segunda-feira, agosto 13, 2007

 
“Foi ele…”

É sempre assim com certa espécie de indivíduos, mesmo com aqueles a quem poderia exigir-se um comportamento mais digno.
Terminada a fase de estar por trás do balcão duma reles tasca familiar, não mais se pode esquecer desses tempos e das experiências lá vividas. Ganham-se hábitos, aprendem-se palavras e frases, jamais esquecidas, e, apesar de tentar cultivar-se, educar-se, afirmando-se conhecedor de tudo – limita-se a ter por fonte única a Internet. Pobre tipo esse, que se refugia atrás de nomes falsos ou usurpados e de ridículos heterónimos.
Mais não é capaz, porque se trata apenas dum desses tipos, de um desses gajos que pensa poder ludibriar meio mundo com os seus desdobramentos de personalidade, o pobre coitado do psicopata.
Como norma comportamental, todo o psicopata acha correcto tudo o que faz e diz, toda a forma de procedimento por si usada, reprovando aos outros, aqueles a quem elege como inimigos, tudo quanto possa dar a entender ser uma imitação do seu desajustado comportamento, quer como homem – verdadeiro homúnculo – quer como cidadão, a quem muito falta para poder merecer o respeito dos demais.
Em certo sentido faz lembrar as crianças quando chamadas à atenção por qualquer travessura e se limitam a dizer: “Foi ele…!”
Não é de ter pena porque está cientificamente provado que um psicopata, seja qual for o grau da sua psicopatia, é cem por cento responsável pelos actos praticados.
Não deixando de ser curioso o facto de parecer uma bicicleta – com as suas desmultiplicações, ou velocidades, que rola sobre o asfalto, pedalando sempre em busca da reunião a um pelotão existente apenas na sua muito baralhada cabeça.
Depois de consultada a net sente-se ufano por poder demonstrar possuir imensos conhecimentos. Realço que nada mais faz na vida que ficar sentado – nem dorme – a explorar esse mundo novo.
Também nada mais tem na vida para explorar. Mas lembra-se ainda de Moledo, ligado à lenda de Inês Pirez de Castro, imaginando-se talvez um seu vassalo eterno e guardião do segredo. Não passa do que realmente é.

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?