sexta-feira, agosto 17, 2007

 

C'agandov musicof

Devo confessar que foi intencional e até serviu para adoçar o que aflorou ao bico da esferográfica; tudo eram reflexos.
Mas como ele é primário em tudo, pensei que seria levado a associar o vocábulo aos reflexos condicionados de Pavlov e daí o tomar a nuvem por Juno.
Isto de semântica é um caso sério, que já li dos velhos tempos, e por isso me faz ter sempre muito cuidado.
Antigamente, esses nomes eram todos em of, agora em ov. Tenho uma outra forma de ridicularizar o secretário, a quem chamarei caganof.
Ele, o canalha, ri-se, julgando aquele of de procedência inglesa, portento a cheirar, fixa-se no primeiro vocábulo, mas à portuguesa, o que vem a dar no mesmo.
Aí está como um termo, de determinação russa, se aclimata à inglesa e depois à portuguesa. À francesa seria “Le caganofé ou então Le conafé”.
Ele, em Canidelo, anda pelos cafés a fazer comícios e a dar espectáculo aos papalvos, não reparando na figura que faz, sempre a servir de palhaço e a tentar enxovalhar outros.
Na praia, um grupo de pescadores a quem foi tentar pregar, canta o refrão das coplas duma qualquer revista à antiga portuguesa, que ele logo se apressa a traduzir no seu espaço. Do género:

Aqui não passa
Ninguém, ninguém;
E só tem graça
Quem disser Amem.

E são esses inconvenientes que se atrevem, aleivosamente, a tentar morder na independência dos outros. Anda no mundo aos ziguezagues, sempre ao sabor do que lhe parece ser o mais forte. Para ele, hoje é o Luís Filipe, amanhã será o só Luís.
Pauvre Conafé.

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