sábado, novembro 25, 2006

 

O rosto lívido do Evaristo

O rosto lívido do Evaristo

Até parece anémico balbuciando incertamente e incrédulo:
“Eu… eu… vocês surpreendem-me uma e outra vez. Que crueldade é a vossa, ao dizerem de mim o que dizem?”
Frase que imagina ficará célebre, e que de imediato proferida, retira-se do “palco” após soltar mais uma catrefa de insultos pensando ter encontrado, em mais um retiro sabático do “Reis”, assumindo então a personalidade de “Rio Tintense” e seus “neologismos”. Pensa seriamente ser tempo de condenar as soluções dos outros. Cobre o rosto com a mão, hábito que já vem de longe, como para se dominar. Mas, no seu interior da sua mais que doentia e não respeitável e muito deteriorada “cabeça”, dedica-se a congeminar mais uma arremetida contra os que não se cansa de insultar. O Evaristo é feito disto. E disto vive.
Pessoalmente não o desprezo, limitando-me a ter dó dele. Aliás, como ele próprio tem de si mesmo.
Evidentemente que se afasta da situação verdadeira. Diz-se, todavia e oh céus que erro crasso, que cegueira a sua, amigo da Humanidade. Pode continuar assim até à morte; como “artista” está fadado ao declínio. E temo, francamente que temo, que nem a tal Humanidade dele queira saber então. Quando tiver perdido o seu “génio” – já não falta muito tempo – considerá-lo-ão provavelmente um velho rabugento, mal-educado, um biltre que não monstro, um “monstro biltre”.
As suas palavras tentam soar – não o conseguindo no entanto – como estalos ou tiros de canhão, mais não conseguindo que imitar grotescamente os estalidos dos fulminantes carnavalescos.
Aplicando uma linguagem musical, tenta passar do Allegro ao Presto, recordando certas predições outrora realizadas que, na época saíram muito “justas”.
Evaristo é um tipo limitado a um passado escabroso e indigno. Um sicário de Satanás na terra. Como pode um tal indivíduo querer poder merecer o respeito dos demais? Olhos cravados no PQ e no PD, onde depois de eructar vomita todo o seu veneno, com s mãos crispadas, a fisionomia contraída mudamente, a mente virada para a comoção e o ódio.
Uma espécie de ardente e desvairada paixão que o avassala.
Pobre Evaristo.

Eurico de Sousa

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