sábado, maio 19, 2007

 

De amigo para amigo

A conversa entre ambos foi longa. Augusto fez valer a sua qualidade de médico e fez prevalecer as suas opiniões repartidas com a sua colega e amiga Adelaide N.
Mo limiar do desespero, Ildefonso aceitou tudo quanto lhe foi proposto, prometendo obedecer em tudo quanto Augusto decidisse.
Depois, já mais calmo, perguntou-lhe como iam os seus assuntos com Cristina e ficou a saber da proximidade da boda.
Por seu lado, o Augusto disse-lhe que não seria nada de especial; apenas um simples casamento e que nem viagem de núpcias fariam, já que tinha doentes de quem tratar, não se podendo ausentar e que naquele momento exacto ela estava a preparar-se para ir para sua casa.
Ildefonso limitou-se a acenar com a cabeça e a dizer-lhe que fazia bem, e que ele próprio tinha pensado nisso enquanto esperava sozinho no seu quarto.
De repente ouviu-se o som de vozes, lá me baixo. Abriu a porta tentando ouvir o que era dito.
A “senhora” sua mãe, quase gritava afirmando que não. Ali não morava ninguém chamado Zézé Nalgas ou Reis, muito menos qualquer antigo professor da 4ª classe, nem Barbosa ou ferreira. Ali não morava nenhum homem sadio e belo, apenas ela e seu filho, por infelicidade muito doente. O visitante teimava em vê-lo para confirmar se se tratava do mesmo indivíduo que procurava.
A “senhora” mostrava-se ofendida e tentava empurrar o visitante para a porta.
Subitamente, este gritou:
- Ah. Estás aí, grande burlão. Vigarista, aldrabão é o que tu és.
A “senhora”, olhando para trás viu seu filho e não conseguiu aguentar mais. Caiu para o lado, desmaiada. As emoções fortes sucediam-se em catadupa.

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