domingo, outubro 08, 2006

 

A "Caverna"

Depois duma importante e frutuosa reunião, cansativa também, não podia deixar de aceder aos diversos pedidos para que descervesse a "Caverna".
Era um local onde se faziam as perguntas e, por vezes, se obtinham as respostas fose à custa do que fosse...
O cenário não era dantesco, mas digno da mais fidedigna descrição das inquerições inquisitoriais. O Inferno, narrado por Dante, ficava muito àquem da realidada na "Caverna".
Ninguiém era julgado, mas tinha direito a tomar banho num vasto tanque, onde recebia constantemente água em sistema de gota a gota na cabeça e onde estava mergulhado até aos joelhos, no melhor dos casos e consoante a altura de cada "convidado".
ERra dirigido essse tratamento de "honra" aos mais recalcitrantes dos "amigalhaços". Inimaginável e impensável descrever tais cenários...
Uma boa percentagem dos "clientes" saía dali directamente para o "tal" cemitério. De noite para não incomodar ninguém. Eram delicados os "patrões" da "Caverna". Ele, o nosso homem, o tal "doutor" era protagoonista e realizador dos espectáculos.
A "Caverna" estava dividida em várias "salas", cada uma com a sua "especialidade". Havia cordas penduradas em traves de ferro, argolas de ferro presas nas paredes, cadeirões parecidos com os dos dentistas - e todo o material para o efeitos desejado - traves em madeira em forma de cruz e aparelhos vários e variados.
Indescriptível tal cenário onde o "doutor" se deliciava. O seu sadismo não tinha limites e usava-o de diversas formas. Perto de um quinto da população passou pelas"Cavernas" espalhadas pelo país. Aquela era a do "doutor" canidelense. Mas, tudo era feito "A Bem da Nação".
Ao centro daquelas salas havia uma espécie de tampa de saneamento em ferro e cimento, com uma argola~no centro. Quando um "convidado" mantinha por demasiado tempo o silêncio, a tampa era aberta e o vazio, negro como breu era-lhe mostrado em sinal de advertência. Ao lado, numa outra dependência, existia um "forno" onde eram postos a secar os mais ousados adeptos do mutismo. Quando de lá saím, passadas no mínimo 72 horas, ou estavam demasiado passados ou j+a nem falar podiam. Aí entrava o "doutor" em cena, reanimando-os um pouco e ou desatava a falar ou era ebviado para o tal buraco no meio da sala.
As inquirições, diziam na época os "doutor" e quejandos, contribuiam para o fortalecimento da imagem do poder central e centalizado no´"ídolo" de Santa Comba.
Nesta perspectiva, reveste-se de particular relevância a conjugação de factores que, inflectindo a directriz prevalecente, conduziu, primeiramente, á conversão assumida dos anos 30, após um período de conturbada agitação soccial, a uma assumida política de repressão e controlo da vontade e sinceridade do povo. Até fazia lembrar o tempo dos cristãos-novos durante a inquisição no século XV.
Resumidamente, a "caverna" está descrita..., pedindo desculpa por qualquer omissão de algum pormenor, querendo apenas realçar o forte odor a corpos humanos em "putrefacção em vida".

Comments:
Bonito, bonito, claro que não é!
Alertado fui ver e confirma-se que já haja quem escreva no PD com o teu nome! Todos sabemos que não és tu! Mais! Todos sabemos de quem se trata! Ainda vai voltar a afirmar que é um dos seus filhos já licenciados e muito rectos na vida quem o faz! Ela há cada um que insiste em não querer perceber! Mas o problema restará inteirinho com ele!
 
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