quarta-feira, fevereiro 28, 2007

 

Português



Os modernistas bem que poderão dizer: há, do latim ao português, o mesmo parentesco que da mãe à criança., e parece quase impossível conhecer honrosamente a língua de Camões, sem ter pelo menos uma familiaridade com a de Pessoa.
Sabe-se, efectivamente, como o português, pouco a pouco, se construiu: a partir do latim popular falado pelos soldados e os mercadores vindos de Roma e que, também pouco a pouco suplanta a mistura do céltico e do castelhano, mesclado com o árabe.
Entretanto, o latim clássico, muito mantido pela Igreja, fazia nascer, seguidamente, um grande número de palavras sábias, literalmente decalcadas da língua original.
Por vezes, vocábulos da mesma origem, mas sendo uma deformação popular, e outro de formação erudita, desembocam em sentidos diferentes.
Em contrapartida, a morfologia latina sofreu cedo importantes alterações ou mudanças.
Assim, no início das Idade Média, o português, enriquecido pelos termos que as invasões dos francos introduziram no vocabulário militar, tina estabelecido a sua autonomia duma maneira quase definitiva em relação à língua mãe.
Mas o português não era que um dos numerosos dialectos da língua hispânica, saído do latim em solo lusitano.

PS: Ontem, por fortes razões, não pude dar o meu contributo ao PQ. No entanto, devo dizer que ainda há pouco tempo estive em Bordéus, junto ao busto de Aristides Sousa Mendes, esse grande homem por Salazar enxovalhado e aviltado. E ainda por cima, pelo que me é dado ler, querem fundar um museu em sua honra. Que vergonha para Portugal e portugueses.

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