segunda-feira, outubro 16, 2006

 

Inadaptação e Denúncia

Entende-se por inadaptação quando um indivíduo se encontra numa situação que comporta exigências completamente novas para ele. Por exemplo, a transição dum regime totalitário, ditatorial, policial e repressivo, para um regime onde a livre expressão de cada um passa a ser um facto real e não aquela triste realidade em que anteriormente vivia.
Começa a ter de trabalhar um tempo determinado; será submetido a actividades novas; deverá submeter-se a um ritmo colectivo, o que desde logo o fará sofrer. Vai, além disso, ser levado a pensar em referência aos outros. Vai ser classificado, ou pelo menos terá de perceber que a partir de então não mais haverá o pensamento único – muito menos o “seu pensamento e modo de agir”. Geralmente o dele seria o prevalecente, que se imaginou sempre sábio e poderoso. Na própria família as suas actividades passam a ser consideradas de maneira muito mais atenta que as da época do “jardim sempre florido e florescente” no qual se habituou a denunciar e a “moer” os que lhe não obedeciam cegamente, com ele devendo concordar em tudo
Assim, se tiver passado pelo “jardim”, deve efectuar uma adaptação dupla, depois de passar – se for o caso – o que infelizmente não aconteceu – pelas mãos da justiça, devendo pagar todos os verdadeiros crimes cometidos ma era da ”jardinagem”.
É raro que esta adaptação se possa realizar dada a inadaptação à ideia de que a partir dali – todos têm direito a expor a sua opinião livremente.
Então começa a procurar a “sua vítima”, usando e abusando duma verborreia idiota e rebuscada, como o estilo Rococó na arquitectura, voltando, sem nunca se ter libertado dos preconceitos antigos, a tudo a quanto estava habituado.
Imaginando-se dono e senhor de possibilidades intelectuais muito superiores às dos outros, sobretudo às dos seus eleitos alvos – porque desinibidos e sempre prontos a descascar no fascismo e seus representantes maiores, dos quais o perseguidor sempre fez parte, mesmo quando frequentava aulas universitárias à custa do Estado novo – tenta sobrepor-se e minimizar todos os conhecimentos.
Vai daí inicia, tal abutre, a debicar aqui e ali, qual masturbação mental, até atingir o clímax e, logo o orgasmo mental – a Denúncia. Denúncia dum facto que, em seu pequeno entender – a sociopatia de que sofre, aliada à psicopatia desalmada e sádica lhe não permite ir mais além – facto irrefutável em seu entender.
Senhor de mais de oitenta pseudo-identidades, como nos seus “bons velhos tempos, as suas mil e uma facetas irreversíveis que o cegam de ódio a desconhecidos, um só pensamento o invade: “derrotar o inimigo odioso”.
Apresentando-se como senhor dono da verdade única, esquecendo momentaneamente as suas mentiras descaradas e seus mil e um pseudónimos – hábito vindo do antigamente – considera-se um verdadeiro cruzado da “sua verdade”, fazendo alarde duma “estultícia” bacoca , responsável em liberdade, sabendo que nem uma coisa nem outra, já que afectado – como me disse um dia outra pessoa mais ao é que o tal psicopata incurável.
A denúncia provocou-lhe o tal orgasmo. Mas, por trás dela tentou apoderar-se do que nunca lhe pertenceu. A personalidade de alguém que se mostrou muito superior a si na arte de saber viver.
Existe e posso prová-lo por A+B uma descarada diferença de escrita, mesmo ou sobretudo a de certa imprensa entre duas democracias vizinhas. Mas, para ele, o tal inadaptado do regime democrático, valeu o tal orgasmo mental, já que possuidor da próstata no lugar do córtex cerebral.
Inadaptação anormal que nunca o poderá conduzir a nada mais que cada vez mais inadaptações pelo seu aberrante grau de tudo o antes dito, no que à sua sanidade mental diz respeito. Nunca existiu, de sua parte, a menor tentativa de adaptação, acusando “o grupo novo com tenacidade culposa”, auto-atribuindo-se um poço de virtudes nunca possuídas.
O novo universo real foi por ele repelido e recusado por causa da atracção de poder continuar a exercer no seu universo mais que imaginário, o mundo que se tinha formado.
Eis, resumidamente, a verdadeira história dum ex-familiar do lar perdidamente morto.

Comments:
Sinceramente, depois de ler este comentário não consigo intuir a quem o mesmo se pdoerá aplicar!!!

Quem será o ex-familiar do tal lar perdidamente morto?

eheheh
 
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