quinta-feira, fevereiro 22, 2007

 

Certa espécie suína



Uma espécie animal não pode ser um modelo para nenhuma outra espécie, e apenas um julgamento vertical pode ser contentado por similaridades morfológicas de tipos: o porco, como o humano, tem uma cabeça, dois olhos, um fígado, um coração.
Cada espécie tem reacções biológicas determinadas pelo seu património genético, que é único. É, por conseguinte, impossível, a partir de estudos sobre uma qualquer raça animal, seja qual for o número e a variedade das espécies, seja qual for o número de indivíduos sacrificados, ter uma simples vaga ideia, um mínimo de segurança, da reacção suína a essa mesma substância.
O germe que provoca uma doença no homem não reproduz nunca uma doença idêntica nos animais: estes não podem ser infectados pela cólera, tifo, febre amarela, lepra, peste bubónica, gripes… Podemos, por vezes, tornar um macaco doente inoculando-lhe a sífilis ou a tuberculose, mas a sua doença não será idêntica à humana, e ele não reagirá como os homens aos tratamentos.
A razão que explica porque os roedores são os animais mais utilizados nos laboratórios é de ordem prática e económica, bem longe de todas as considerações científicas.
No que diz respeito ao porco:
Ocupa, efectivamente um bom espaço no laboratório; mas, não fica caro, porque a sua alimentação é omnívora, o tempo de gestação é curto e são até dóceis se comparados com certas pessoas.

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