terça-feira, janeiro 16, 2007

 

Estou entre anjos



Hoje, dia de frio de rachar em Besançon, vi um parzinho mergulhado nos seus pensamentos amorosos. Eram jovens e alegres, pouco mais novos que eu.
Já os tinha visto por aqui; ele parece ser de Paris e ela filha da terra.
Recordaram-se, quase de imediato, a minha solidão, que tento atenuar com umas idas ao café e umas conversas entre amigos e amigas, como é evidente.
Mas não posso esquecer a mina amada que deixei no meu país, mais precisamente em Gaia. Chama-se carolina e todos os dias lhe telefono através da Internet, porque sempre sai mais barato.
Como não podia deixar de ser logo me vem à ideia aquela senhora a quem tanto admiro. Ela e seu Barbosa chéri.
Por vezes fico fascinado e até comovido pela sua graça encantadora, pela sua cordialidade em relações que poderiam ter sido ambíguas não precárias.
Sei que o seu coração não está livre e que se entregou totalmente ao seu mais que tudo “Reis” ou “Barbosa” que, como bem sabemos de vez em quando faz uma perninha no túnel do campo do Canidelo.
As separações quase sempre são dolorosas e não encontro aqui qualquer pessoa a quem possa dedicar o meu amor, embora tenha bastantes amigas com quem passo momentos maravilhosos.
Mas não podendo estar coma minha Carolina, verifico que o meu coração tem necessidade de um contacto afectivo e vivificante, daquele doce equilíbrio, da calma tranquilidade de uma criatura dócil e afectuosa como ela.
O jovem casal passa lá em baixo, na rua, bem agarradinho e, de vez em quando estreitam mais a distância que os separa, beijam-se e riem felizes.
Que quereis, meus amigos, que faça? Ligo o computador e desabafo convosco e com o PQ, fazendo horas para que a minha Carolina chegue a casa e possa atender o telefone.

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