segunda-feira, setembro 11, 2006

 

CARTA A UM EX-INTERLOCUTOR

"No dia em que enviei a primeira mensagem ao meu ex-interlocutor, fi-lo convicto que estava a abordar uma pessoa “normal”, entusiasta da comunicação e do diálogo, pessoa educada e suficientemente culta para que esse diálogo fosse mutuamente enriquecedor."
(...)
"Das suas tropelias, das suas inconveniências, da sua reiterada agressividade - para ser brando nas expressões – já todos déramos conta, em anos de atormentada e infinda paciência."
(...)
"Sabia com quem estava a “falar”, sabia que mais tarde ou mais cedo o seu excelente carácter, a sua esmeradíssima educação, a sua incontornável decência viriam ao de cima."
(...)
"Era uma questão de ir dando corda e esperar."
( Epilogo – Reis em
http://responsabilidadecomliberdade.blogs.sapo.pt/ )

Afinal de contas quem pretendo eu enganar? A mim ou ao pobre e desventurado interlocutor apanhado nas malhas de um qualquer Quotidiano?
Mandou-me a primeira mensagem convencido, diz ele, que estava a abordar uma pessoa normal e entusiasta da comunicação e do diálogo, resumindo uma pessoa educada e suficientemente culta para que tal diálogo fosse enriquecedor, para logo de seguida concluir das minhas tropelias, inconveniências, reiterada agressividade, “excelente carácter”, “esmeradissima educação” e “incontornável decência”.
Mas o mais engraçado é que apesar de julgar estar a lidar com uma pessoa normal e entusiasta da comunicação e do diálogo, resumindo uma pessoa educada e suficientemente culta, este destemperado comunicador afirma que; “Sabia com quem estava a falar”, e que tudo se resumia a uma mera questão de tempo, ia dando corda e, qual animal sorrateiro, esperaria!
O mais engraçado no entanto, pelo menos para mim, é apelidar-me de ex-interlocutor num texto a mim dirigido, nunca deixando de comigo "falar" de uma forma directa e objectiva. Para ex-interlocutor até que nem vou nada mal, nem quero imaginar se fosse um “interlocutor” na plenitude do uso e gozo dos meus direitos, no activo.

Prezado interlocutor doravente apelidado de "ex-ex-interlocutor”, no exercício de um direito que me assiste, exijo que se explique sobre as suas dúbias afirmações. Afinal de contas se pensava que estava a lidar com uma pessoa normal, entusiasta da comunicação e do diálogo, pessoa educada e suficientemente culta para que esse diálogo fosse mutuamente enriquecedor, como podia ser antecipadamente sabedor das minhas tropelias, inconveniências e reiterada agressividade, para não falar do meu “excelente carácter”, “esmeradissima educação” e “incontornável decência”, como ousa afirmar?

Finalizando gostaria de lhe deixar mais um questão. Tem V.Exa. a certeza de que foi a mim que foi dando corda? Ora veja lá, arregale bem esse dois que a terra um dia há-de comer, e veja se não foi V.Exa. que foi tomando a tal corda e assim, de repente, quando deu por isso já não a tinha?

De uma coisa eu tenho a certeza, nada mais fiz que esperar, contra tudo o que seria expectável, até nem tive de esperar muito...
Diz-se da mulher de César que não lhe basta ser séria, terá também de o parecer, a si Excelência sou a dizer-lhe que para quem não o conheça, pode até parecer sério, no entanto, eu, que o conheço, asseguro~lhe que a sua tentativa de o ser foi total e inapelávelmente devotada ao fracasso.
Repare bem, sendo eu um inimigo devoto da hipocrisia, NUNCA afirmei que pensava estar a "falar" com um determinado tipo de pessoa, sabe porquê? Porque renegando as artes da bazófia e da dissimulação, sempre assumi uma clara postura de ser sabedor de quem estava a "falar" desse lado.
Mas pergunta V.Exa. o que ganhei eu com isso? Duas coisas; Primeiro, uma saudável manutenção de uma coisa que demonstra não saber o que é, consciência! Segundo, poder aquilatar até onde a ignomínia e o descrédito podem chegar, já que demonstra ser um verdadeiro "case study" nessa matéria.
Quero no entanto deixar bem claro, que nada mais do que isto esperaria de V.Exa.!
Parodiando a voz popular, será caso para dizer;
Quem não conheça V.Exa., que o compre!



Comments:
Caro Red River

Depois de ver dado á estampa em blog onde a irresponsabilidade campeia de mãos dadas com jocosas e pacóvias ameaças,um"aviso prévio"
néscio e vaidoso,de arquivo onde
"pululam" moradas,nif's e "demais elementos",confesso,amedrontei-me e assim de imediato me apresso a
enviar ao caro amigo Red River,
alguns dados para que os guarde sigilosamente,evitando assim se possam extraviar para o voraz arquivo prévia e nesciamente anunciado.

Aí vão;
Número de calçado,42,se de biqueira
larga,quando afunilado,sobe na tabela,43,pelo menos.Já de calça e casaco,a talha é o 44 e 52,
respectivamente,não uso colete,
medidas europeias,óbviamente.
Medida de chapéu não dou,nem sei,
pois de seu uso não tenho hábito.
Na altura 1 e oitenta,porque
de peso não chego aos noventa.
Olhos e cabelos,castanhos,mas não
tamanhos,uns quanto os outros,com cãs os segundos,bastantes.
Guarde por favor,ele anda por aí !

Se reparou,no menu constavam além das ameaças e do "anúncio prévio",
declaração da posse de dois vocábulos em nome próprio,mais apelido de origem real,mas,tambem, a salvaguarda da hipotese de qualquer curso de água,seja ele da mais pura e cristalina substância,
poder manchar,a geneologia de tão feérica criatura.
Mas e eu pergunto,só se fôr,um Reis
Tinto,não acha?

Cumprimentos,até uma próxima,um abraço,Osorio Rio.
 
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