sábado, abril 21, 2007

 

Hipocondria



Estado mórbido, caracterizado por uma excessiva preocupação com a saúde.
Em psiquiatria, a hipocondria pode ser associada a varas síndromas. Por isso, a sua simples constatação não é suficiente para iniciar o tratamento. É necessário, primeiro, verificar a que diagnóstico corresponde. A hipocondria pode ser uma das manifestações de uma neurose, ser sintoma de psicose ou estar vinculada à esquizofrenia, ou ainda relacionada com a depressão involucional.
Geralmente, contudo, a hipocondria é provocada por distúrbios psicológicos não muito graves que por vezes se tornam gravíssimos. Pode desenvolver-se por exemplo, devido a um complexo de culpa.
Uma doença imaginária aparece, então, como uma autopunição que o doente se impõe, embora não tenha consciência disso. Outras vezes, é motivada pela carência de afecto. Nesse caso, o doente procura chamar a atenção dos demais sobre si, inspirando-lhes piedade. Circunstancialmente, a hipocondria pode manifestar-se em pessoas que estejam a viver um período de tensão psicológica. A doença imaginária, nesse caso, permite ao paciente fugir de certas responsabilidades, ou autojustificar-se perante alguma incapacidade. Às vezes, porém, a hipocondria tem por origem distúrbios orgânicos. Pode ser uma manifestação de doenças nervosas que atacam o sistema nervoso central.
O hipocondríaco pode imaginar uma doença, e não se convencer com a evidência da sua inexistência. Psicologicamente tende a apresentar um estado depressivo.
Outras vezes exagera a gravidade de uma doença existente, atribuindo-lhe sintomas e riscos para a saúde que não lhe são próprios.
O tratamento é muito difícil e orienta-se no sentido de combater os processos psicológicos ou orgânicos que originaram a hipocondria; e isso só é possível depois de um minucioso diagnóstico. Podem obter-se resultados favoráveis com incentivos à realização de actividades normais apesar dos sintomas.

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