domingo, agosto 12, 2007

 

Sobre uma lenda

Conta uma antiga lenda que, na Idade Média, um homem foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.
O autor era uma pessoa muito influente no reino e por isso procurou-se um “bode expiatório” para acobertar o verdadeiro assassino. O homem foi levado a julgamento, já sabendo que tinha escassas ou nulas hipóteses de escapar ao terrível veredicto: a forca.
O juiz, também metido na trama, cuidou não obstante de dar todo o aspecto de um julgamento justo e, por isso, disse ao acusado:
- Vamos deixar a tua sorte nas mãos do senhor: vou escrever num pedaço de papel a palavra «inocente» e noutro a palavra «culpado». Tu escolherás um dos papéis, e aquele que sair será o veredicto.
Claro, tinham sido preparados dois papéis com a mesma palavra: «culpado». Não havia escapatória. O juiz ordenou ao acusado que escolhesse um. Este pensou uns segundos e, pegando num papel, rapidamente o levou á boca e engoliu-o.
Os presentes reagiram com espanto.
- Como vamos saber qual foi o veredicto? – perguntou o juiz.
- Basta ver o papel que sobrou, e saberemos o que dizia o que engoli. – respondeu o homem.
Imediatamente foi libertado.
Moral da história: quando tudo parecer perdido, use-se a imaginação!
Como dizia Albert Einstein: “nos momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento”.
Como disse Voltaire: “Não é a verdade que nos perde: é a maneira de dizê-la”.
E como digo eu, Zeferino de Almeida: “Quando deixarmos de querer controlar os outros, poderemos ser mais felizes”.
E digo também: “Que moralidade pode querer pregar um indivíduo que passou anos da sua vida a usar e a usurpar nomes que não os seus, como se lhe não bastassem os pseudónimos por si usados”?
Tenho em meu poder uma longa lista de nomes e de pseudónimos por si coleccionados, que lhe poderão recordar quantos crimes cometeu. Crimes de usurpação que, para ele, nunca se tratou de plagiar o nome de ninguém; apenas se tratando de um desvio de personalidade agravado por si nunca reconhecido.
É bem verdade que quem nasce do nada só no nada sabe viver e nele acabará por morrer.

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?