Portugal Quotidiano

Noção referente à equiparação inconsciente de uma pessoa com outra, de tal modo que esta única acaba por se tornar o padrão inconsciente de pensamentos, acções e respectivos processos de conduta. Segundo Freud, é através da identificação que se forma no indivíduo a agência do superego.
A identificação não é, portanto, uma simples imitação, mas uma adopção baseada na mesma reivindicação etiológica expressa em “igual a” e é constituída por um conjunto existente no inconsciente.
De tal forma que, na histeria, a identificação é mais frequentemente empregue para expressar uma comunidade sexual. Também há quem considere e designe, como por exemplo Jung ou Adler, como complexo o que Freud aponta como “o conjunto existente no inconsciente”.
“A identificação como complexo autónomo é a razão básica da dificuldade de compreensão e representação… Deve, no entanto, tomar-se em consideração o facto de que a nossa psicologia individual do consciente provém de um estado primitivo do inconsciente, o que causa a indescernibilidade.
A consciência da indescernibilidade é, consequentemente, uma aquisição até certo ponto tardia do ser humano, provavelmente uma parte relativamente pequena da enorme região da primitiva identidade”.
Por vezes, quase sempre, é necessário saber combater a imaginação activa, utilizando-a como técnica terapêutica para a tomada de consciência dos arquétipos do inconsciente.