sábado, março 31, 2007

 

Resumo do encontro



Jouer à la provençale, dizem os velhos: jeter les cartes de sorte qu’elles soient au mieux brouillez et melées.
Qual tirar em primeiro lugar do baralho maravilhoso que se nos oferecia? Ruínas, torrentes e ventos, oliveiras e laranjeiras, pequenas estradas à volta de aldeias situadas lá no alto? Por onde começar?
A Provence, se a queremos definir em poucas palavras, é um muro de pedras secas, um cipreste nodoso ao lado, o sol por cima, e o homem que o apanha, apoiado, olhos meio fechados, como eles dizem beu solèu, felizes.
As estradas romanas, como a Via Júlia no Var, Via Aurélia em Fréjus e Tarascon, Via Domitia du Rôhne, nos Pirinéus e todas as que, secundárias, se vêem por vezes, viajando devagar, sem pressas.
A história da Provence faz pensar na recolha de uma flor. Eis o ramo que posso oferecer.
Aix-en-provence, Avignon, Les Lavandes, entre Aix e saint-Maximin, Arles, Digne, Castellane, Draguignan, Vence, Gordes e Vaison-la-Romaine.
O Osório não se cansava de filmar enquanto a esposa se deliciava com tanta beleza antiga e aquela vegetação meridional ali à volta de Grasse e de Antibes. Penhascos que recordam o Oeste americano.

La vaste et pierreuse campagne
Couverte encore de cês cailloux
Qu’un Prince revenant d’Espagne
Y fit pleuvoir dans son courroux

Poemas oferecidos pelos restaurantes aos turistas, sobretudo fora da época alta.

Pedi um carro emprestado a uma amiga. Disse, depois de saber para que o pretendia, que ou ia comigo ou nada feito. Assim, meus amigos lá fui ajudado pela belle fille, ter com o casal que chegava de Portugal. Rimo-nos, falamos enquanto comíamos, o Osório fala muito bem o francês, assim como a esposa. Pessoas cultas e educadas.
Minha amiga gostou deles. Se assim não fosse tinha-mo dito. Les français sont comme ça.
Estivemos em Nice de passagem, onde comemos a especialidade da terra, a velha e muito boa Ratatuille Niçoise.
Acreditai ter valido a pena termos feito tantos quilómetros. Pude verificar que a esposa do Osório está completamente recomposta, o que é sempre agradável.
Visitamos, em Vallauris o museu Léger podendo apreciar de perto o fresco da Guerre e a Paix de Picasso. Demoramo-nos e até dormimos em Sait-Tropez, aquela maravilhosa cidade au bord de la Méditerrané. Estava muito bom tempo e pudemos gozar o sol da região.
E o tempo não deu para mais, até porque eu e minha amiga deveríamos voltar a Besançon enquanto o Osório deveria seguir viagem para casa de seus familiares.
Foi o que se pode dizer curta, mas boa e bela viagem pela Provence.
Não deixamos, como é evidente, de falar em Madame La Confradesse e seus amigos e amantes de Canidelo, sobretudo aqueles do Cyber café.
Mas, acima de tudo, preferimos desprezá-los a todos eles. Será verdade tratar-se de um psicopata disfarçado em secretário da Junta de Freguesia de Canidelo? Como diria o outro, “anda escondido, o facho pidesco”.

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