terça-feira, outubro 10, 2006

 

Giuseppe Verdi - Relembrando um génio



Giuseppe Verdi

Giuseppe Fortunino Francesco Verdi nasceu em Roncole no Condado de Parma, a 10 de Outubro de 1813, vindo a falecer a 27 de Janeiro de 1901 em Milão. Foi um compositor de óperas do período romântico italiano, sendo na época considerado o maior compositor nacionalista da Itália, assim como Richard Wagner o era na Alemanha.

Filho de Carlo Verdi e de Luisa Utini, começou ainda pequeno a demonstrar enorme interesse pela música, começando os seus estudos oficiais aos doze anos, em Busseto, sede do município, sendo para tal financiado pelo comerciante Antonio Barezzi. Quando completou 18 anos tentou o ingresso no Conservatório de Milão, mas a sua candidatura foi recusada por ser já maior de catorze anos (os estudantes eram aceites somente até esta idade). Não desistindo, conseguiu aulas com um professor particular prosseguindo assim os seus estudos por mais três anos.

Voltando a Busseto, passou a actuar como Mestre de Capela e Maestro da Banda, mas com o tempo tal acabou por se revelar uma má experiência, grangeando-lhe um bom lote de inimigos. Posteriormente, Verdi viu-se obrigado a mudar definitivamente para Milão, conjuntamente com a sua esposa Margherita Barezzi, filha do seu patrocinador Antonio Barezzi.

Em Novembro de 1839, Verdi escreveu a ópera Oberto - Conte di San Bonifacio, que foi estreada no célebre Teatro alla Scala de Milão.

Pouco depois, em 1840, os seus dois filhos bem como a sua jovem esposa, de apenas 27 anos, faleceram. Para agravar o seu estado a sua segunda ópera, Un Giorno di Regno, foi um fracasso. Verdi prometeu então, nunca mais compor.

Bartolomeo Morelli, então director do Teatro alla Scala, não aceitou a promessa de Verdi e solicitou-lhe que estudasse uma outra peça de teatro, o célebre Nabucco. Pouco tempo depois, Verdi entregava uma ópera escrita em cima do libretto. Nabucco, trata-se de uma ópera que fala sobre a dominação dos hebreus por Nabucodonosor e isso identificava-se com o sentimento do povo italiano, que na altura se encontrava sob a repressão de austríacos e franceses. A ária Va pensiero su ali dorate (Vai, pensamento, em asas douradas) foi considerada como um símbolo nacional pelos italianos.

Passado o sucesso de Nabucco, Verdi continuou a escrever óperas e tornou-se mundialmente conhecido. Surgiram então as óperas Ernani, Rigoletto, Don Carlo, Un ballo in mascherae e Il trovatore. Curiosamente uma das suas mais famosas óperas, La traviata, foi, à data, mais um insucesso, apesar de hoje ser uma das óperas mais encenadas em todo o mundo.

Algum tempo depois, Verdi casava-se com Giuseppina Strepponi. Durante esse período, Verdi foi aclamado como um patriota, tendo sido eleito deputado em 1861, ano da unificação da Itália e, posteriormente, senador.

Continuou a escrever óperas: em 1871 estreou Aida, em comemoração à abertura do Canal do Suez. Após Aida, Verdi escreveu ainda as óperas Otello e Falstaff, ambas baseadas em Shakespeare além de algumas peças religiosas.

A 19 de Janeiro de 1901 sofre uma trombose que se revela fatal vindo a falecer a 27 do mesmo mês, em Milão, causando imensa comoção em toda a Itália.

Atendendo os seus últimos desejos, o seu túmulo repousa na Casa di Reposo Giuseppe Verdi mantida até hoje com recursos de parte dos direitos de auto
r do compositor.




Obra de Giuseppe Verdi

Óperas:

Oberto, 1839
Un Giorno di Regno, 1840
Nabucco, 1842
I Lombardi nella Prima Crociata, 1843
Ernani, 1844
I Due Foscari, 1844
Alzira, 1845
Giovanna d'Arco, 1845
Attila
, 1846
Macbeth, 1847
I masnadieri, 1847
Jerusalem, 1847
Il Corsaro, 1848
La Battaglia di Legnano, 1849
Luisa Miller, 1849
Stiffelio, 1850
Rigoletto, 1851
Il Trovatore, 1853
La Traviata, 1853
I Vespi Siciliani, 1855
Aroldo, 1857
Simon Boccanegra, 1857
Un Ballo in Maschera, 1859
La Forza del Destino, 1862
Don Carlo, 1867
Aida, 1871
Otello, 1887
Falstaff, 1893


Outras composições:

Seis Romanças, 1838
Requiém, 1874 - (em memória do escritor Alessandro Manzoni).
Quatro Peças Sacras, 1898


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.


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