segunda-feira, outubro 09, 2006

 

Que dizer das Nalgas?

Há muita maneira maneira de chamar as coisas e o Zézé foi habituado, desde tenra idade, a que chamassem às suas nádegas "nalgas". Com elas dava, alegremente, as suas nadegadas. Não tinha estima alguma pelo seu "nalgatório" que colocava à disposição, tal nalgudo que era, para que lhe dessem umas valentes nalgadas.
Talvez que o Zézé preferisse que deixassem as suas nalgas em paz e olhassem mais para o seu olho das nalgas. Evidentemente não se tratava dum olho propriamente dito, já que cego e apenas, para a esmagadora maioria, graças ao olho aberto da mesma, para uma simples função - "desolhar =defecar".
Mas o Zézé foi habituado, na sua infância, a tratar e ver tratado o seu nadegueiro como o local onde tinha as nalgas, o seu estimado nalgatório que sempre quis bem consolado.
Como bem nalgudo que sempore foi, viu o seu nalgatório por diversas vezes açoitado - por vezes gritavam-lhe «olha lá Zézé as tuas nalgas!» - com um tamanco ou ainda pior e jurou que um dia se vingaria. Não sobre quem lhe proporcionava tais tratamentos às suas nalgas, mas sobre todos os que ousassem não as olhar sequer. Ficava furioso.
Vai daí, o Zézé jurou a si mesmo "mandar valentes nalgadas, dizem alguns que remm a cabeça nas nalgas ou que tem cabeça nalgada, o que é o mesmo que dizer que jurou a si mesmo dar umas valentes "marradas" com a cabeça nalgada - provida ou desprovida - ele o saberá melhor que ninguém, de nada valendo sobre isso conjecturar sobre todos os que com suas nalgas não estivessem de acordo.
Dizem outros, porém, que se deliciava quando lhe enviavam com as mioleiras p'rás nalgas, correndo o risco de ferir o olho que, tal Ciclope possuia no meio das nalgas, se mantinha único no seu nalgatório bem amado e bem nalgudo.
Foi um jovem nalgudo infeliz, tornou-se num nalgudo adulto amargo e amargurado com um único olho ciclópico entre as suas açoitadas nalgas, nunca digerindo os maus momentos duma meninice precária entre os que lhe proporcionavam severas punições aplicadas no seu nalgatório.
Mesmo assim pretendeu tornar-se num "senhor nadegueiro" sempre pronto para as "picas" e à disposição de qualquer "picador".
Se o tal olho era cego, ficou pior. Nem se salvaram as "pupilas" nem as imaginárias sobrancelhas, que penteava sempre com deleite nem as pestanas nas quais gostava de pôr Rimel de marca especial.
Não se devem esquecer certas culturas nalgueiras. Devem, pelo contrário, saber respeitar-se j+a que cada um deve poder "comer" aquilo que mais gosta, devendo os outros apenas desejar o melhor consolo para as nalgas do Zézé e, já agora, total consolo para o olho no meio das ditas.

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