Portugal Quotidiano

Define-se como sendo a sensação desagradável que aparece após um período em que não houve ingestão de alimentos.
A sua causa principal é uma intensa queda no teor do açúcar do sangue. A baixa taxa de açúcar é sentida pelas células nervosas do mesencéfalo, que emite estímulos para o cérebro; ali surgem novos estímulos que se manifestam sob a forma de desejo intenso de alimento, que desaparece logo que aumenta a taxa de açúcar do sangue.
A sensação de fome é também provocada por contracções espasmódicas dom estômago, que se iniciam quando fica vazio por certo tempo. Uma vez cheio, passa a sensação de fome.
Experiências realizadas em cérebros de animais, revelam que existem dois centros cerebrais relacionados com a sensação de fome e a ingestão de alimentos: o núcleo ventrículo-medial do hipotálamo (A) e a porção lateral (B).
Uma lesão no centro A resulta da ingestão descontrolada de alimentos. A reacção à elevação da taxa sanguínea de açúcar é eliminada, de modo que não se sacia a vontade de ingerir alimentos. Essa afecção também resulta em obesidade excessiva.
Lesões do centro B, pelo contrário, têm como consequência a inapetência, pois não há qualquer reacção à queda da taxa de açúcar no sangue, que não provoca estímulos cerebrais para a ingestão de alimentos.
O resultado é a perda de peso e a emaciação.