sábado, maio 05, 2007

 

A chegada de Ildefonso



- É preciso preparar uma ceia! – disse a “senhora”. Vou já avisar a Angelina.
A tia foi à procura da criada e Cristina ocupou-se a preparar mesa para que o Ildefonso a encontrasse posta à sua chegada.
A “senhora” regressou. Sentia-se bem disposta. E foi sorrindo que comentou:
- Sinto-me óptima… ou foi milagre do Augusto, ou do Ildefonso.
- Talvez dos dois, tia.
Era verdade que Cristina vivia na casa da tia, e a velha “senhora” achou que não valia a pena arreliar-se com a junção. Não estava ela tão contente? Os seus velhos braços pouco afeitos á ternura, não iam abraçar o querido filho da sua alma?
- Ora vivam os meus amores! Gritou da entrada uma voz jovial. Ambas se voltaram sem poder conter um grito de júbilo.
- Querido Ildefonso!...
- Como vais, “irmão”’…
- Venha de lá um abraço, mãe… e tu, Cristina… outro… muito grande… muito saudoso…
Não foi grato à mãe aquela expansão, pois a considerava superior à que o filho tivera com ela, mas não era o momento de se zangar. Limitou-se a meter-se entre os dois e abraçar de novo o recém-chegado.
- Mãe e Cristina. Eu sou o arauto de um grupo que me acompanha. Está lá fora à espera que o mande entrar. Espero que sejam bem recebidos.
Abrindo a porta, foi chamando um a um os seus amigos.
- Bartolomeu; Magalhães. Joaqim; Abílio… e por último tu, minha tão cara Mafalda.
Conforme iam entrando, iam cumprimentado tia e prima, a tia e mãe do Ildefonso e sua prima, logo colocando-se a um lado da porta.
Mafalda entrou e teve que esperar pela apreciação da “senhora”, já que avisada pelo Ildefonso…
- É tua amiga ou é mais que isso?
- É a minha noiva, já que penso casar em breve. Será a Mafalda a mãe dos meus filhos.
A “senhora”, sentindo-se desfalecer, teve que sentar-se numa cadeira, amparada por Cristina.
O Ildefonso fora tocado pela seta do Cupido.

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