Portugal Quotidiano

Este não é um problema tipicamente português e, como tal, se é que estou a atacar alguém, tratar-se-á por certo dum não-Português! Estou a falar do prefixo "bio"! A utilizaçao legal deste prefixo e que justifica preços mais elevados tem a ver com as condições de crescimento dos produtos que "legalmente" comportam essa etiqueta (label na linguagem especializada!) Para tal, sejam eles alcachofas, alcagoitas, alface ou endívias, couve flamenga ou tremoços, carne de porco ou até de frango, é fundamental que esses géneros tenham crescido sem a ajuda de boosters de crescimento tenham eles sido quais tenha acontecido que foram! Ora no caso dos bio-combustíveis, bio-carburantes, etc. e que depois dão azo a que se fale do bio-diesel (por exemplo!) os produtos vegetais que lhes dão origem foram feitos crescer com a ajuda intensiva e quase compulsiva de adjuvantes que lhes roubariam o (ou a ) label "bio"! Por isso, e até para guardar uma certa pureza linguística, sinto-me tentado a chamar-lhes agro-combustíveis! Esta questão de linguagem nada vai mudar às características desses produtos alternativos aos derivados do petróleo! Não tivesse havido o lobby das indústrias petrolíferas há já muito mais tempo que esses produtos estariam a ser utilizados correntemente e sem grandes problemas nos motores respectivos de combustão interna! Repare-se no caso do Brasil onde o álcool etílico tem servido de combustível desde há já muitos anos!
Falo disto porque foi tema do TJ da RTPi! Também foi tema o Durão Barroso ter ido a Portugal, e falando em nome da CE, mostrar-se solidário com a energia nuclear! Estranho "volte-face" deste também! Mas haverá político que mantenha as suas ideias? Creio que não! Ou então tenho que ir rebuscar o Salazar que orgulhosamente só nunca se importou de empurrar o nosso (mais do que dele!) País para o estado em que hoje se encontra! E ainda há quem o defenda! Possa! Chiça! Abrenúncio!