sou a asseverar-lhe que jamais terá a minha aquiescência em o acompanhar em tal desiderato.

Por tal motivo espero ver vertida na sua resposta, porque que a tal o acho obrigado, as desculpas a mim devidas pela insinuação feita, sob pena de não mais lhe dirigir a palavra.

Quero apenas salientar que pelo atrás exposto não deve inferir qualquer critica às suas opções de vida, nunca o fiz não era agora que o começaria a fazer, só pretendo, isso sim e porque a tal não o autorizei, que não me inclua nas mesmas pelo respeito devido á minha própria liberdade de escolha.

Suscitado este diferendo, advirto-o que farei depender a minha resposta ao seu ultimo post através da probidade justificativa que V. Exa. entenda, ou não, deduzir.

Sem mais de momento.

quinta-feira, setembro 07, 2006

 

O BUFO

Os Bufos caracterizam-se essencialmente por serem assexuados, ora são do género masculino ora do feminino, ora de ambos. Não se lhes conhece qualquer coloração ou cheiro próprios, pois são detentores de uma extraordinária capacidade de se adaptar ao meio em que estão inseridos.

O bufo tem no entanto uma característica peculiar que o distingue da restante criação. O bufo não tem vida própria!

O bufo para vegetar (viver seria excessivo), depende de vida alheia, ou seja, tem de haver alguém a viver para que o bufo se instale na sua sombra, por isso é considerado parasitário. Na observância dessa condição o Bufo assume a plenitude das suas intrínsecas qualidades, de entre as quais se destaca; o sopro, a bazófia, a fanfarronice, o alarde e a delação.

O Bufo alimenta-se essencialmente da desgraça alheia, pois só assim se compraz. Tem no entanto esta dieta uma grande vantagem, sempre que bem alimentado, o Bufo, não tem qualquer necessidade de olhar para si, conseguindo assim, não enxergar a desgraça própria.

Deixo aqui alguns exemplos práticos do modus vivendi do Bufo;

Sr Reis , para melhor aquilatar da autoridade moral do Sr. Red River , remeto-o para a url mais evidente dos seus atributos teleológicos.
(a url em causa é: http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?div_id=291&id=714248 )
Cristina Coelho a 6 de Setembro de 2006 às 21:05 in liberdadecomresponsabilidade.blogs.sapo.pt

Estão todos convidados a visitar o endereço proposto (url) para que se possa aquilatar do discernimento do Bufo (Bufa nesta caso), mais do que dos pares de galhetas que o desventurado autor lá promete.

Ou então;

Ainda a propósito do mesmo assunto , peço autorização para lhe fazer chegar matéria «sancionada» pela redacção de um conhecido órgão de comunicação social.A qualidade e o nível de linguagem dos comentários «barrados» falarão por si , sobre a autoridade moral do seu actual interlocutor.
Cristina Coelho a 6 de Setembro de 2006 às 21:14 in liberdadecomresponsabilidade.blogs.sapo.pt

Aqui o Bufo (Bufa neste caso) evidencia uma qualidade rarissima nesta espécie, o Bufo para além de bufar ainda faz juízo de valores e critica literária! Ver um Bufo a fazer uma só destas coisas é raro, ver as duas então é coisa nunca vista!

Na ânsia de poder servir o seu mentor, o Bufo por vezes fica como que num estado de catalepsia, não logrando vislumbrar sequer o que está á frente dos seus olhos. Se dúvidas há, atente-se nestes exemplos;

Senhor Reis,eu não consegui o link para o tal blogue,podia deixá-lo aqui?Obrigada.
C.C. a 5 de Setembro de 2006 às 15:34 in liberdadecomresponsabilidade.blogs.sapo.pt
(atente-se que aqui o Bufo codifica o seu nome, já não é mais Cristina Coelho, mas sim C.C., vejam só como é engenhoso!).

Agora reparem na não menos elaborada resposta do Mentor, toda ela em cifra;

Caro C C o link está na lista deste blog com o nome : Portugal Quotidiano
Reis a 5 de Setembro de 2006 às 15:50 34 in liberdadecomresponsabilidade.blogs.sapo.pt

Das subtilezas da linguagem cifrada pouco se sabe é matéria reservada a especialistas, mas exposta esta comunicação entre um Bufo e o seu Mentor a um especialista em cifras, o mesmo salientou de imediato o cuidado posto no inicio da resposta Caro C C, aqui está então a prova de que o Bufo não tem portanto um género definido, assumindo então aquele ou aqueles que lhe forem mais convenientes. Chama-se também a atenção para o tal problema relacionado com a sintomatologia de um estado cataléptico, porque apesar de estar bem escarrapachado no lado direito do blog o linkzinho objecto do pedido, o Bufo (agora bufo mesmo) já está tão céguinho que não consegue ver nada!

Para a posteridade apenas mais um reparo.

O Bufo, mediante a constatação de determinadas condições, tem uma capacidade de reprodução bem acima da média, chegando nalguns casos a constituir-se em verdadeiras epidemias.

 

AINDA E SEMPRE O USERNAME E A PASSWORD...!!!

Como vai Sr. Reis,

Em função da sua aprazível réplica, afigurasse-me necessário clarificar alguns detalhes que me parecem importantes para um melhor entendimento do que pretendo dizer.

Começando pelo principio, pois assim se deve começar tudo, sou a dizer-lhe prezado Sr. Reis que não posso ser sensível ao seu amável pedido de por termo à formalidade que lhe devoto no trato.

Ao tratá-lo por V.Exa. não estou a cometer nenhum pecado. Poderá queixar-se de excesso de formalismo, mas excesso ou não, não me parece estar a melindrá-lo ou mesmo a insultá-lo. Não sei exactamente ao que se refere quando afirma que tal tipo de tratamento não é apanágio de blogger’s, compreende-se, sou novo nestas andanças e mais uma vez demonstro apenas a minha juventude neste tipo de comunicação.

Afirma também que os tratamentos por excelência denunciam um certo distanciamento, pois bem Sr. Reis tem o senhor toda a razão! É exactamente esse o cerne da questão. Pessoalmente não vislumbro qualquer motivo ou interesse em quebrar esse distanciamento que refere, assim, o tratamento mais ou menos formal, segundo a minha concepção daquilo que é o nosso relacionamento, não só se justifica como se impõe.

Quero que fique claro que respeito a sua opinião, exigindo assim igual atenção da sua parte para com a minha.

Arrepiando caminho, quero agradecer a atenciosa correcção que V. Exa. teve a gentileza de fazer à minha capacidade de leitura. Convirá que nem todos fomos agraciados pelo Divino com a mesma dose de suficiência interpretativa. Sei mesmo que estou perante um mestre na arte das minudências da escrita, quer elas sejam virgulas, pontos ou outra qualquer forma de pontuação e acentuação, ou não se tratasse V.Exa. de um profissional da palavra, um especialista da elocução. É neste principio aliás, que lhe declaro acatar qualquer critica que por bem entenda efectuar, pois não reside em mim dúvida alguma quanto ao cariz construtivista da sua mais que sincera opinião.

Quero apenas reafirmar o quanto me congratulo por ter a ventura de verificar que, pese embora as dificuldades de leitura e interpretação que lhe estou a causar, que o Sr. Reis, grosso modo, tem conseguido perceber na integra tudo quanto lhe vou dizendo.

Nada mais falso Sr. Reis! Contesto veementemente a sua afirmação de que terei teorizado sobre ironia e sarcasmo. Não teorizei coisa alguma, fiz e deduzi afirmações concretas e objectivas sobre tal temática. Se O Sr. Reis não vir inconveniente gostava de lhe relembrar algo já antes por mim afirmado, sobre certos embaraços de compreensão. Já tive a oportunidade de propor a V.Exa. que qualquer falha de comunicação entre dois pontos, nem sempre será culpa do emissor, por vezes o receptor também não está nos seus melhores dias. Faça-me ao menos a justiça de me conceder o beneficio da dúvida.

Quero acreditar na benevolência das suas palavras, quando afirma que só por agora estarmos a iniciar contactos, não somos ainda conhecedores do estilo de cada um. Pode até ser, mas tal como o por mim afirmado em post anterior, declaro que post a post o vou conhecendo cada vez melhor. Permita-me apenas um pequeníssimo aparte neste capitulo. Tal como venho afirmando os seus post’s falam por si tal como os meus por mim, mas a excelência dos comentários que V.Exa. recebe aos seus artigos é por de mais expressiva em clara contraposição aos pobres e míseros comentários que recebo. Entre bloggistas poder-se-ia dizer, cada um tem os comentários que merece, mas também não será menos verdade a afirmação; - mostra-me os comentários que recebes e a que respondes, e dir-te-ei quem és!

Isto que acabei de expor Sr. Reis, não sei se com o tempo vai lá! (Peço-lhe mil desculpas, mas este vai lá que utilizou e que transcrevi, direcciona-me sempre para um determinado comentador de um não menos determinado órgão de informação, pergunto-me mesmo porque será?).

Ele aí está, ainda e sempre o tema do username e da password. Tema recorrente pelos vistos.

Caro Sr. Reis, não vou deter-me sobre este assunto pois só poderia repetir-me e isso seria fastidioso, sobretudo para mim. É V.Exa. livre de fazer o que muito bem entender, principalmente a partir do momento em que decide albergar no seu blog um tal Anónimo que para além de lá depositar algo por mim escrito, sinal evidente de quem nem escrever sabe, menciona o autor mas não se refere à fonte onde efectuou a colheita. Não é plágio, mas não serei eu a reproduzir aqui o que de facto é!

Utilizando a sua assinatura Sr. Reis, atrevo-me a dizer-lhe que a tão por si propalada Liberdade com Responsabilidade é algo que nobilita quem a ela recorre, no entanto Liberdade sem qualquer Responsabilidade já apouca os que a tal recorrem.

Se for capaz de me responder com sinceridade, após a recepção e inserção deste calibre de comentários no seu blog, diga-me lá, a qual das duas anteriores categorias pensa pertencer?

Ora aqui está mais uma incontornável diferença entre nós Tenho dito e ponto final no assunto

Afirma no seu post “Parte o senhor do princípio que no Portugal Diário - pois é a ele que se refere - eu escrevia o que queria e o senhor era descriminado. Erro seu, deixe-me dizer-lhe com franqueza. O senhor sabe o que lhe cortavam, mas não pode saber o que acontecia comigo. Por isso tira erradas conclusões.” (sic).

Ora Sr. Reis, por quem é! Qual erro qual carapuça! Lá está V. Exa. a tergiversar á volta das minhas afirmações. Eu não parti de principio algum, eu afirmei e afirmo, que por muito menos que V.Exa., vi comentários meus cortados, ponto final, parágrafo.

Ínclito Sr. Reis, no que ontem mesmo escrevi no Portugal Diário, aqui também reproduzido, afirmo, (repare, não disse que partia do principio...), que por solicitar o desagravo de graves e imperdoáveis ofensas a um comentador, fazendo-o sem recorrer a linguagem menos própria ou mais vulgar, tive eu próprio uma estouvada resposta de um desnorteado membro do corpo redactorial a esse mesmo pedido, mas no entanto não obtive as graças da sua publicação, já ao contrário, V. Exa., viu publicados comentários onde para além de usar e abusar de linguagem menos adequada ao local, até se arrogou o direito de proferir ameaças físicas a outro leitor!
Com certeza que ainda deve estar recordado do célebre e passo a citar; par de galhetas!

Teve V.Exa. Sr. Reis a ventura de poder ver dado á estampa o seu “par de galhetas” , eu, só por ter pedido a retirada de manifestos e graves insultos, tive resposta completamente diversa. Isto é apenas um exemplo Sr. Reis, elucidativo q.b. daquilo que reiteradamente tenho vindo a afirmar.
Diga agora onde está o meu erro, diga agora onde estão as minhas erróneas conclusões, eu sei o que me cortaram, mas mais importante do que isso, sei igualmente o que não lhe cortaram a si!

Deixe que lhe dê uma dica, daquelas que se trocam entre blogger’s.
Abomino a hipocrisia, é mesmo um dos defeitos do ser humano que mais me irrita. Por mais que tente, essa interpretação do papel de vitima que nos propõe, não lhe assenta nada bem. Ambos sabemos que não tem mais motivos de queixa do que eu, as razões são sobejamente conhecidas, por isso renuncie definitivamente a essa performance, que não é nem combina com a sua cara.

A coerência é em si mesma um valor concreto e objectivo.
É curioso verificar afirmações suas sobre acontecimentos de há 32 anos atrás, como curioso também o é ter de constatar que afinal é velho, (pasme-se!), mas nem tanto... Enfim!

Há pessoas e... pessoas!
Tal como há pessoas, á partida, que em nada se alteraram à chegada!
Bem e depois?
Depois há as outras... pessoas!

Muito bonita a sua livre citação de George Orwell, retirada do “Animal Farm” que em Portugal foi traduzido como “O Triunfo dos Porcos” , no entanto e se mo permite, penso que o original serve melhor esta causa; Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que outros!
Dispenso-me desde já de controvérsias interpretativas, mas reputo que há diferença entre esta e a sua transcrição.

Eu não sei o que é aquilo que afirma como uma igualdade na multiplicidade da diferença. Para mim se há diferença não há igualdade. O que advogo é que a riqueza advém precisamente da diferença, da diversidade e não da igualdade. Esta igualdade na multiplicidade da diferença que enuncia, cheira-me muito a uma célebre evolução na continuidade, mas de igual modo, tal como a igualdade na diferença acaba por igualizar essa mesma diversidade, também a dita evolução nunca passou da manutenção de um estado de continuidade.
Como deve convir, esta é uma afirmação da História.


A história é a filosofia inspirada nos exemplos
(Dionísio Halicarnasso - Arte Retórica)






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